quarta-feira, novembro 30, 2005

DAMAS & CAVALHEIROS

fazendo um merchandisinho básico



Nina Moraes, a abnegada ilustradora e domadora de pulgas do ?El Gran Circo Freak Show?, que se apresenta pelos muros da cidade, desencasúla-se de sua exposição ?Crisálida? (Galeria Adesivo, 2004) e nos mostra mais uma vez seus desenhos delicados e violentos. Após cinco anos de criações fanzinescas, distribuídas aos amigos e interessados, pela primeira vez oficializa sua produção num lançamento para DAMAS & CAVALHEIROS. No dia 30 de novembro, a partir das 19 horas no café Muffuletta (República, 657) ela nos conduzirá a um baile onde encontraremos sua nova leva de seres de fresta de parquê. Serão eles os responsáveis por fazer de sua entediante noite de quarta-feira um momento inesquecível, para contar aos filhos, netos e vizinhos que eventualmente peguem o elevador no exato instante em que você espera um pouco de privacidade e solidão.
Após o lançamento os fanzines estarão à venda no café e tabacaria Muffuletta e na Galeria Adesivo (Cel. Neves, 150)


Nina Moraes ilustrou para revistas como Aplauso, Busca, Vista Skateboard Art, Type e para o jornal de literatura Rascunho, de Curitiba. Colaborou com sites como as revistas virtuais Busca e o site norte-americano especializado em arte urbana Wooster Collective e foi convidada a ter um blog de desenhos no novo site da revista Void. Faz parte do projeto Pictoplasma que montou um banco de imagens com caracteres de artistas de todo o mundo e também do time da agência de ilustradores brasileiros com sede em Atlanta, Creative Farm. Teve desenhos publicados em livros internacionais de street art como o recém lançado em Porto Alegre, ?Graffiti Brasil?, de Tristan Manco e ?Graffiti Woman?, de Nicholas Ganz, que será lançado em breve na Alemanha. Também participou de um projeto Toque de Arte da operadora de telefonia celular Claro.

Nina Moraes é uma moça talentosíssima, vocês estão cansados de me ouvir dizer isso. Ela é a dona do lindo traço da minha tatto e também do convite das sagitarianas, abaixo. Mais Nina Moraes, aqui.

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terça-feira, novembro 29, 2005

chef Antoine não faz mais pães, agora só croissants




Como vocês já sabem, eu Joelma T., a Serelepe, Saltitante & Intrépida criatura, completo 29 no dia 1° de dezembro. Pois bem. Eu não vou dizer pra vocês que a aproximação dos tritinhas não tem tirado meu sono. Não, não vou dizer, isso eu digo depois. Hoje eu vou só INTIMAR todos os viventes amigos que moram ou estão em Porto Alegre para aquela tradicional e (i)memorável (porque ninguém consegue lembrar dos detalhes depois) festa de aniversário das SAGITARIANAS + 1 (no caso, centauro) lá no GARAGEM HERMÉTICA, aquele lugar que foi junkie de verdade nos anos 90 e agora tem até ar condicionado e banheiro limpinho (pousé). A festa é no sábado, 3/12. Seguindo a tradição, vai ter balão surpresa, com tudo quanto é vale dentro, e aquela cachacinha responsável por tornar a festa tão celebremente (i)memorável. O Camilo (ATENÇÃO CAMILO!) já foi devidamente aviso. Pra entrar não paga consumação nem ingresso. Só tem que dizer a senha: "se deixar eu entrar, danço can can no palco". E tem que dançar mesmo depois, pra entrar fundo no climão de cabaret que vamos fazer por lá. Todos convocados então. Eu, Mimix Fatturi, Camom(ila) e Márgara Alegre&DoceMargarida, mais o Marcelo Celaro, esperamos por vocês e os seus.

