quinta-feira, agosto 27, 2009

ou_sar
No mural da Pauta, a frase do dia de Nanni Rios:

"O que nos impede de ter o que queremos, ser o que sonhamos e fazer o que pensamos é a ousadia que não cultivamos" (Clarice Lispector)


eu penso em ousadia e inércia enquanto aperto o botão leio o jornal abotoo a jaqueta corto a franja com a mão trêmula bebo o café limpo o chão escrevo o press-release conto as cicatrizes preparo o drink estendo a roupa no varal furo o dedo com a agulha babo pelo canto da boca passo o filtro solar frito não frito no sol a pino perco o controle risco xis.

enquanto aprendo a voar.

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sonho de consumo futuro besta da semana: GPS com a voz do Bob Dylan.

"Vire à esquerda na próxima rua. Não, à direita. Quer Saber? É melhor ir reto mesmo"

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enquanto espero a primavera.

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segunda-feira, agosto 24, 2009

essa nossa vida de artista
passa


sogassa


cabeça de papelão


é que eu queria que a semana toda fosse assim: como um dia de domingo

...

"A evolução da vaca leiteira nos últimos 100 anos".

mergulhando, fundo e sem bóia, na programação da expoWinter. o que me espera na próxima semana. do caos à lama e vice-versa, sempre sempre sempre.

...

todo mundo procurando, eu só de botuca...

ROQUENRRRRROOOOOOLLLLL



"Mamãe quando eu crescer
eu quero ser rebelde
se conseguir licença
do meu broto e do patrão
Um Gandhi Dandy, um grande
milionário socialista
de carrão chegou mais rápido à revolução"

...

e inda tem Elis, bem aqui, no meu pé d'ouvido.

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quinta-feira, agosto 20, 2009

eles passarão












eu, passarinho.

quando em sampa, quintanamente. treinando o olhar (e a paciência no engarrafamento), na beira da Paulista.

de volta. labuta. vento frio. ideias mil. e sempre uma rima rica pra estragar o poema.

volto. (sempre volto). pra falar de tempo. da piscina. da margarina. da cangibrina. e do guaraná jesus.

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se eu fosse outra que não eu, eu queria ser a elegância e sutileza de magali moraes.
pronto. falei.

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agora dá licença que eu vou ali no Sartorialist sonhar um pouquinho com o verão. e com nova iorque, paris, milão...

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terça-feira, agosto 18, 2009

10 anos esta noite
"Quanto mais o tempo passa, mais eu me sinto estrangeira"
(Alex, personagem de Fernanda Torres, no comecinho de Terra Estrangeira)

Pois não é que esta noite, na noite de hoje, hoje mesmo, só que à noite, fazem exatamente 10 anos que eu cheguei em Porto Alegre, só que pra ficar? Talvez eu não soubesse que era "pra ficar" - a gente não sabe muita coisa aos 22 anos. Mas eu vim, vi e fui ficando.

E talvez eu fizesse uma comemoração qualquer, uma celebração, se eu estivesse em casa, hoje à noite.

Talvez, daqui a pouco, quando eu descer para brindar o fim do trabalho com chefe e clientes, eu brinde por isso também, aqui, secretamente. Talvez pela minha resistência. Pelos jacarandás. Pelo amor encontrado entre um comentário e outro de uns blogs, um teatro infantil e uma tarde na Redenção. Talvez eu brinde pela Redenção. Pela minha Redenção, minha República, meu Guaíba, meu pôr de sol. Eu brinde pela Rafa e pela Valentina, que fazem parte de mim - e por todos os outros, inomináveis, amigos, irmãos, queridos, amados, perto-longe-perto. Talvez eu brinde pela minha porto alegre, mon amour.

minha Redenção. por 77 de Arrabéus
clique para ampliar


De lá, ou daí, 77 manda dizer que eu mereço a chave da cidade.
Driquinha vai mais longe: diz que eu já sou uma gaúcha.
Eu me divirto lembrando que cheguei só com uma mala azul, uma mochila, uma caixa de papelão com alguns Cds, livros e toda disposição dos vinte e poucos, depois de 3 mil quilômetros e dois dias de festa punk com vinho tinto naquele ônibus de xovens estudantes de comunicação.
Acho que consegui juntar muita coisa nesses 10 anos: uma gaveta cheia de pulseiras de plástico, amores, um quintal que nem é meu de verdade, papel, roupa fora de moda... Foram mais ganhos que perdas. Foram perdas que não dá pra calcular.
Tem sido uma aventura e tanto. E tá só começando.

