sexta-feira, dezembro 28, 2007

hot hot hot ou a saga do rondele natalino
Um pedaço da minha Porto Alegre
Altos da Borges, Duque. Por Joelma T.


Dia 24 de dezembro, 11 horas da manhã, minha cunhada da praia liga dizendo que o meu prato para a ceia seria um rondele. "VATA?!", respondi. "É muito fácil: você compra massa de lazanha, aí coloca queijo e presunto, enrola, coloca molho branco por cima e põe no forno, boba". Assim, sem beijo na boca sem nada. Era o rondele ou o arroz à grega. Eu não tinha opção, mas também não ia deixar barato. Fui com o 77 no Zaffari e comprei três pacotes de Rondelle de queijo com champion by Massaiola. Pronto & congelado. E uma caixinha de molho branco (também pronto) da Elegê pra dar aquele plus a mais. Rumamos para Tramandaí. Deu oito da noite e elas (as cunhadas) começaram a perguntar se eu não fazer meu prato. Praquê, se a ceia era só à meia-noite e meu rondele levava só 20 minutos pra descongelar? Na prática levou o triplo do tempo e eu estava tensa. Deos, como estava tensa! E se realmente não prestasse, como elas desconfiavam? E se ficasse ruim? E se tivesse estragado no percurso PoA-Praia? Eu sou insegura às vezes. A cada cinco minutos (ou cada vez que uma criança linda e ranhenta gritava no meu pé d'ouvido) eu fazia o 77 jurar que aquele seria o último natal em família e que ano que vem ele me levaria pra passar o christmas day em Nova Iorque - neve, 5ª avenida, sex and the city, aquela coisa toda. A tensão começou a se dissipar quando foi servido o jantar e o primeiro convidado perguntou "Quem trouxe esse rondele?". Antes de dizer que fui eu, perguntei se estava bom ou ruim, néam? Estava bom demais, disse ele. Aí começou o burburinho, todo mundo queria provar a iguaria, todo mundo começou a elogiar. Eu desconfio que as pessoas gostaram porque era o único prato servido quente. 77 tem uma birra com ceia de natal: um monte de bicho morto bom, porém servido frio. Ano passado ele sugeriu fazer um churrasco: "mal passado, em homenagem à Jesus, que morreu sangrando". Um dos cunhados comprou a idéia, mas a mãe dele ficou muito horrorizada. Nunca mais se falou no assunto. Enfim, o que importa é que meu Rondelle Massaiola Congelado fez sucesso, eu lavei minha égua e já liberei o 77 de me levar pra Nova Iorque no natal do ano que vem. Aliás, eu faço até questão de ir pra Tramandaí pelo 6° ano consecutivo. Dessa vez por cima da carne seca, levando o já batizado Rondele do Advento by Jojô.

Em tempo, os melhores posts de natal: do Márcio e do Menezes, mestre.

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No período que vai de 28/12 a 30/12, procure se recolher um pouco mais, Joelma, pois a Lua, justamente na Casa 12, aumenta o potencial de introspecção do Sol, que transita pela Casa 4. A fase é excelente para retiros, meditações, mergulhos de alma. Que tal ficar sem ver ninguém por estes dias? (a-do-ro o Personare)

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A última do ano de Valentina. Eu e a pequena deitadas na minha cama, ela se chega e pergunta: "Posso cheilar a tua teta, Jojô?". Eu, achando o pedindo muito estranho, mas adorando a função toda, concordo. Ela afasta meu decote, um pedaço do meu sutiã e dá um cheiradinha no meu peito. "Hum... teta cheilosa Jojô..." e emenda "...posso mamar na tua teta?". Entre rindo e quase chorando eu explico que não, "porque a teta da Jojô não tem leite, meu amor". É uma ladina. Ofereci quinhetos trilhões de dólares pra mãe dela em troca da guarda, que não aceitou a oferta. Droga.

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Vocês não vão acreditar - nem eu acreditei ainda - mas vou acampar mais uma vez nesse fim de ano. Só que dessa vez o camping é chique chique chique. Garanto, atesto e dou fé. E tem uma lagoa linda em volta. Levo chapelão, repelente, livros e guarda-chuva (é, guarda-chuva). Voltamos ano que vem, renovados. Fiquem bem, todos.

