terça-feira, julho 29, 2008

mundo: vê se me erra!
las flô marelas


prensa


self portrait rainy tuesday


rabisco do dia, para Lia - porque rima rica é tudo ou: sim, eu sou uma fraude


Dá pra parar que eu quero descer?

...

"Contra minha própria vontade sou teimoso, sincero, insisto em ter vontade própria (...)
E não sei mais se é só questão de sorte. Não sei mais, não sei mais, não sei mais...
Lá vem os jovens gigantes de mármore trazendo anzóis nas palmas da mão"
L'Âge D'Or, Legiã

...

Parece que seu Wilmar acaba a obra amanhã.

(suspiro)

...

Alguém tem que se divertir, não é mesmo? Então tomem. Uma penca só de pedidos sem pé, cabeça, tronco ou membros ao senhor gúgol que, obviamente, dão diretamente no monomulti.

- Tecnologia é tuda.

- Simpática!

- Rasga a tanga.

- Finalmente, um pedido normal.

- Roda, roda, roda e avisa...

- Dor de barriga.

- Fruta com rima.

Pelo último pero não menos importante:

SUÍNGUE!

(Agora me diguem: eu tenho ou não tenho motivos?)

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sexta-feira, julho 25, 2008

marrom in process
seu Wilmar em ação


Tou em Caxias tomando banho de design full time, até domingo, no cliente querido. Até trilha noturna com aventura, pseudo-adrenalina e cagaço calculado numa friaca de graus Vera e eu fizemos, embora isso pareça não fazer o menor sentido.
77 ficou cuidando da obra cuja previsão de término, para meu total desespero, é só segunda.
Pó de parede por tudo, em homenagem a Carolzinha.

...

"Toda la gloria es nada, toda vida es sagrada..."
(toca no meu iPobre)

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segunda-feira, julho 21, 2008

o mundo é mais complicado do que parece
Quase parecia não valer a pena acordar tão cedo e enfrentar hordas de gentes estúpidas por causa de dois ingressos a 20 reais. Mas era Jorge Drexler. E lá fomos nós. A saga, essa sim, nem vale a pena mesmo. Vale, e o que fica, foi o show lindo que vi(mos) ontem. Talvez o show mais lindo que já vi na vida. Que me fez chorar no primeiro acorde. Um homem sozinho, num palco de um teatro lotado, que dizia vir de "un prado vacío, un país con el nombre de un río". E toda beleza que veio depois. Mais de duas horas de pura singeleza, voz mansa, as letras mais bonitas, as melodias mais suaves, a bem-humorança na oscuridad do negritume daquele teatro metido a besta. Teve theremin ao vivo, teve participação especial de Vitor Ramil, salve salve, teve canção que adoro dos Beatles. Teve até Leonard Deus Cohen em ritmo de milonga! Teve as gentes cantando baixinho, suavemente...

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Cada uno da lo que recibe / Y luego recibe lo que da / nada es más simple
No hay otra norma: nada se pierde / todo se transforma (drexler)


Tão vendo essas paredes cor-de-rosa? Elas deixarão de ser assim essa semana. Isso significa que 77 e eu estamos às voltas com tintas, lixas, selantes e, principalmente, um pintor pra chamar de nosso - seu Wilmar, coisa mais querida. É bem coisa de quem não tem o que fazer mesmo, eu sei. Chamego Center em óperas e em breve (ou nem tão breve assim), com nova decoração. Aguardem.

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Também costumo atrair donas-de-casa e mães de família desesperadas.

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Essa semana começa, oficialmente, a temporada serrana de trabalho no inverno. O destino da vez é Caxias do Sul. Em agosto, curta temporada em Gramado. Volto vez que outra pra contar história.

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"Lo que tenga que ser, que sea
Y lo que no por algo sera
No creo en la eternidad de las peleas
Ni en las recetas de la felicidad"
(Jorge Drexler, em Sea)

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quinta-feira, julho 17, 2008

