sexta-feira, fevereiro 29, 2008
canção
minha nada organizadinha mesa de trabalho
Vocês já tiveram vontade, alguma vez na vida, de voltar para o útero de suas mães?
Vocês já se deram conta que, ok, voltar para o útero da mamãe é impossível, então...vocês já tiveram vontade, alguma vez na vida, de desistir? É, desistir? Se livrar de tudo, arrumar as trouxas e voltar pra casa das suas mães? Viver de todynho e bolacha maria, vendo sessão da tarde toda santa tarde, de pijamas e chinelos o dia todo? Sem qualquer raio de coisa que apurrinhe isso que você vai passar a chamar de, ãhn, vida? E sem internet, calaro.
Vocês já tiveram uma enxaqueca que lhes consomem por três dias consecutivos, tão forte, mas tão forte, que vocês têm vontade de arrancar fora e jogar suas cabeças bem longe?
Eu já.
(in)Felizmente a gente, nós seres humanos, tem, temos (parafraseando o Caio) o que chamamos de sonhos consumistas. Talvez só isso mesmo faça com que a gente continue. Continuemos. Continuamos...
Quanto à enxaqueca, eu e a medicina - a ocidental e a oriental - temos feito de um tudo. Sem muitos resultados.
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Lembram do relógio paraguaio de gosto duvidoso comprado no mercado persa de Foz do Iguaçu pela bagatela de derreal, sem pilha, de uns posts abaixo? Não funciona. Simplesmente. O 77 tinha razão - e eu odeio quando ele tem razão, assim, desse jeito.
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Falando nele... 77 chega em casa e me encontra jogada no sofá: doente, carente e manhosa. Tira a comida do microondas, me serve, tira meus sapatos, faz massaginha, dá carinho, atenção e cuidado. Me leva pra cama; só falta botar no colo. Depois de me cobrir com o lençol e dar beijinho de boa noite, pergunta se eu não quero mais alguma coisa:
- Sim. SOME DA MINHA FRENTE!
"Quando a mulher fica grossa assim com o marido é porque já está bem", resmunga antes de apagar a luz e voltar pra sala.
Eu? AMO. Muito.
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Se a semana foi uma naba, no fim tem as buscas fantásticas, que eu sou obrigada a dividir com vocês:
- Com sonoplastia.
- CUMA?
- É iêu mêis.
- Vegetal, animal.
- Na quarta-feira o monomulti estava em primeiro lugar. Agora está em sétimo Ih, nojento!
- E o prêmio VATARREL OIGALÊ PORCARIA NÃO TE ALCANÇO da semana vai pra essa inacreditável busca cujo resultado traz o monomulti em primeiro lugar. Expressionante.
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Agora eu vou ali arrumar a mala, que tem uma semana demolidora me esperando ni Sumpaulo. Fui-me.
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segunda-feira, fevereiro 25, 2008
space chakundum
por 77 de arrabéus
Meu sobrenome é trabalho em março que se inicia só na oooooutra semana e tem sido hard-fucking-job nesse fevereiro que (eu até prefiro assim) não acaba nunca. Não é reclamação, é só uma constatação e talvez (mais uma) justificativa para a ausência e os posts burocráticos. Porque às vezes eu grito por dentro e gosto de dividir as coisas. E porque agora eu tenho mais um filho recém parido a quem preciso cuidar, alimentar e trocar as fraldas. E tem aquele outro, lembram? que loguinho terá novidades. E eu amo todos os dois, bem quentinhos debaixo das asas da mamãe.
Desejo com ardor os finais de semana para ver a Valentina, pra dormir até às 10, pra deitar no chão limpo da minha sala ou me balançar na rede nova no quintal. Pra assistir o recém-baixado episódio da quarta temporada de Lost comendo pipoca, fazer a unha no salão da esquina e cuidar de mim, da minha casa e dos meus afetos da forma como não consigo cuidar durante a semana atarefada. Talvez sejam esses meus luxos ultimamente, rainha.