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50 graus em Porto Alegre.

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domingo, dezembro 23, 2007

em chamas
Jojo se diverte fazendo bolinhas de sabão no quente domingo
77 se diverte testando a câmera nova


Uretra retilínea, sem coleções periuretrais, conteúdo anecóico.
Bexiga, paredes regulares, mucosas finas e conteúdo apropriado para o exame.
Vagina com eco vaginal normal e normo refringente.
Colo uterino mediano com forma e canal cervical sem alterações dignas de nota.
Útero mediano, anteverso, medindo cerca de 6,59cm x 5,32cm x 3,55cm, com volume de 64,71cm3, com contornos regulares e padrão ecográfico homogêneo.
O eco endometrial regular, medindo 0,41cm de espessura.
Ovário direito para-uterino, a forma é típica e os limites bem definidos.
O parênquima exibe ecogenicidade normal e mede 2,35cm x 1,09cm x 1,56cm.
Ovário equerdo para-uterino, forma típica e limites bem definidos. O parênquima exibe ecogenicidade normal e mede 1,94cm x 1,58cm x 2,05cm.
Fundo de saco de Douglas sem coleções ou massas anormais.
Conclusão: exame dentro dos limites da normalidade.


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Resultado da minha ecografia pélvica transvaginal, o exame mais invasivo que existe: isso sim é pura poesia. O que eu mais gostei foi a parte que fala do "normo refringente" e se não fosse o 77 eu ia passar o resto da vida achando que eu tinha uma coca-cola nem quente nem gelada dentro de mim porque li, umas três vezes, "MORNO REFRIGERANTE". A dislexia auditiva-visual tá pegando feia desse lado de cá da cidade. Também curti horrores saber que todas nós, mulheres, temos um saco, e ele é do Douglas. Rock and roll!

Tudo pra dizer que eu fiquei em terceiro lugar no concurso de poemas ruins Canal Bial promovido pelo Emiliano. Vocês nem pra ir lá votar em mim, vou te dizer.

Como prêmio, ganhei esta linda bandeira de Portugal, que terá lugar de destaque no nosso Gazebo-Lounge nesse verão. Falando nisso, ele está mais para Gazebo-Gambiarra-Total. Eu vou contar o causo: no primeiro dia ele chegou do Big. No segundo dia, foi montado no quintal e nesse mesmo dia ventou. Muito. Para não levantar vôo, 77 amarrou nele uma bicicleta (sim, uma bicicleta) com um cordão do varal (é, do varal). No terceiro dia choveu. Deus, como choveu. Então 77 (sempre ele), fez um enjambre daqueles que só ele sabe fazer, usando cabos de vassoura e pedaços de pau, "pra mode" não alagar tudo. Agora tá lá, todo rengo, o gazebo. Mas o 77 vai resolver a situação e eu ainda vou rir de tudo isso e tomar muita espumante rosé (última moda) debaixo dele, deitada numa rede que hei de comprar. Esse é meu único plano para 2008.

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Neste natal meu lema é: "Me peça dinheiro, mas não me peça pra levar o arroz à grega". Sim, ano passado eu causei celeuma na família do 77 porque me recusei a levar o arroz à grega para a ceia do natal. Olha se e tenho cara de mulher que leva o arroz à grega pra ceia de natal! Sogra e cunhadas horrorizadas. Chegamos lá com uns bons potes de sorvete da Kibon comprados no Zaffari, para a sobremesa.Todo mundo foi feliz.

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Completamente sem assunto nesse fim de ano, eu sei.

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Buscas uterinas:

- Será?
- Anoréxicas.

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Minha música de natal preferida: Jingle Bell Rock. Cliquem no link e vejam o vídeo, é imperdível. Jingle bell time e lml pra vocês também.

