quarta-feira, abril 30, 2003

douleur

dói?

Qual a dor que mais dói? Impus-me o exercício. Mais de um mês atrás? Propus-me a pensar. Não cheguei a conclusão.

“Comadre Joana, recolhe essa dor”

A dor que mais dói é a dor de joana, de maria, de firmina. É a dor de jasão, de joão, de expedito. A dor que mais dói é a dor que tu sente. Que te corta por fora, corrói por dentro. Seja lá por que motivo for...

“- Escuta, eu compartilho a sua dor...
- Mas não dói em você!”

(E não sei porque raios me pus a responder logo agora, cicatriz fechada.)


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Mundo Paralelo.

Vocês conhecem um bar ali na José do Patrocínio chamado Casa de Praia? Pois bem. Já estive lá umas três vezes. Devo dizer aqui que, tirando o Carinhoso, eu conheço todos os bares/botecos da banda. Inclusive o ex-Alicerce (aka Bar do Heavy, que a Rafa insiste em chamar de Bar do Rock. lml total. Mas que agora se chama ODISSÉIA). Pois bem. Daí que uma bela noite, por falta de opção e porque a gente já tava indo pra casa mesmo, resolvemos parar no tal Casa de Praia pra tomar a Polar saideira.

O lugar é um mundo paralelo, vai dizer. Tu te sente à beira mar. E eu odeio reggae! Mas daí que eu fui no banheiro e vi a coisa mais dantesca de toda a minha vida.

Tem uma salinha com uma mesa de sinuca com um grafite na parede que é algo entre o bizarro e o surreal. Notem bem: numa paródia da Santa Ceia, Renato Russo, abraça Elis Regina, enquanto segura um baseado. No centro, Marcelo Yukka fecha um baseado, encarnando o próprio JC, apoiado por Bob Marley. Ao lado de Bob, Cazuza segura um cálice. Vazio, diga-se.

Se vocês acham isso normal, vocês são loucos. E eu fiquei alguns minutos pensando se tava vendo aquilo mesmo ou se era delírio.

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segunda-feira, abril 28, 2003

Diálogos de ladies
(tempos idos)

- Quer uma cerveja?
- Se você pagar...
- Pagarei.
- Beberei.


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Domínio Público. ou quase
(desencavado do fundo do baú nem tão fundo assim)

Mas quanto num ganha uns animal desse?
...
Dotô, eu ainda ocupo.
...
Percise ou num percise, uma vez por mês ele toma banho.
...
Mas vai tomar no cu que tu tem namorado!
...
Não vai ser o rabo a abanar o cachorro.


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azul carmim

juntinhos

Quando ele chegou, encontrou meu coração displicentemente jogado na lixeira. Vermelho vivo, forte, chamativo. Mas jogado.

Quando foi embora, deixou seu cheiro impresso no meu travesseiro. E um sorriso bobo no meu rosto...


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sibalena

Eu tava lembrando de uns amigos da minha tia, de Palmeira, que eram uns doidos muito massa. Sabe aquelas pessoas super inteligentes com um senso de humor tri refinado? Eram eles. Divertidíssimos. Eles viviam aprontando coisas legais. Teve uma época que eles gravaram uma fita com muitas músicas deles (engraçadas) e umas versões (não menos). Tava aqui lembrando das tais músicas. Uma das melhores, não lembro o título, mas era assim:

“Sou doidjo por essa mulé. Arriado os quatro pneu (e o estepe!). Mas por causa do meu chulé, ela não quer mais eu.(refrão) Mulé, mulé, eu te amo e você não me quer. Mulé, mulé, só por causa do meu chulé.”

Tinha outra muito boa, que era uma paródia de Pais e Filhos do Legião. O tema não podia ser melhor: Palmeira dos Ìndios, a cidade. Era muito engraçado, mas não lembro a letra toda, só algumas partes.