Dia 2 viajo pra capital do Brasil. São Paulo, onde mais? A trabalho que adoro-descontrol. E dessa vez nem um pulinho na vila Madalena nem na praça Benedito Calixto nem visita aos amigos queridos. E na volta eu sigo diretaço pra mais uma temporada no inferno rural-agro de Dont-Touch-Me City Baby. Porque do mesmo jeito que a vida dá, a vida tira, vocês sabem. Tem muito, mas muito mais coisas (boas) pelo caminho, que não ouso falar. E lá pro fim do mês tem 77 indo com amiguinhos ver o Tio Ozzy (aquele mesmo gagá comedor de morcego, marido da Sharon, minha ídola) em Buenos Aires, enquanto eu devo seguir por aqui em dura labuta. Ufa, cansei.
Apesar das olheiras e da aparência de caco humano ambulante, eu tô cheia de gás. Então que venha logo março com suas águas. E que acabe logo para, quem sabe, eu tomar um ar lá por abril.
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terça-feira, fevereiro 19, 2008
loucuras de verão
Há alguma coisa errada quando:
1) sua chefe volta de Paris e a primeira coisa que faz quando chega no escritório é ir na sua mesa, te puxar num canto e dizer que só lembrou de você na cidade-luz. a torre eiffel? o senna? notre dame? o quartier latin? os arcos do triunfo? mona lisa, seu sorriso e a pirâmide do louvre? casal cover de sartre e simone de beauvoir de mãos dadas debaixo de uma árvore em frente à sourbonne? nada dissa: as inacreditáveis liquidações de inverno pipocando em cada vitrina de cada esquina: "a tua cara!". juro por deus.
2) uma das suas melhores amigas também volta das zoropa e vai almoçar com você e o seu marido. a primeira coisa que ela te diz quando vocês acham uma boa mesa? que sentiu saudades? essa foi a segunda. "Eu só lembrava de você vendo aqueles sapatos todos, lindos e baixos, tudo em liquidação, TUDO, naquelas loxinhas espanholas. Tanto, tanto, tanto".
3) você enfrenta a free-way num domingo ensolarado pra buscar a afilhada mais linda do mundo na praia. sua comadre te olha bem no olho e diz: "xoxô, lembrei tanto de você nessas duas semanas de férias e veraneio: tá tudo em liquidação aqui em Capão". por via das dúvidas, eu fiquei bem longe do centrinho.
(o que eu fiz da minha auto-imagem, meu dôs do céo?)
Isso tudo é só um prólogo besta pra dizer que:
1) amanhã, quarta, dia 20 tem bazar de liquidação da Pó de Estrela e a Paola quer ver todas vocês lá, ouquei?
2) quinta, 21, é dia de chá gelado na Louloux. e dia de chá é dia de desconto de até 40%. a Clarissa também faz questã de uma passadinha.
Eu tô me segurando nas tamancas. E prometo que mudo de assunto quando começar o outono.
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Para comemorar seus bem vividos 40 anos, a irmã de 77 alugou um espaço onde a atração são incríveis brinquedos para adultos. Não é nada disso que vocês tão pensando, seus podres. Estou falando de cama-elástica, tobogã, briga de cotonete gigante e touro mecânico uó. Eu amarrei os peitos e disse pro 77 que ia ficar 3 horas initerruptas pulando na cama-elástica. "Tu não agüenta 15 minutos", disse o numérico, e eu odeio quando ele tem esse poder nostradâmico de previsão. Foram só dois turnos, de 5 minutos cada, botando os bofes pra fora e com direito a uma queda fenomenal. Em menos de meia hora eu já estava descabelada, suada, com os pés sujos e um dos joelhos ralados. Mas me diverti horrores, especialmente com a piscina de bolinha. O Setinho também. Eu não falei que "lúcido" combinava com "lúdico"? An-rã.
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"Sábado fui assim" ou Momento Cristiana Guerra total - antes da cama elástica, course:
blusinha Relicário sobre camiseta preta com manga de rendinha C&A
short Riachuelo
sapato Louloux
bolsa Coza by Heloísa Crocco
presilha Paola Abiko
colar (não me lembro, presente da Driquinha)
Jon Bon Jovi na TV
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As inacreditáveis buscas da semana.
- Uma buxca purtuguesa, com certeza.
- Tratamento Capitão Nascimento Disléxico: pede pra sair, pedra nos rim, pede!
- Delicadinha da mamãe.
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Zentchi, Simone Quintas citou meu comentário sobre pôsteres (post "Pôster bom, pôster ruim", de 10/01) na edição impressa da Casa e Jardim desse mês. Toda boba eu fiquei. Com delay e tudo, como tem sido a vida nesse mês de fevereiro: ela acontece, a vida, mas eu só comento muito depois.