"
VI

Assim eu comecei a compreender, pouco a pouco, meu pequeno príncipezinho, a tua vidinha melancólica. Muito tempo não tivesse outra distração que a doçura do pôr de sol. Aprendi êsse novo detalhe quando me disseste, na manhã do quarto dia:
- Gosto muito de pôr de sol. Vamos ver um...
- Mas é preciso esperar...
- Esperar o quê?
- Esperar que o sol se ponha.
Tu fizeste um ar de surprêsa, e logo depois, riste de ti mesmo. Disseste-me:
- Eu imagino sempre estar em casa!
De fato. Quando é meio-dia nos Estados Unidos, o sol, todo mundo sabe, está se deitando na França. Bastaria ir à França num minuto para assistir ao pôr de sol. Infelizmente, a França é longe demais. Mas no teu pequeno planêta, bastava apenas recuar um pouco a cadeira. E contemplavas o crepúsculo tôdas as vêzes que desejavas...
- Um dia eu vi o sol se pôr quarenta e três vêzes!
E um pouco mais tarde acrescentaste:
- Quando a gente está triste demais, gosta do pôr de sol...
- Estavas tão triste assim no dia dos quarenta e três?
Mas o príncipezinho não respondeu.
"

(Meu trecho mais-que-preferido da minha edição esgualepada, amarelada & sem capa de 1966, herdada de mamãe, d`O Pequeno Príncipe, do seu Antônho de Saint-Exupéry, com tradução de Dom Marcos Barbosa. Para AnaRi, em razão de seu aniversário.)

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colorful; cozaful: amo


Trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, trabalho... afe, cansei.

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(Também adoro estudantes de jornalismo ingênuos. Bobinhos.)

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Eu não tenho muita afinidade com os anos 80, aquela década de estética questionável. Por isso esse tópico serve para reparar uma grande injustiça. Se tem uma coisa boa que os anos 80 produziram foi o Eduardo Dusek. Andei revisitando sua obra (adoro dizer isso!), em uma viagem de Caxias do Sul a Porto Alegre, via Nova Petrópolis, e, pôxa vida, o cara era bom. Fez crítica social, contou ótimas histórias, quase me faz mijar de rir com seu humor cachorro e ainda fez a música mais divertida da década das ombreiras. Inclusive, eu proponho que todo mundo aprenda a letra de Barrados no Baile - uma espécie de hino impagável da chinelagem sem fronteiras - e cante junto comigo quando me encontrar numa boca livre qualquer da vida que porventura a gente seja convidado.

Clique aqui, aumente MUITO o som, respire fundo e CHORE:

"Wapa pararurará
Papapapararurá
Wapa pararurará
Papapapararurá

Ela num macacão de plástico
Ele com o corpo elástico
Pensaram em se divertir
Fizeram muito cooper, ginástica
Ligados numa muito bombástica
Aplicados prá não dormir

Ela se sentia incrível
Ele se achava apetecível
Disseram somos gente de nível
O casal vinte daqui

Mas foram barrados no baile
Tratados como maus elementos
Lá dentro rolando Bob Marley
Cá fora
Por favor, documento!

Barrados no baile
Oh! Oh!
Só viviam dando detalhe
Barrados no baile
Oh! Oh!
E meu amor, nem me fale
Mas isso é que dá
Cê querer freqüentar(2x)

Tentaram argumentar
"Somos chiques"
Ele de leve sugeriu um trambique
Lhe deram uma bofetada
Pensando que a finesse
Não importa
Ela gritou:
"Olha que arrombo essa porta"
Já levando uma pernada

O plástico e a plástica
Não são nada
Mesmo gente considerada
Saca aqui qualquer privê
É cilada
Se não for peixinho
Não nada

Barrados no baile
Oh! Oh!
Só viviam dando detalhe
Barrados no baile
Oh! Oh!
E meu amor, nem me fale
Mas isso é que dá
Cê querer freqüentar(2x)

A dupla que era chique na entrada
Amarrotada teve que "sartar"
Ainda foi vista pela madrugada
Comendo um hot-dog vulgar

Pois foram barrados no baile
Tratados como maus elementos
Lá dentro rolando Bob Marley
Cá fora
Por favor, documento!

Barrados no baile
Oh! Oh!
Só viviam dando detalhe
Barrados no baile
Oh! Oh!
E meu amor, nem me fale
Mas isso é que dá
Cê querer freqüentar(2x)

Isso é que dá! cê querer freqüentar
Isso é que dá...
"

Minha meta do mês é decorar essa letra pra fazer bonito nas serestas. Nunca falei tão sério na minha vida.

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Na vitrola, de fato, Chuck Mangione. E Nina Simone cantando "Ne Me Quite Pas".

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Todo dia eu acordo, junto as duas mãozinhas e peço: "Deos, dá-me constância".