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pra ler ouvindo:



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sexta-feira, agosto 14, 2009

aloha
Foi Cássia Zanon que me fez lembrar dessa música (que eu adoro) do Cat Stevens (que eu adoro mais ainda, seja Cat Stevens, seja Yusuf Slam, seja o que ele quiser ser). E, desde terça? quarta?, eu botei ela no iPobre e eu fiquei com ela na cabeça e ela tem me soado quase um mantra: "yes, you only need to know!"

"ah ah ah, its easy..."

Foi Cássia Zanon que me fez lembrar dessa cena mais que emblemática de "Harold and Maude" (Ensina-me a Viver), um dos meus filmes preferidos ever and ever and ever amém - cuja montagem brasileira, orquestrada (sim, dirigida é pouco) pelo João Falcão e estrelada pela Gloria Menezes e pelo Arlindo Lopes, brilhantemente, é linda de marré der si - com a Ruth Gordon, ma-ra-vi-lho-sa, cantando (e dançando!, bem Maude!), a música do Cat Stevens:



Então desde terça?, quarta?, eu fiquei aqui, assim, pensando e des-pensando em caminhos e descaminhos, em vontades, escolhas e as coisas que a gente faz no modo automático, só por fazer. Eu lembrei de quando eu criei esse blog, há quase 7 anos e eu dizia que buscava a simplicidade. E eu me dei conta, assim, que essa simplicidade se perdió no caminho - por que eu descobri que ser simples dá um trabalho danado? ou por que eu sou hiperbólica e espaçosa demais dentro desse corpo de metro e meio pra ser simples? Pois é nessas coisas que a gente pensa quando a gente quer fazer tudo, só que ao contrário.

Agora, todo mundo junto, e bem alto:

"You can do what you want
The opportunity's on
And if you can find a new way
You can do it today
You can make it all true
And you can make it undo
you see ah ah ah
its easy ah ah ah
You only need to know"

...

E cá estou eu em São Paulo, até quarta. Trabalhando, acompanhando o cliente querido, vendo as coisas lindas de casa e decoração expostas na Gift Fair e na Paralela Gift e querendo tudo pra mim, desesperandamente (vida simples? humpf), ó-b-vio. Ah, e tendo ideias decorativas mil. Me aguardem! Também tentando arrumar tempo e disposição, depois de um dia exaustivo de trabalho, pra ver, abraçar e amar os melhores amigos e os melhores irmãos do mundo, afinal de contas, é pra pra ver, abraçar e amar os melhores amigos, irmãos e amores, que serve a vida, no fim das contas.

"And if you want to be free, be free..."

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Antes de viajar, deixei 77 incumbido de três tarefas:

- criar o novo google - que nada mais é que ter uma Ideia Brilhante, em maiúsculas, que nos deixará ricos, bonitos e bem-sucedidos
- botar a roupa no varal
- tirar a roupa do varal antes do temporal de domingo

Por e-mail, hoje, ele me avisa que a roupa não só já secou como ele já passou tudo.

Embora ainda não tenha tido a ideia milionária do novo google, que vai nos tirar da pindaíba pro resto dos nossos dias, amém, e a parte do passar a roupa tenha sido uma piada, eu posso dizer, com segurança: isso é que é marido!

"'Cause there's a million things to be, you know that there are"

...

Como diria o Macaco Simão, hoje só amanhã. Depois eu volto pra contar pra vocês do dia (no caso hoje) que eu me lavei com shampoo achando que era sabonete líquido. Ou não, né?


"...there's a million ways to go, you know that there are..."

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terça-feira, agosto 11, 2009

rindo por último
Tô fazendo contagem regressiva pro AUGE da PANDEMIA no estado.
Se eu morrer de gripe, retirem tudo o que eu disse, esqueçam, dêem um desconto. Óquei?
E, nesse caso, eu mudo, mais uma vez, meu epitáfio: "Vivia fazendo graça. Se fudeu"

...

77, por e-mail:

"o AUGE está próximo. TamuFu"

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Bequibone, por e-mail:

"É que a piada é inevitável. Tem gente morrendo, mas eu não vejo muito drama nisso. Drama é AIDS, câncer, paralisia... fome. Daqui a pouco se torna corriqueiro."