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Tô só o caco. Vocês não?
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quinta-feira, fevereiro 14, 2008
aforisticamente
Ter amigos mais jovens significa explicar quem é Pollyanna ("o clássico de uma geração") e o que é O Jogo do Contente, que você joga bobamente quase sem querer jogar. Diariamente.
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Wado novo no repeat (Terceiro Mundo Festivo é O disco de 2008, anotem aí). Nostalgia pura. Meu conceito particular, muito próprio e só meu de Comfort Music.
(pause)
Leia. (não)Entenda. Baixe agora. Chore junto. (Re)lembre. Ame. Sinta saudade do que já passou, do que viveu e do que não viverá jamais. Rasgue-se. Alague-se.
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Quando somos jovens a nossa profundidade é mais rasa?
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Dor no peito. Na cabeça. Nos joelhos.(Joelhos deviam vir com prazo de validade e a gente devia ter direito de trocá-los a cada 10 anos). Rir das coisas boas de se rir até cair da cadeira e ter crise de asma. Coisas que valem a pena. Coisas que não valem. Pequenas alegrias cotidianas. Estar bem onde se sente bem. Amar quem a gente ama, incondicionalmente. Flor vermelha. Sapato vermelho. Tudo vermelho, de novo. Ansiedade só um pouquinho e 5 gotinhas de rescue a cada hora e meia.
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"Olha ali sou eu / pendurado / no fio desencapado / no poste de alta tensão" (wado / marcelo frota)
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Sim, "lúdico" combina com "lúcido". É só um ponto de vista. Ou um anagrama tolo.
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Esta aqui sou eu, tentando me equilibrar na ponta dos dois pés. Bailarinisticamente...
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segunda-feira, fevereiro 11, 2008
japoneses sabem como aproveitar espaços pequenos
foto de 77 de Arrabéus na Rua do Perdão
- Eu sou doida por uma liquidação. Adoro quando vejo uma vitrine com aquele barreado (sic!) vermelho, sabe? Você não vê nada do lado de dentro, só escrito do lado de fora: 50, 60, 70 por cento!
- Já eu AMO manequim pelado. Manequim pelado é tudo. Olha um alí!
(o diálogo é real. eu estava junto, mas nenhuma das duas falas é minha. por deus: é esse tipo de gente louca que eu atraio)
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Agora eu tenho uns cabelos meio arroxeados e (mais) um par de sapatilhas compradas em liquidação de 31 reais da Cristófoli. Monotemática? EU?!?
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Falando bem sério: a situação tá brabíssima pro meu lado nesse começo de ano de Xangô cheio de trabalho e coisas pra fazer e realizar. Só preciso lembrar de anotar a placa da próxima caçamba que me atropelar numa segunda-feira chuvosa com cara de naba.
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quarta-feira, fevereiro 06, 2008
isopor, papel crepom & confete
(clique para ver maior)
As Cataratas do Iguaçu são um espetáculo. Qualquer outro adjetivo que eu tente usar aqui vão soar clichê demais e eu não vou nunca conseguir traduzir a beleza daquele aguaréu todo caindo. É lindo ao cubo. Eu tive vontadinhas de chorar de emoção bem no final do passeio, quando as gentes vai bem na beiradinha do precipício d'água e toma um banhão de vapor (d'água) e se sente total em simbiose com a natureza. Recomendo. E recomendo muitíssimo o Hostel Paudimar. Eu fiquei no campestre, pertinho do aeroporto e do Parque Nacional, mas tem outro, menor, no centro. Melhor custo benefício, com direito a gente do mundo todo pra bater papo e se sentir menos só no mundo.