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segunda-feira, novembro 28, 2005

natal lâmpada




Notícias esportivas que todo mundo já sabe. Grêmio volta à primeira divisão*, transformando a tarde do pacato centrinho de Gramado num verdadeiro inferno. Isso foi no sábado à tarde. Por que torcedores de times de futebol não comemoram civilizadamente? Por que? Por que? Tem que fazer ZUADA e buzinaço. Tem? A gente só pensava: que bom que NÃO estamos na Cidade Baixa uma hora dessas. Mamá, que voltou da serra naquele dia mesmo, disse que parecia uma zona de guerra a esquina da República com a Lima e Silva, a NOSSA esquina. Em tempo: se o Inter vencer o campeonato eu e o Sete estamos pensando em mudar de cidade. Não, de estado. É. Detesto futebol. Detesto.

A bizarrice não tem limites em Gramado mesmo. Perdemos o Encontro Brasileiro de Papais Noéis, MAS vimos neve FAKE num calor de uns 31°. Essa gente é igual a torcedor de futebol: não sabe brincar.

Se a semana que passou foi atípica, essa já está sendo, abre aspas, daquelas. Muito trabalho, coisas pessoais pra resolver, pintura externa do prédio que não acaba nunca, eventos culturais e aniversário da própria pesssoa na quinta-feira. Inferno astral? Tô zen. Juro.

Fota: Joelma e 77 aproveitam noite amena na serra, por Royzinho, the baby.
*A notícia lincada tem o texto mais engraçado ever. Ah, o jornalismo esportivo!


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quinta-feira, novembro 24, 2005

op




Uma coisa de fake esse Natal Luz de Gramado, viu? O vivente chega na cidade debaixo de 40 graus e dá de cara com bonecos de neve e uns ratos gigantes (sim, ratos). Eles acham que a Disneylândia é aqui e, à noite, toda aquela luz, muita luz, de tudo que é cor, e música natalina aos montes por todos os lados. E o menino Jesus onde foi parar no meio dessa purpurina toda, é só uma boa pergunta. Dá nos nervos. Ontem eu me livrei de ver (e ouvir) a tal da Árvore Cantante. Bizarro, bizarro. Depois me disseram que quem canta mesmo são umas crianças, assim, no meio da árvore. Ah, bom...

Mas esse negócio aqui é enlouquecedor. Tem um monte de velhinhas arteiras, que se jogam nos estandes de produtos e saem comprando tudo pela frente: pano, pano, pano, de tudo que é cor e tipo, e moldes e apetrechos. E eu, empolgada como toda sagitariana em inferno astral, resolvi botar em prática aquela resolução maluquete de fazer coisinhas manuais em 2006. O primeiro projeto já existe: vou fazer, com minhas próprias patinhas, uma toalha de mesa (para a minha mesa) em patchwork. Vou usar aquele meu infalível método auto-didático-intuitivo. Já comprei até os tecidos. Notem o plural: tecidoS. Tentem me imaginar manejando agulhas & linhas. Tentem.

Enquanto isso, chove. E eu fico aqui mais um dia, pelo menos.

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quarta-feira, novembro 23, 2005

baixa, cidade




Tou subindo a serra. A trabalho. Volto amanhã. Ou depois. Coisinha bem boa nesse calorão desgraçado que deus nos dá na primavera porto-alegrense. Um refresquinho.


A foto, de 77 matando baratas no cortiço da República, é uma alusão a Cidade Baixa, o filme. Já viram? Pois vão ver, que é das coisas mais lindas feiras pelo cineminha brasileiro nos últimos tempos. Forte e delicado. E aquela fotografia nauseabunda, melada de suor, que é uma cousa. Recomendo muito.

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segunda-feira, novembro 21, 2005

domésticas, drops







* Mamãe andou fazendo arte: foi pegar um livro na estande, perdeu o equilíbrio, caiu e fraturou o punho/pulso. Resultado: está com o braço esquerdo todinho engessado, pobrezita. Sim, mamá ainda está por aqui. Deve voltar no comecinho de dezembro. Em tempo: descobri que ela é fã da Rosaura Fraga (oh no duplo!).