...

Eu, por e-mail:

eu tava lavando as mãos (mas não passei álcool gel) e pensando isso: e se morrer? (no caso, eu morrer) daí morreu (morri). enterra (me enterra). chora (me choram). e é o ciclo da vida. Rei Leão. e pá. pum.

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Tamo dando a cara a tapa e pagando pra se incomodar.
Eu, o Sete, o Back e o meu saquinho cheio.
Pó vir aqui batê.
Deu? Por mim, deus.
Vou pro bar.
Ou melhor: vou pra casa, me afundar em saquerinha de morango, que é pra esquecer de todo o mal.
Amém.

...

Falando em esquecer, eu esqueci de postar isso aqui antes:

clique para aumentar, ler melhor e morrer de rir com elas


A imagem velha do meu contador de acessos é só pra garantir: eu faço piada de mim mesma, antes que os outros o façam.

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"Se eu sou frágil e tu és frágil/ vamos nos proteger"
(Wado e Alvinho Cabral em "Frágil", a mais linda e triste de Atlântico Negro)

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domingo, agosto 09, 2009

toddynho's syndrome
Além de "ser mamãe e ter filhos", Valentina, 3 anos e 11 meses completados na última sexta-feira, quer "fazer revistas" quando crescer. Entre a surpresa do Dindo Séti, que achava que a mini-moça queria ser polícia pra revistar as pessoas e da tchia Drica, que achava que ela tava querendo ser segunrança de boate ("fica tranquila, é um trabalho decente, não é jornalismo"), a mamãe Rafaela foi tirar a prova dos nove:

- Mas fazer o que, exatamente, filha? Tirar as fotos pras revistas, ser a modelo das revistas? - pergunta mamãe Rafa
- Eu quero escrever as revistas - responde a pequena

"nossa"


Que fique bem claro: dinda Jô-jô desaprova esse comportamento rebeldezinho sem calça de Valentina. Linda do jeito que é, com aquele zoião azul (e, se lord ganesha permitir, vai ser grande que nem a mãe), ela podia tentar a carreira de modela. Se não der pra coisa, que vá ser disáin, artista plástica ou primeira bailarina do teatro municipal. Agora, fazer revista? Era só o que me faltava...

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Comecei a beber.
Parafraseando Maiakovski, é melhor morrer de vodka do que de gripe.

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Pra botar na agenda, se programar, etcetera e tal.
Quem estiver em Porto Alegre no próximo sábado, 15 de agosto, tem bazar de troca na minha loja preferida, a Pó de Estrela:


clique para ampliar


Aliás, a Pó de Estrela, todo mês, tem uma programação especial na loja. Esse mês, tem ainda bazar Vão dia 22. Acompanhem o blog e se cadastrem para receber as news com a programação do mês. Eu recomendo.

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terça-feira, agosto 04, 2009

"ô mulé, vá cuidá do seu marido!"
OU
SABOR ARTIFICIAL DE JORNALISTA - SEM CONSERVANTES

Eu não sei quem é a moça, mas isso só comprova aquela minha teoria, mais surrada e rasgada que jeans de grunge velho, de que eu vejo tudo e não morro:

clique pra aumentar um tiquinho, morra de rir
e mude djá de profissão


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Eu vou confessar pra vocês: eu nunca gostei (com cacófato proposital e tudo) de Maicol Jequisom. Talvez eu goste mais agora, depois que ele morreu. Não porque eu seja uma pessoa cheia de humor negro e tal. Mas é que ficou muito mais divertido ver coisas como isso:



e isso aqui ó:



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Finalmente, a turma do escritório descobriu Bebe Negão. Não foi bem assim, "descobriu". Eu que apresentei. Um pouco tarde, eu sei. Dia desses, fim de expediente, eu fui lá e tasquei um iu-tsube. O povo da redação foi chegando em volta, todo mundo de mãozinha pra cima. Até a chefia se animou. Cada um tem sua parte preferida. A minha, particularmente, é quando ele diz "eu vô bebê pra isquecê a crise monetária internacional".

VAI DIJEI!



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Mas no fim do dia tem um vazio macabélico e tem Wado, que é "pra acalmá o mô coração sofredô":



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"Só um sonrisal pra arrebater / só um sonrisal pra arrebater"

# . por Joelma Terto .  0 Comentários