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domingo, dezembro 16, 2007

upper-top-summit
a floreira no quintal

há flor no meu quintal


Plantas seriam como eletrodomésticos modernos? Teriam vida útil? As lá de casa até que têm durado, coitadas. Agora são três: uma espada de são jorge linda, com 7 espadões, a árvore da felicidade-nanica (só felicidade, sem fortuna) e a nova bromélia, presente de aniversário do Backbone. Fora a floreira do pátio 2, que eu agora chamo de quintal, que tem um monte de plantas que cresceram sozinhas e uma comigo-ninguém-pode que eu finquei e que resistiu bravamente ao inverno. Ela já foi assim, toda-xôxa, agora tá lindona, vide fotos acima.

Negócio é que eu quase matei a árvore da felicidade esses dias e matar árvore da felicidade deve dar um puta bad karma.

Ela é praticamente um bonsai. Existe há um tempão (três anos?), presente da sogra, não ganha muita luz e não cresce, simplesmente. 77 gosta dela assim, eu acho que ela tem que crescer, pra gente ser mais feliz ainda (ai, quanto simbolismo cretino), aí resolvi trocá-la de lugar, onde ganhasse mais luz. Justo num momento de muito trabalho e correria. Não prestei muita atenção à bichinha e de repente, ela tava lá, toda murcha. Entrei em semi-pânico quando me dei conta da situação. Botei ela no lugar de origem e tivemos um constrangedor papo pela manhã: "meu bem, olha só, eu sei que fui negligente, te tratei mal, mas eu prometo mudar, te dar atenção". Dei aguinha, fiz carinho até, botei mais terra. 77 só me olhava de longe e balançava a cabeça. E não é que quando chegamos em casa, à noite, ela já estava 50% recuperada? Hoje passa bem, tá mais viscosa até. Psicologia vegetal é o que há.

Continuo desejando ardentemente uma roseira no quintal.

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Emiliano Urbim está promovendo o 1º Canal Bial, concurso nacional de poesia ruim. Eu vou mandar a minha porque eu sou boa, digo ruim, nisso. Tenho ótimas, digo péssimas, chances. O prazo é até amanhã.

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Já o prêmio de pior busca da semana vai pra esse link aqui ó.

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Da série Compras Impossíveis. Porque crueldade tem limite.

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No winamp toca: One More Drifter in the Snow, o disco de natal do ano passado da deliciosa Aimee Mann.

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UPDATE
: o quintal acaba de ganhar um gazebo, que ainda nem foi instalado. E eu e o 77 conseguimos a façanha, nesse final de semana, de ir ao centro, no sábado, e ao Big, no domingo, comprar o gazebo. Verdade pura.

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quinta-feira, dezembro 13, 2007

ensaio






Fotos: Joelma T.
clique na imagem para ampliar


Bolsa Coza by Heloísa Crocco.

Da série "toda-linda-toda-tuda" ou "contando dinheiro na frente dos pobres" ou "eu tenho, tá?"
O verão urbano 2008 só vai dar EU com a MINHA na cor AZUL NOITE MOBI.
É o Monomulti criando causo, fazendo bafo e antecipando teindêincias.
Te mete.

Mais aqui e aqui, por enquanto.

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terça-feira, dezembro 11, 2007

dormência química
Guga Gomes, o pedreiro, criou, lá na obra, um Rádio Peão Especial de Natal. Um espaço pros leitores mandarem suas cartinhas pro Papai Noel. "Pra meter o pau em tudo de ruim que rolou durante o ano e, de quebra, deixar vir à tona os seus sonhos de consumo [por mais que eles não venham a se realizar]". Ele convida a todos a participar da brincadeira e eu mesma só não fiz um post antes divulgando a historinha porque eu própria estava lá em Gramado, tendo um plá com o próprio velhinho, afinal, todos vocês sabem que a casa de veraneio do papai noel no Brasil fica em Gramado, néam, gentem? E eu ouvi isso de uma mãe pós-graduanda falando pruma filha-peste banguela de 7 anos nesse mesmo final de semana. Agora repito pra todo mundo.

Vão lá na obra, as cartas são divertidíssimas. Eu só não garanto que vou escrever a minha porque ainda estou tentando resolver meus problemas pessoais com esse cara, o Claus. Vocês não lembram, mas em janeiro desse ano eu descobri aqui em casa uma carta de 1980, assinada pelo próprio, mas com a letra da minha mãe, me explicando porque eu não tinha ganhado brinquedo, mas "utilitários para o meu quartinho infantil", e ainda assinava com um beijo de baton. O causo tá contado aqui mesmo no blog e a carta amarelada eu mostro pra quem quiser ver, é só chegar no Chamego Center.