* Chegou Jurema, nossa super nova máquina de lavar roupas. Ela é assim, uma autêntica brastemp - oferecimento dos melhores e mais amados tios do mundo, que ficaram penalizados com nossa saga semanal de ir até o Lav&Lev. Nunca mais andar pelas ruas da Cidade Baixa com um saco de cuecas e calcinhas xujas debaixo do braço. Nunca mais.

* Sábado à noite aconteceu uma tragédia firpiana lá em casa. Com a chegada do calor, elas, as baratas resolvem aparecer. Aos montes. Numa operação de guerra (e gritos histéricos de moizinha) matamos (quer dizer, o 77 matou a golpes de Rodozx) nada menos que 15 gosmentinhas no pátio. Não esse que está sendo pintado, o outro, da cozinha. Pensei em juntar os 15 corpinhos, tirar uma foto e mandar pro Firpo, numa espécie de solidariedade macabra. Deixei pra fazê-lo no dia seguinte. Eis que no dia seguinte não tinha um só cadáver! Os passarinhos comeram, me explicou o Seven. Juro que fiquei chocada. E me sentindo um pouco culpada pelos bichos.

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quarta-feira, novembro 16, 2005

por una cabeza, todas las locuras







Fim de Feira. Parece que as coisas começam a querer voltar ao normal. Parece que agora eu posso voltar a me dedicar a ver o resto da Bienal. Mas todos os shopping centers me lembram que vêm aí as boas festas, o bom velhinho e o ano bom. E isso tudo só não me irrita mais que a pintura externa do meu prédio que começa a ser executada essa semana. Tem um ANDAIME no meu pátio e isso é bizarro. Verdade pura.

Um turbilhão de coisas acontecendo enquanto eu e ele fazemos planos para as férias que devem vir em fevereiro, quando há carnaval. E eu troco as bolas, piso no cadarço, tropeço e só não caio porque sei lá eu.

Antes disso tudo tem mais trabalho, tem finais de semana de labuta e frilas que envolvem arte&cultura. E eu me sinto um pouco mais jornalista quando arrumo esses frilas que envolvem escrever sobre arte&cultura.

Resoluções de ano novo: ser hippie só um pouquinho e fazer umas artês-artesanais-manuais. Sim, sim: Rosa Pomar mudou a minha vida. Eu fico pensando: eu podia comprar uma Singer. Se essa coisa de ser assessora de imprensa que faz frilas sobre arte&cultura não der muito certo, eu podia costurar, quem sabe. Customizar era a palavra há uns dois anos atrás. E, falando nisso, esse blog aqui faz 3 anos agora em novembro e eu me lembro daquele tempo confuso onde eu escrevia e escrevia e escrevia e não chegava a lugar nenhum. Evolução é uma palavra legal. Às vezes.

É.

Fota: Joelma tem ganas de interagir com obra na 5ª Bienal do Mercosul. Roy B. Jones observa tudo.


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sexta-feira, novembro 11, 2005

de flores



Trabalhar com ou na Feira do Livro significa não ter tempo de perambular pela Feira do Livro para procurar os títulos que você quer ou bisbilhotar nos balaios até achar os super saldões.

Também significa que a pessoa não só vai trabalhar no final de semana como no feriado. Ou seja, ao invés de um feriadão, a criatura ganha um trabalhadão no próximo dia 15.

Pousé.

Post it: anotem na agenda que dia 2 de dezembro tem a desmemorável festa das sagitarianas. Aquela no Garagem Hermética. Pra comemorar meu niver e da Mimix e da Camon e da Márgar(id)a. E, escrevendo isso, me dei conta: INFERNO ASTRAL.
Isso explica quase tudo.

É.

...

Fota: Joelmas mergulham na imensidão azul da 5ª Bienal do Mercosul sob o olhar de Roy B. Jones.


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merchandising



Com participação de três escritores-blogueiros gaúchos:
Ticcia, Ane Aguirre e Milton Ribeiro. Eu lá, na fila dos autógrafos.