O começo era assim:

original: “estátuas e cofres e paredes pintadas ninguém sabe o que aconteceu...”
versão: “A estátua do cristo e da índia pelada lá lá lá (esqueci a letra)”

original: “Sou uma gota d’água, sou um grão de areia”
versão: “Vou pro Gota D’água, eu sou de Palmeira-á”

original: “São crianças como você, o que você vai ser quando você crescer?”
versão: “lá lá lá (esqueci) vou pro Aero Clube, para a matinê”

(de chorar)

Tinha também uma versão de Patience, do Guns, chamada Peixes. Era uma música zodiacal, o cara falava das agruras dele com as piscianas. Também não lembro, mas o refrão era mais ou menos assim:

“me dou com qualquer um menos com peixes, yeahm-yeahm, menos com peixes” (me identifico HORRORES. tá, menos joelma, menos.)

E tinha a clássica absoluta: “Sibalena”

“Eu queria que você me quisesse. Porque eu te quero mutcho mutcho” (e eu esqueci de novo o resto da letra impagável, mas o cara falava que quando pensava nela tinha que tomar uma sibalena e pá. Trash.)

Nessa mesma época eles também gravaram uma radionovela, de chorar de engraçada. Uma coisa tipo novela mexicana, na época que novela mexicana não era moda nem passava no sbt. Pena que não lembro os detalhes. Figuras.


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domingo, abril 27, 2003

Maré Alta

igual a uma pedra
sozinha na beira da praia
esperando
com sua paciência milenar

assim espero meu amor
quando
de súbito
me surpreende
com seu abraço atlântico,
me envolvendo por todos os lados
com suas ondas de beijos

ahhh
a maré alta


(Pedro Marodin)


pétala
Lisianto
...

Foi assim, fuçando nos livros da Rafa, que encontrei isso aí de cima. Um livrinho AZUL, pequeno, chamado Buquê de Flores, do gaúcho Pedro Marodin. É um primor. A cada duas páginas, uma foto de uma flor (fotografadas pelo autor) “ilustrada” por uma pequena poesia (do próprio e de gentes como Alice Ruiz, Leminski, Mário Pirata e outros).

O livro faz parte do Projeto Buquê de Flores, que é formado por cinco módulos e... não vou falar não. Dêem um pulo no site, conheçam. E se deliciem, como eu, com os belos “textos de amor” (como ele classificou) e as fotos. Te interessaria saber que o texto de abertura (tipo um editorial) é assinado pelo Luis Fernando Veríssimo?!?

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andanças

É, o povo nosso tá debandando geral.

Ontem rolou a despedida do nosso bebê fofo dono do fucas rosa e laranja, o Cucas. Quem diria, a criatura iluminada vai pra onde? Maceió. É como eu sempre digo: cada um faz seu caminho. Alguns sobem, outros descem, outros atravessam o Atlântico. Outros até ficam e fazem seu caminho sem sair do lugar (o que não é errado). Mas o fato do Lucas ir pra Maceió é bem curioso, já que eu vim de lá e não quero voltar e ele quer, justamente ir. De uma coisa eu tenho certeza: cuidarão muito bem do nosso neném em terras caetés. (ai, ai, ai, Trupe Ora Bolas, quero relatório de como estão cuidando do caçulinha da Encantadora Trupe do Fucas da Folia)

Sexta foi a despedida da Lili Desbrava o Mundo, que vai trilhar novos caminhos na capital carioca. (ninguém segura essa mulher!!!)

Quem também tá de mala pronta é a Adri, que zarpa pra Floripa com sua florzinha miúda, no fim do mês. (Vamos sentir saudades)

Muita sorte (e sucesso!) a todos nas novas empreitadas.

Como eu também sempre digo: já fiz meu caminho. Agora quero ficar, continuar, resistir. E sair de vez em quando, mas só pra dar umas voltas, ver gente, encher os olhos de outras (e novas) paisagens. E voltar pro meu porto, cada cada vez mais alegre (na medida proporcional às dificuldades, mas tudo ficará 100%. Logo logo.).

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sexta-feira, abril 25, 2003

olha só os e-mails que recebo!

"Nêga, tu sumiu!!! é dando aí pelo mundo é? Se não tiver toda ralada, sente então a bunda na cadeira e me escreva. Por aqui tudo certo. A chuva deixa a gente um pouco assim meio existencialista, tipo assim filme de Godard, mas mesmo assim continuamos a cair na bagaceira."

Eu posso com isso?!? Eu posso com os maravilhosos e totalmente loucos amigos que encontro pelo mundo?!? Eu só posso mesmo é ler uma coisa dessas, lembrar da cara da criatura e dar muita risada.