Mas eu fui no Natal Luz, que é tudibom, e eu até fiz as pazes com a Mary Christmas. Não é porque a firma tá trabalhando lá não, mas o Natal Luz é tuda, o Natal Luz é algo, o Natal Luz é lindo, o Natal Luz é LUXO, pois. E se eu não sou uma pessoa sincera eu não contaria pra vocês que eu chorei cantando Noite Feliz com uma vela na mão, acompanhada por um coro de umas duas mil vozes, no Nativitaten. Nem eu acreditaria se me contassem. Foi tão lindo. Aqueles fogos, aquelas luzes, aquelas vozes, aquela água toda. Chorei, pronto.

"pobrezinho nasceu em belém..."

bolas

a árvore do 77


E eu não tenho medo de ser clichê nem de ser chiclé e de dizer que eu voltei a ser criança e pulei feito um canguru doido naquele Desfile de Natal e gritei bem assim: "PAPAI NOEL, EU TE AMO!", mas não praquele papai noel vermelho-coca-cola não; foi pra outro, um clássico-marrom-com-bege. E eu ficava descontrol cada vez que via um soldadinho de chumbo porque deus sabe como eu amo soldadinho de chumbo. Porque eu gosto muito desses contos infantis tristes e o soldadinho de chumbo, coitadinho, tá lá no top five. E Hans Christian Andersen é rei nesse negócio de entortar cabeça de criança e nunca mais endireitar.

soldadão


Mas, voltando, ao Natal Luz, e o que é aquela Fantástica Fábrica de Natal, jesus? Um desbunde, um deslumbre, uma surpreendência, uma coisa total JAZZ. Afe, maria. Só vendo pra acreditar que aquilo não é a broadway.

Recomendo. Muito muito muitíssimo. Vale a pena subir a serra, ver aquelas hortênsias floridas lindas e viver todas as luzes e ouvir Noite Feliz até traumatizar e se emocionar e comer todas aquelas coisas gostosas (hellou, agora tem Leckerhauss na cidade, com o melhor marzipã do mundo) e gastar os tubos ou mesmo só olhar as vitrines daquelas lojas maravilhosas (Arraial, Divina Rosa, a concept store da Masotti, Fio de Linha, Gatos de Rua...) e sentar no chão com as crianças pra ver o teatro de marionetes e bater perna pra cima e pra baixo e passar calor e depois passar frio e esperar chegar as 9 horas da noite pra fazer contagem regressiva pra ver as luzes todas se acenderem e tirar foto de tudo e achar um sarro aquelas renas que estão do lado da igreja e descobrir coisas bizarras: tipo pirulito de papai noel que é tatuagem de língua(!).

natal luxo: cristais pet


E nos país da piada pronta, eu e Thaís Aragão, minha fiel companheira de trabalho serrano, conseguimos esquecer de comprar papel higiênico, de modo que Jingle Bell virou o hit do final de semana no nosso flat de frente para o lago Joaquina Rita Bier. Sim, a gente trabalha pra caramba, mas a gente também se diverte. E deixa (muito) ICMS na cidade.

"harold and maude, aloprando na divina rosa"


Sonho profissional besta da semana: tocar xilofone na banda de soldadinhos de chumbo do Natal Luz de Gramado.

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Pedido especial pro papai noel: caixa com os DVDs "Eloise at the Plaza" e "O natal de Eloise". Legendado. Pra me fazer feliz.

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terça-feira, dezembro 04, 2007

princesa-pirulito
Tem uma expressão que eu gosto muito, é aquela que fala na ordem inversa das coisas: o poste (não confundir com post) mijando nos cachorros. Acho que já comentei por aqui. Lembrei disso pra ilustrar uma historinha. Depois do pic-nic no parque no sábado fomos tomar a última champa lá em casa. Valentina foi junto e eu me dei conta que não tinha nenhuma foto sozinha com a pequena. Cheguei junto e falei "Valen, olha ali pro Séti, vamos tirar uma foto com a Jojô". Ela, que anda numa fase totalmente rebelde, anti-fotografias, disparou "Não pecisa, não pecisa". Eu posso? Não posso. Mas o dindo conseguiu fazer, na marra, duas fotos lindas, sem foco, das duas, juntas, se divertindo horrores com a porta de sanfona na cozinha. Amo muito, amo tanto, amo-amo-amo vezes infinito ao quadrado.