An-rã.

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segunda-feira, julho 14, 2008

"Quem quer dinheirôoooo?"
eu não aguento mais:

- adesivo de parede

- os 100 massificados anos da imigração japonesa

- galochas

- sonhos pequeninos

- a eterna volta das balonês

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Então combinamos assim, eu e o mundo: de segunda a sexta a gente trabalha; no final de semana, se vive, com tudo que se tem direito. Nesse final de semana teve muito sol, calor, pouca roupa no corpo e varal cheio delas, secando. Teve 77 e eu acordando ao meio-dia porque a gente tem direito, mesmo com o dia lindo lá fora. Teve parque cheio, brownie de chocolate de milhões de calorias, andar sem destino pelo bairro que a gente vive e ama pelo simples prazer de andar sem destino pelo bairro que a gente vive e ama. Bom cinema uruguaio. Também teve festa julina do Cuidado Que Mancha lá no DC Navegantes, com bandeirolas, fogueira, autêntico côco de roda alagoano e algodão-doce gigante:

ó o dedinho ó


Cia. Cabelo de Maria, lá atrás, fazendo a alegria da petizada


Lá pelas tantas, teve ainda: Valentina e eu dançando, pulando, rodopiando e sendo feliz. Como se não houvesse amanhã. E essa foi a melhor e mais deliciosa parte, obviamente.

Combinamos assim, o mundo e eu. Com toda sua nervousura, sua gastura, sua nhém-nhémzice.

É o que vocês entenderam mesmo: post uma vez por semana, melhoral infantil goela abaixo e maracujina pra acalmar os nelvos.

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77 e eu não assinamos NET nem SKY. Bem pouco tempo atrás quase fomos convencidos a contratar um combo desses aí, mas desistimos, ou melhor, cancelamos, quando nem bem éramos clientes e já estávamos ligando pra ouvidoria da Net pra reclamar. De modos que na nossa casa só pega Globo, Band, MTV de vez em quando, TV Com e o canal da Ulbra. É uma delícia, especialmente agora que não assisto mais novela das oito.

Outro dia queríamos ver Pantanal, mas o chiado era tanto que não conseguimos nem ouvir a voz da Juma Marruá, a mulher-onça. E a novela dos mutantes da Record eu só sei pela brilhante sinopse do jornal de sábado e pelas atuações autistas pescadas aleatoriamente no You Tube. Às vezes as gente espanca a televisão de reiva.

Ontem, antes de ir pro arraiá, fomos almoçar no lugar mais fedido de gordura e com o segundo pior atendimento da Cidade Baixa. Tinha uma TV num canto ligada no SBT. Enquanto esperávamos horas por um chivito e um pastel de camarão, 77 e eu assistimos, estarrecidos, um pedaço do "novo" programa do Silvio Santos. Impressionante: o mesmíssimo Topa Tudo Por Dinheiro de 15/20 anos atrás - o mesmo Silvio Santos, o mesmo Ivo Holanda fazendo pegadinha idiota na rua, as mesmas velhinhas descabeladas se matando por um nota de 50 real que chega até a plateia em forma de "avião de dinheiro", as mesmas caravanas de todas as partes do interior de São Paulo, os mesmos bordões.

Novidade mesmo só a atração musical: um José-Augusto-garoto-corega-agora-agüenta-coração-pelancudo cantando em playback novas-velhas canções requentadas. O Silvio pergunta "Essa música é SUCESSÔ?". E o auditório vai ao chão.

77 e eu parecíamos dois bocós de olho grudado na televisão e queixo caído.

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Perca a noção. Pergunte-me como. (ADORO gente ingênua, adoro!)

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"Olha pro céu meu amor / vê com ele está lindo
olha praquele balão multicor / como no céu vai sumindo...
"
a mais linda música de São João da infância da minha vida, do Rei Luiz Gonzaga

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terça-feira, julho 08, 2008

thermogenics ou conversas de pescadora
77 e eu tivemos um final de semana incrível.