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Eu tomava um sorvete da Kibom no aeroporto do Foz do Iguaçu enquanto matutava sobre o fato de não ter comprado nadica nessa última viagem ao oeste paranaense quando aquela loxinha de aeroporto me chamou atenção. Entrei. E diria quase que aquilo não era uma porta de vidro de loja de aeroporto, mas um portal pra uma outra dimensão. Tinha de um tudo: sandália havaianas, blusinha indiana estampada com Shiva e Ganesha, colares de pedras, porta-insenso, lembranças de porcelana "estive em Foz e lembrei de você", cuia de chimarrão, lata de tahine e toda sorte de comida árabe enlatada. Meu mercado persa particular. Uma voz vinda do além falou "as bolsas são dérreal, moça". Eram umas bolsas verde-amarela, tinhosas, sobras da última copa do mundo. Talvez o que tenha me chamado mesmo a atenção tenha sido um tabuleiro com qualquer coisa dentro que de longe dava pra ler: "3 por 5". Gostei de um colarzinho de linha de crochê enrolado numas argolas assimétricas: 5 real. Botei no pescoço. Depois, olhei de soslaio um reloginho paraguaio de gosto duvidoso, sem pilha: 10 real. É meu. (77 garante que é usado). A dona da loja (e da voz do além) era uma atração à parte. Do jeito que estava, sentada numa cadeira de praia, dessas que dá pra deitar e bronzear de costas, ficou. De perna cruzada e tudo. Me disse que o relógio paraguaio de gosto duvidoso era tão bonito que mesmo sem bateria eu podia usar. "Assim, como fosse uma pulseira". Foi nessa hora que ela ganhou minha simpatia pra todo o sempre. No final tava me oferecendo café árabe, a turca. Eu esperando que, a qualquer minuto, fosse me apaixonar por uma peça qualquer de 174 reais e 95 centavos. Mas não. Quando me dei conta era hora do meu embarque e eu saí de lá, feliz da vida com meu colar de linha de crochê e o relógio paraguaio de gosto duvidoso. Sem pilha. Na conexão em Curitiba ainda comprei um chapéu de palha feito por uns índios de uma tribo paranaense que eu esqueci o nome. Por 4 reais. Adoro minhas compras. Adoro.
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Graças à curiosidade da Flavinha e ao seu Google: tudo sobre o autor d'O DEDO.
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Momento Estranhos Links: mais estautas bizarras mundo afora, aqui. (obrigada Ditágoras)
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Quase me acabei nesse carnaval: de saudade, desejo e muita vontade de estar, de novo, em Olinda. Subindo e descendo ladeira. Sendo feliz nos Quatro Cantos, me divertindo no Enquanto Isso na Sala de Justiça e detonando o rock n' roll no RecBeat. Definitivamente.
# . por Joelma Terto . 0 Comentários
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
paz mundial
clique para ver os sórdidos detalhes
"Oi? Eu conheço você. Você não é a miss Cascavel? EU TE VI NA TV!". Sim, eu encontrei a miss Cascavel. Tá bem aqui a foto pra provar (eu sou a gorda da esquerda; as do meio são as gurias queridas da loxinha; ela é a moça sorridente da direita, fazendo pose de miss e tudo. E, ei! ela não lembra, muito vaga e vesgamente, a Tainá Müller?). Eu adoro um fiasco. A moça ficou tao emocionada porque foi reconhecida publicamente por uma estrangeira baixinha e espevitada, cês precisavam ver. Claro que eu não disse pra ela que a vi no programa do Julien, uma espécie de Amaury Jr. trash local. Trash de verdade, tanto quanto o dedo. E que aquilo - aquele programa na TV local, que eu vi há um ano atrás, quando a moça foi coroada - me marcou profundamente, da mesma forma que o dedo. Não, isso tudo eu não disse não. O que importa é que mês que vem ela concorre ao miss Paraná e nós todos vamos torcer por ela. Não vamos? Se for no mesmo nivel do ano passado, acho que ela tem alguma chance. Vocês nao acham? (cliquem por sua conta e risco. Ok: por favor, CLIQUEM, vejam as caras, uma a uma, leiam a legendae, brinquem de escolher a melhor maquiagem, o melhor penteado, o melhor sorriso, de descobrir quem ganharia o Miss Simpatia e caim da cadeira comigo de tanto rir porque isso é BOM demais! Meu voto é pra Miss Reserva. Miss Reserva é piada pronta demais, minha gente. Eles não devem estar falando sério, de qualquer forma)
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Missegura que eu vou DAR um troço. Eu taquei pedra em jesus cristo crucificado e colei chiclé na cruz, depois eu cuspi no santo sudário e depois eu... Sim, eu sei muito de tudo isso.
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Primeira feira agrícola o ano cumprida com sucesso. Foz do Iguaçu e suas cataratas, aquelas, me esperam. Volto pra contar mais história depois.
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