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ah malditas!

Estar com mimix e rafix, juntas, é das melhores coisas que há. Mesmo que o programa seja ir comer pastel na República (poooodre de "sics", óvbio, porque nós somos très chiquês sempre). Qualquer coisa é sinônimo de diversão e risadeira.

E quando eu tô inspirada então? Esses dias ataquei de DJ e botei As Frenéticas em homenagem à ladies ("eu sei que eu sou bonita e gostosa e sei que você me olha e me quer-é... cuidado garoto, eu sou perigosa, perigosa, perigosaaa!!!").

Como se não bastasse, ainda surtei na cabeça das póbis e fiquei viajando na idéia brilhante da gente montar uma banda. Já temos até nome: As Malditas Perigosas*. (Vamo combinar que, quando quero, sei ser bagaceira até umas horas.)

A gente fez até uma música: Tudo.

A letra é assim ó: "Tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo...."

Er... só isso mesmo. Mas é trimassa.

Temei, povo. Temei.

...
* a verdade é que a Rafa não gostou do nome, mas como eu e mimix mimix e eu formamos uma ditadura de duas democrática, a gente decidiu que o nome é esse aí e pronto. e nem adianta a outra ficar dizendo "mas eu não sou maldita! nem perigosa!". nem nós, mon amour. nem nós (quer dizer, mimix é sim, quando resolve ser evil mimix), mas é massa fazer uma pose de más de vez em quando. hahahaueha!

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quinta-feira, abril 24, 2003

Eu roubei esses versos como quem rouba pão

Desmantelo Azul*
de Carlos Pena Filho**

Então pintei de AZUL os meus sapatos
por não poder de AZUL pintar as ruas
depois vesti meus gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas

Para extinguir de nós o AZUL ausente
e aprisionar o AZUL nas coisas gratas
Enfim, nós derramamos simplesmente
AZUL sobre os vestidos e as gravatas

E afogados em nós nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de AZUL também cansaço

E perdidos no AZUL nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul: AZUL.


Blue Nude
xxxx
Pabro Picasso***

*Descaradamente roubado do Gus.

**Carlos Pena Filho morreu em 1960 com 31 anos, é considerado um dos maiores poetas de Pernambuco, apesar de ser muito desconhecido. Esse cara é foda.
(as palavras acima também foram roubadas do Gus)

*** A imagem, tuuuudo a ver, também é roubada, ó. Do Nelson.

Ah, e o título do post é mais um furto. De uma música dos Engenheiros. Devo admitir que sou réu confesso.


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chacka chacka na buchacka

Esses dias de feriado em Porto Alegre, a princípio sozinha, cuidando de TOM TOM foram bem legais. Aquilo que comentei de me sentir útil a um felino e talicoisa. Se bem que, no final, o bichano já tava meio histérico, com saudade da mãe. Eu acho.

Uma das experiências inéditas que tive, além de “cuidar” do bicho, foi: comer ração de gato. Putz, eu me presto a essas coisas. E vou te dizer: é ruim pracaralhos. Não repetirei a experiência. Prometo.

Então, o lance é que eu ia lá na casa da Ladie e, enquanto lavava minhas roupas na máquina dela e usava a adsl, aproveitei pra fuçar nuns vinis e achei uma raridade: um disco d’Os Três Patinhos, de 1980. Alguém lembra disso?!?

Pois eu lembro, já que os tais Três Patinhos marcaram profundamente a minha infância. Lá vai eu ouvir o disco. E, por deus do céu, o que diabos é aquilo?

Tô pra dizer que é uma das bizarrices mais trashs de todos os tempos. O repertório é algo. Como pode um disco voltado ao público infantil incluir hits como: Freak Le Boom Boom (é, aquele mesmo, sucesso absoluto da Gretchen, nos anos 80), Severina Xique Xique (do mestre bagaceiro Genival Lacerda: “ele tá de olho é na butique dela”) e É Mais Embaixo? E olha outros títulos do bolachão: Don´t Push, Dance, Dance, Dance e Boogie Boogie.