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quinta-feira, novembro 10, 2005

no hay banda



Outro dia eu vi uma palestra do Doctor Cool. Entre outras coisas, ele falou rapidamente sobre o trabalho de uma holandesa auto-denominada Tinkebell. Além de fazer de gato tamborim (sim, literalmente), a moça também se propõe a pintar todo o mundo de cor-de-rosa. Pelo que entendi, o mundo será um lugar melhor pra se viver se for cor-rosa. Sei.

Aí eu fiquei pensando na minha parede cor-de-rosa e tive até vontade de pintar tudo de roxo. Mas passou.

Ele também falou na tendência atual das pessoas em fazerem seu próprio País das Maravilhas, exemplificando com o trabalho do Mark Ryden, que muito já tinha visto aqui e ali.

Daí eu fiquei pensando em como posso construir meu próprio wonderland, limpinho e perfeito. Também pensei no quanto de mim é cool e no quão cu devo ser. Mas depois passou.

Então cheguei em casa e, fazendo umas pesquisas na internet, achei esse blog português com rosa no nome. Achei tudo tão lindo e fiquei pensando no quanto eu queria tanto tanto ser uma pessoa cheia de habilidades manuais a ponto de criar simpáticas criaturinhas pscodélicas multicoloridas...

Logo em seguida eu achei essa imagem, cor de rosa e portuguesa. E até agora tô tentando achar um sentido pra isso tudo.

...
Numa espécie de reação ao post abaixo, SevenSétimo baixou, pra mim, Muiézinha Incomodativa, pérola do cancioneiro trash gaúcho, por Mano Lima, o mais guasca de todos. :~~~~

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Fota: O maravilhoso mundo-cor-de rosa de Joelma - obra da 5ª Bienal do Mercosul. Gentilmente fototremida por Roy, o B. Jones.


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segunda-feira, novembro 07, 2005

cibitucos, poetando



"jojoca querida do meu coração
você é muito linda e te amo de montão
ja paguei o seguro mas
os exames ainda não
meu dia tá mais ou menos
tomara que o teu seja bão.

te amo 2% ao dia
mais a inflação"

....

"você é a mais linda do meu jardim
mais cheirosa que a rosa
e menor que os pé de aipim"

...

Esse é o marido que tenho. Faz uns versinhos infames, umas quadrinhas, umas riminhas e me manda por e-mail no meio da tarde cheia de trabalho. Às vezes não sei se tenho vontade de afofá-lo de beijos ou de dar uns tapas. Menor que "os pé" de aipim eu digo já quem é, ô! Negócio é que não consigo NÃO me derreter todinha...

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Daqui a menos de um mês eu faço 29.
Ele pergunta o que quero de aniversário: A Mulher de Trinta, do Balzac, pra ir entrando no clima. E um template novo. Sim?

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Fota: Joelma e SeteSeven, embasbacados com a luz, na 5ª Bienal do Mercosul. Desfocados por Roy B. Jones, o Primeiro.


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sexta-feira, novembro 04, 2005

a luz, Caroline!



Os melhores dias do mês são as duas quintas, quinzenais, em que Nilza - o Furacão da Limpeza - passa lá por casa. Eu fico mais feliz sabendo que ela vem e fico mais feliz quando chego em casa no fim do dia e encontro tudo limpinho e cheiroso. Eu também fico mais feliz se consigo acordar cedo (pois, vejam só, é dia que eu não trabalho pela manhã) e ajudo a colocar as coisas em ordem. Tento colocar a vida em ordem, acho. Ontem consegui. E descobri que Jorge Drexler combina tanto com faxina:

"No queríamos dormir nos queríamos comer el mundo (...) Horas, horas, colgados como dos computadoras...".

77, como a própria alcunha sugere, tem um gosto musical bastante focado na sétima década do século XX. Rock n' roll, estamos falando de. Por isso eu fico toda meio felizinha quando ele baixa umas coisas mais, ãhn, atuais. Lá em casa, ultimamente, a gente tem ouvido muito The Killers. E, confesso, estou adorando o sonzinho mezzo adolescente desses caras.

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Fota: Joelminha visita a 5ª Bienal do Mercosul. Versão com cabelo por Roy B. Jones


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