No sábado nós nos fantasiamos de jovens e fomos comemorar, antecipadamente, o dia do róque no Porão do Beco, lugar freqüentado por gente bonita & elegante e que, obviamente, eu nunca antes tinha botado os pés. Foi uma tentativa quase exitosa, diga-se, de rejuventulização do casal. Porque eu cansei de ser uma velha coroca reclamona e ficar em casa coçando frieira sábado à noite. Na verdade até encher a cara, eu passei a noite reclamando muito. Do banheiro sujo, da gente malinducada, do cigarro, do barulho e até da aparência desastrosa das sósias guascas da Amy Winehouse, por deus do céu nosso senhor! Jovem é uma merda mesmo. E alguns fazem lml com o polegarzão levando: absurdo! No meu tempo...

Mas enfim. Os shows foram ótimos, com exceção da Tom Bloch, que, devinitivamente, eu não gosto. Porque eu não sou obrigada. Mas como eu sou uma pessoa contraditória, também descobri que eu AMO essa música dos caras e, desde então, ela não sai mais do repeat. Todo mundo cantando junto e BEM ALTO: "na sacada, na cadeira, na chaleira, cheiro de flores...". É tão fófis, querido diário.

No domingo, ainda bêbada e mal apanhada, fui arrastada pelo 77 para a praia. Dia quente & bacana de sol e céu azul, não tinha programa melhor que curtir a Festa NACIONAL do Peixe de Tramandaí, não é mesmo, minha gente? Na verdade a gente queria era ter ido pra Festa da Polenta de Boqueirão do Leão, mas descobrimos que os 650 ingressos postos à venda já estavam esgotados. Mentira: a gente foi pra Tramandaí porque temos parentes lá. E só nos demos conta que esses parentes tinham nos arrastado pra Festa do Peixe quando já estávamos em um galpão gigante fedendo a peixe frito e apinhado de gente (umas dez mil novecentas e trinta e cinco pessoas).

Eu não sei se conto ou se poupo vocês dos detalhes sórdidos. Mas eu vou dizer que a melhor parte foi quando a mesa já estava cheia de peixe - frito, em postas, filé, à milanesa, camarão no palito com queijo, casquinhas de siri e a tradicional TAINHA ASSADA - e começamos a ouvir aquele som de bandinha alemã: pó-pó-pó-pó-po-po-po-po. Aquilo não fazia o menor sentido, mas vocês sabem, se é gaúcho tem que ter alguma coisa italiana ou alemã. Aí me surge um boneco gigante de peixe, o-b-vi-a-men-tê, que é o mascote da festa (veja o vídeo por sua conta e risco, mas veja até o final), dançando feito um siri maluco no meio da multidão ao som da bandinha, acompanhado das SOBERANAS, que são aquelas moças bonitas que se prestam a ser rainha, primeira e segunda princesa das festas do interior do sul do meu Brasil. O bicho se rebolava todo e fazia aquele passinho do afogamento ETERNIZADO pelo claudinho-e-buchecha, sabem? aquele de tapar o nariz com os dedos e emular um mergulho numa piscininha rasa e imaginária? Pois é disso que eu tô falando.

Foi divertido. Ainda mais que depois fomos todos (incluam aí as gracinhas dos sobrinhos do 77) pra um parque de diversões de verdade e me deixarem andar num brinquedo de verdade, desses que voam e tudo. E eu nem vomitei apesar do bucho cheio de coisas do mar. E depois 77 me largou no meio de um outro galpão cheio de loxinhas e eu me danei a gastar e comprar, de modos que voltei com uma sapatilha de BOLAS e uma bolsa maravilhosa a mais e dinheiro de menos na carteira, que até o Oscar Quiroga resolveu me dar nos dedos e soltar a letrinha no meu horóscopo de hoje numas de que o ser humano precisa compreender a diferença entre a riqueza espiritual e material. Toma nessa tua cara.

Voltando a Tramandaí, a essas alturas e horas da tarde o negócio estava insuportável. Fazia calor, tinha chegado mais umas cinco mil duzentas e quarenta e sete pessoas, tinha uma banda Gospel GRITANDO num palco e todos os adolescentes-emo da região(adolescente-emo deve ser redundância, mas vamos lá) no outro palco esperando algum shô de horror qualquer, gente, mais gente, cheiro de peixe frito no ar, pedregulho pelo chão e uma barraquinha de FONDUE DE MORANGO E CHOCOLATE NO PALITO. Foi ali mesmo que eu me acabei. Precisei ligar pro resgate pra me rebocarem de volta pra casa, juro por deus. Pena que perdi a apresentação da turma da 4a séria da Tia Chiquinha.

do chão


do céu


o Gui e o Sete, que fez fotos lindas da aventura espacial com a câmera dele que não tem a lente suja como a minha


um self portrait tuesday de quarta-feira


Voltei pra Porto Alegre desmaiada no banco de trás do Palio, capotadíssima, que a pessoa não tá acostumada a tanta atividade em menos de 24 horas, de ressaca e com sono. Não é tudo verdade, Sete?