Mas, pior de tudo é a impagável CHACKA-CHACKA. Essa música é algo inacreditável. Pra vocês terem uma idéia, eu me prestei a transcrever a letra. Ó só:

Chacka-chacka, chacka-chacka, chacka-chacka, chacka-chacka (umas mil vezes)
(daí entram uns gemidos e começa a música:)
Oh, I love you baby
Ti quiero si
I need you baby
Ti quiero si
I like you baby
Chacka-cka, chacka-cka
Oh yes! Oh yes!
Oh l’amour
Kiss me, kiss me
Touch me, touch me
Yeah!!!
Don’t stop
Oh yes!!!

(e começa tudo de novo)

Eu juro que fiquei estarrecida quando ouvi essa música. Cara, eu era apenas uma criança inocente quando ouvia esse disco infinitamente na casa da minha priminha, lá no interior das alagoas! Só que, na época, é claro que a gente não entendia nada e não tinha nem idéia do conteúdo erótico-bagaceiro.

Fuçando no google eu descobri que o produtor dos Três Patinhos era, nada menos, que o próprio homem por trás (pela frente, de ladinho) da rainha do rebolado Gretchen. Um tal de TIO SAM. Tá explicado.

No meio de toda a bagaceirada, uma música só se salva uma música, que destoa totalmente do contexto: Ser Criança é Ser Feliz (“eu quero voltar a ser criança, pra ser feliz outra vez...”)

O que é que esse cara tinha na cabeça pra fazer um disco desse pra criança? Merda? É por isso que a minha geração é toda pervertida. Eu tenho certeza que esse troço entrou nos nossos subconscientes da pior forma possível. Vai dizer.

Tem horas que eu tenho medo, muito medo da humanidade.


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terça-feira, abril 22, 2003

Good morning, starshine!


our early morning singing song

luz entrou pela janela. inundou tudo. brilhante, clara, luminosa. luz azul, amarela, verde, vermelha. multicolores. tons e entretons. degradès. arco-íris de mil cores. aquarela. e aqui, dentro, tudo aceso em mim. tudo...


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Acabou Chorare
(Moraes Moreira/Galvão)

Acabou chorare, ficou tudo lindo
De manhã cedinho
Tudo cá-cá-cá, na fé, fé, fé
No bu-bu-li-li, no bu-bu-li-lindo
No bu-bu-bolindo

Talvez pelo um buraquinho
Invadiu-me a casa
Me acordou na cama
Tomou o meu coração
E sentou na minha mão

Abelha, abelhinha
Faz zum-zum pra mim
Faz zum-zum pra eu ver
Abelha, abelhinha
Escondido faz bonito
Faz zum-zum e mel

Inda de lambuja
Tem o carneirinho
Presente na boca
Acordando toda gente
Tão suave mé, que suavemente

Acabou chorare
No meio do mundo
Respirei eu fundo
Foi-se tudo pra escanteio
Vi o sapo na lagoa
Entre nessa que é boa
Fiz zum-zum e pronto.


...

Demorei um tantão pra conhecer esse disco dos Novos Baianos, mas conheci esse ano. Assim que ouvi essa música, gostei na hora. Achei linda, singela. E depois fiquei sabendo que o M.Moreira fez pro filho, o fofo do Davi Moraes (na época, bebê), fato que me fez simpatizar ainda mais com a música, que curto muito. Pois bem, ponho ela aqui, agora, como marco, como símbolo de coisa nova, de fim de pranto, de luz do sol que entra pela janela do meu quarto, que sai dos olhos de alguém. Da abelhinha que faz zum-zum bate no vidro e cai tonta aqui na sala. Tudo lindo. Docemente. Azulmente lindo.

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domingo, abril 20, 2003

Lembranças pascais

Essa coisa de páscoa sempre me lembra que no colégio a gente se vestia de coelhinho, todo ano. E minha grande frustração e trauma é que, todo ano, minhas orelhas sempre eram caídas. Não tinha jeito. Mas um belo ano, minha mãe conseguiu uma fantasia de coelhinho bala. De pelúcia branca, da cabeça aos pés. E o melhor: com orelhas em pé. Tenho até uma foto disso, hilária, com a minha prima Fabiana e a Blandina. Jardim de infância... As três vestidas de coelho. Putz.