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Melhores buscas do dia do meu aniversário:

- Nem Ray Conniff. Nem Richard Clayderman. Porque eles não cantam, néam?

- Eu respondo: Xuqui Nóres (Ariano Suassuna ficaria orgulhoso de mim agora)

- Difícil de alcançar, mas talvez eu diria qualquer coisa do tipo "vá para longe (ou para perto) da luz, Caroláine", porque isso aqui não faz qualquer sentido.

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Lella, Emiliano e Cássia: habemus RSS!

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domingo, dezembro 02, 2007

31, enfim
Fazer 30, ano passado, foi dificílimo. Não: difícil foi tudo que veio antes, foi chegar até o momento anterior exato a deixar de ter 29. O resto, ter 30 anos, até foi fácil. Tão fácil que cheguei ontem aos 31 preparadíssima pra dura jornada que vem pela frente. Na verdade pouquíssima coisa mudou com os trinta. Talvez a mudança mais visível sejam os olhos. Além da falta de lentes (de grau ou de contato), só aos 30 anos eu aprendi que olhos são armas poderosíssimas que precisam ser valorizadas. Por isso máscaras para cílios (que no meu tempo de menina era rímel) são coisas que eu passei a investir com seriedade. Pros próximos 10 anos eu pretendo adestrar a mão e aprender a usar delineador, yeah!

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Querido diário, ontem fez um dia lindo e eu fiz coisas maravilhosas. Fui no salão de beleza e inaugurei uma nova fase na minha vida: a fase da hidratação capilar. Achei tudo tão novo. Depois fui com o 77 almoçar num restaurante recomendadíssimo, que sempre quis conhecer, mas que a gente acabava não indo nunca. Delícia, com direito a nossa sobremesa mega-calórica preferida do outro lado da rua. Mais tarde rumanos para a Redenção munidos de cangas, garrafas e baldes de champanhe, balões e uma caixa de Totosinho: meu kit festa-express-neo-hippie-fiasqueira. Eu já tinha convidado o sol, que compareceu. Mas deu aquele friozinho na barriga: e se os amigos não fossem? Eles foram, diário. E me fizeram felizinha. A champanhe também. Foi muito muito muito legal fazer 31 anos. Ano que vem, eu já decidi: vou fazer de novo: 31. Aí em em 2009 eu faço 30, em 2010 comemoro os 29... tá acompanhando o raciocínio, diário? Tá? Querido...

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Hoje pela manhã, enquanto subia as fotos para o flickr, enquanto fazia sol, enquanto o 77 ainda dormia e a máquina de lavar trabalhava, por um surto qualquer eu decidi ouvir Legião Urbana. E eu cantei de um fôlego só "O que sinto muitas vezes faz sentido e outras vezes não descubro o motivo que me explica porque é que não consigo ver sentido no que sinto o que procuro o que desejo e o que faz parte do meu mundo. O arco-íris tem sete cores e fui juiz supremo. Vai, vem embora, volta: todos têm todos têm suas próprias razões" e eu ouvi todos os discos e eu fiquei achando que sim, eu sou o próprio lobisomem juvenil eterno e que eu posso ouvir Andrea Doria aos 60 anos que vou ter sempre a mesma estranha sensação de ter voltado aos 13 e que, para o bem e para o mal - oxalá talvez muito mais para o bem - isso signifique que a gente não deixe de ser a gente nunca. Que a gente cresce, envelhece, apodrece, endurece, mas a bendita essência tá ali dentro.

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E do alto da minha sabedoria e maturidade de mulher de 31 anos eu posso dar um conselho pra você, mulher-amiga: nunca perca uma oportunidade qualquer de fazer um xixi preventivo. Nunca mesmo.

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