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A propósito, a melhor parte das nossas férias já está no ar no Flickr: praia! pelo menos pros gaúchos, néam? Com coqueiros.

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"Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo tende piedade dos pecadinhos
Que de tão pequenininhos não fazem mal a ninguém
Perdoai nossas faltas quando falta o carinho
Quando flores nos faltam, quando sobram espinhos"
(Zeca Baleiro, na voz mais linda de Ceumar, essa sim, que não sai do meu iPobre)

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quarta-feira, julho 02, 2008

Gravatinhas Futebol Clube
Existem muitas são paulos. A São Paulo dos engarrafamentos astronômicos (que tal 45 minutos pra andar umas 10 quadras da Paulista às 4 da tarde de uma segunda-feira?), a São Paulo dos nipo-descendentes e a dos corinthianos de touca. Tem a São Paulo dos engravatados-de-crachá e, agora, a das áreas de restrição de caminhão em horário comercial. Tem a São Paulo da Vila Madalena e a do Ibirapuera. Do metrô, do minhocão e a da ponte nova do Roberto Marinho.

Benedito Calixto, no sábado


Mas a são paulo que eu mais gosto é a São Paulo das boas compras. A minha São Paulo particular das boas compras da vez começou no aeroporto de Guarulhos com uma passadinha na Sobral e a aquisição de uma pulseirinha feliz de resina de poliéster que dá vontade de comer - porque me gustan los sinteticos. Depois teve dobradinha vestidinho querido do Bom Retiro (sim, eu me presto, especialmente com parceria descontrol) e sapatinho delícia da Thádiva, comprado na feirinha de sábado da Praça Benedito Calixto (meu cantinho no mundo), porque versatilidade e hi-lo são tu-do! (não é mesmo, Maria Paula?). Teve ainda bolsa super diver and flower achada em super pechincha aleatória na Avenida Angélica e penduricalhos de várias espécies e funções.

Fútil é a vovozinha.

self portrait morumbi yesterday


...

E o Bourbon Pompéia, minha gente? Tem a mesmíssima arquitetura questionável de todos os bourbons portoalegrenses. E o Zaffari paulistano tem, realmente, acento agudo no primeiro "a", de modos que o esquilo, lá, é assim: Záffari. Eu mesma vi, me disseram não. Mas preferi não entrar no súper (abreviatura pra supermercado, pros não iniciados no portoalegrês) pra ver se eles tiveram o topete mesmo de exportar erva Barão, Pastelina e ximia Ritter.

Papinho bem tolo e sem função, não?

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Obviamente não teve post paulistano. Eu não quero fazer desfeita não, longe de mim, mas nos meus primeiros dias na capital, meus anfitriãos - Erika & Thiago - tinham dado cabo no teclado sem fio, de modos que eu tinha que digitar clicando com o mouse em um teclado virtual tinhoso, o que equivale, para mim, a catar milho com embasamento objetivo em algebra linear avançada. Por deus do céu. Eles são ótimos, meus anfitriões, maravilhosos, sempre dispostos a receber a amiga-irmã sem teto na cidade grande. Mas teclado, teclado mesmo, de verdade, pras visitas, não tinha. 77 até deu a idéia ótima: eu podia fazer o primeiro post inteiramente digitado em um teclado virtual. Já imaginaram? "Como ninguém vai acreditar, tu faz também um vídeo que mostra tu digitando ele todo com o mouse sem fio", disse o trast..., ops, o meu marido.

Não dei bola, mas taí a fotinha do bicho, pra provar que rapadura é doce, mas não é mole:

À luz, Carolaine!


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O evento produzido pela firma na cidade grande foi um sucesso. Restou uma certa ressaca - emocional e física - de uma semana inteira passando trabalho em São Paulo. Estou de alma lavada, mas com uma cara péssima. Praticamente um zumbi, que anda com o olhar perdido num horizonte cinza qualquer. Já disse que tenho mais 15 dias de férias "em haver"? não? Pois é. Pois é...

# . por Joelma Terto .  0 Comentários