Outro ano, já no primeiro grau, a Irmã Salésia, nossa professora de piano (sim, fiz aula de piano dos 8 aos 14 anos) resolveu fazer uma peça de páscoa. Não lembro mais do roteiro, mas tinha um coelhinho, lógico, a mamãe coelha (que era a Ariádine, recém chegada de SP, com um sotaque fortíssimo, enfim) e um jardim cheio de flores. Advinha o que é que eu era? Eu era um flor, mais precisamente uma MARGARIDA. Seria o máximo senão fosse um papel exercido em dupla. É que cada flor eram, na verdade, duas flores. E falava o texto junto, tipo jogral. Eu sei que tive que dividir o papel com a Cíntia (que era da turma do Vanildo, eu acho, fez primeira comunhão com a gente, não sei por onde anda).

A roupa era o ó: calça e blusa verde, com uma auréola amarela em volta da cabeça. Que teto! Daí tinha uma hora que todo o jardim comemorava a páscoa e comia os ovinhos. Só que no primeiro dia da peça, os pais é que tinham que mandar os ovos. Minha mãe, arteira como só ela, inventou que não ia comprar ovo nada, ia fazer. E fez. Uma gororoba das desgraças. Que horror! Todo mundo comendo lacta e garoto e nestlé e eu lá com um ovo by mamã, em cima do palco, morrendo de vergonha. Nos dias seguintes os ovos foram substituídos por sonho de valsa, pra todo mundo...

Putz. Muitas recordações de infância agora. Cês nem imaginam.

E tem muitas histórias de infância/adolescência que eu adoraria contar aqui. Sempre lembro, mas nunca boto no papel. Também tenho medo de fazer aqueles posts gigantes de novo e ninguém ler. Mas vou ver se tiro do baú algumas histórias.


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“Abre essa janela, primavera quer entrar” (LH)

então abri as janelas, escancarei a porta. pra deixar a luz do sol entrar...


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sábado, abril 19, 2003

uêba! o weblogger me deu de volta o ex-monomulti (versão beta). tava lá o tempo todo, foi só republicar. só não aparecem as fotos. vou tratar de salvar a página, pelo menos. feliz da vida! nem lembro mais o que tem lá...

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5 balada para giorgio armani
(zeca baleiro)

giorgio eu tive um sonho risonho e terno
sonhei que eu era um anjo elegante no inferno
giorgio eu sinto medo da longa estrada
o medo é a moda desta triste temporada
giorgio tá tudo assim nem sei tá tão estranho
a cor dessa estação é cinza como o céu de estanho

quando um dia enfim findar
este outono eterno
quero que você me aqueça com a sua coleção de inverno
giorgio pobre de quem não tem
será que eu estou bem
na capa da revista


outono inferno
.....
a verdade mesmo é que, tal marcelo jah, eu tive um sonho cinzamarelo e não queria acordar... o dia foi cinza, mas estou celestialmente azul. invento coisas a fazer, me descubro, sozinha. e, enquanto arrumo a casa e os pensamentos, fico ouvindo uma rádio chinelona (GuaíbaFM, achada meio por acaso, no dial) e me divertindo horrores com umas orquestras à la ray connif e pianinhos richard claydermman. penso no quanto sou boba e no quanto é muito legal ser assim, tão boba. porque, parece, que posso ser feliz com pequeninas coisas. e é isso mesmo, eu sempre cito RR: “são as pequenas coisas que valem mais”. Aguardo um dia perfeito.


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presente de páscoa

Mr.V., o projeto de escritor junkie ataca novamente. O filho de uma égua, quase me faz morrer de tanto rir, com uma historinha que inventou lá nos Guerrero Never Param. Pra quem não sabe, os Guerrero é um blog bagaceiro até o último gole. Um bar virtual onde se reúne um bando de criaturas doidas, amigos de longas datas, que se encontraram em Palmeira dos Índios (AL)...

Lá eu assino como Joelminha Furacão, a Chacrete Falcatrua, que tem um gato chamado Strobos e limpa as mesas e serve os bêudo. Enfim. Leiam a história lá: Receita de Bacalhau com Vodka. É sério mesmo que eu quase morri de rir com aquilo. (pros mais desavisados ainda, aquilo lá é ficção, heim?)

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sexta-feira, abril 18, 2003

...

 TRANQUILITY ?

Ah, se eu soubesse lhe dizer
O que fazer pra todo mundo ficar junto
Todo mundo já estava há muito tempo

(Legião Urbana, em Petróleo do Futuro)

porque em noites como essa, só Renato Russo me salva... E, não sei de que canto veio, mas veio: essa música. Ecoando aqui dentro. Enquanto rabisco. Enquanto queria tanto escrever. Mas não consigo. Porque, em noites como essa, em que o vazio se instala, não sai quase nada.

É lua cheia.


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quinta-feira, abril 17, 2003

It’s gonna be all right

* Uma constatação: rapaizi, eu sou doida por baixistas que PULAM. uh! Afe. *

(e descobri: mimix, nossa pequena punk - a levada da breca - é um projeto de kamikaze. só pode. achei, ontem, que íamos só juntar os caquinhos da miúda e levar pra casa, depois de toda a pogação e empolgação.)

mais uma coisa: I believe in miracles. e tu?

(as noites voltam a ser tri divertidas. bom encontrar umas queridas gentes doidas de vez em quando. nem preciso falar nas risadas, porque isso é o ovbio do borogodóvio.)

e body art à caneta bic? é meio estranho. e sai com água no dia seguinte. mas é trimmassa.
...

Tô por aqui no feriado. E, a pedido da Ladie, cuidarei de TOM TOM, o gato. Claro que o bichano não vai vir pra minha casa. Só se fosse pra ficar louca com o bicho doido pulando em cima da minha cama, fuçando meu banheiro, cozinha e arredores. A função babá consiste em passar lá uma vez ao dia, dar comida, água e trocar a areia xuja de cocô felino. Mas, sabe que eu goxtei horrores da idéia de me sentir útil a um gato no feriado? De quebra, ainda uso a adsl da minha sinhá, que estará comendo chocolate e recebendo carinho paterno, materno e fraterno lá pras bandas de passo fundo, tchê.


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quarta-feira, abril 16, 2003

ABRIL

 Oh!
(singelo presente)

chegou. e daqui a pouco já vai embora. e se, efetivamente, ainda não trouxe os frutos de outono, plantados sei lá eu quando (lembraria? não tenho memória. mas tenho olhos coração uma boca. não mais caixa de suco ou homem de lata). se perde o fio. se ainda não trouxe os frutos, trouxe algo. que não sei precisar, mas tem a ver com autoconfiança. sim. começo a me sentir, de novo, o dragão cor de rosa fosforescente incandescente. eu solto fogo pelas ventas eu queimo tudo em volta. mas por puro atrapalhamento. eu tropeço na calçada. eu me desequilibro. quase vôo longe. risos. rio. "preciso reaprender a andar". qualquer criança consegue. daí, num rodopio de arroubo de felicidade momentânea, bato o corpo contra a parede ou qualquer objeto que ouse estar a menos de 50cm a minha volta. sem querer. dói. dói um tantão, fica roxo e logo sara. e, enquanto choro de dor física, dou risada. “uma criança aprendendo a andar”.


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Hey, ho, let’s go!

A quarta teve cara de sexta. E daqui a pouco, depois de um dia de muito trabalho, tem Tributo aos Ramones, com Os Thompsons e Vórtex, no Opinião. Amanhã, depois de não menos muito trabalho, Os Arnaldos, no Vermelho 23.

Um monte de coisas legais e pessoas legais sempre dispostas (além de um recurso deveras importante em tempos de crise: nome na lista. Isso acaba comigo, porque eu sigo fielmente aquele ditado: “de graça até ônibus errado”).

Por sorte sexta-feira já é feriado e eu pretendo descansar o corpo e a mente. Ou não. Sim, porque tudo é sempre muito relativo e a minha vida funciona numa lógica invertida. E já perdi o controle dela há horas. Deixo só o vento me levar. E ele nunca erra o caminho.


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muita calma nessa hora.

a cabeça fervilha de muitas coisas. não tenho dormido bem. o cigarro faz mal ao pulmão e à garganta. o fantasma (tsá, Aline: é espírito) apareceu de novo. o mundo gira rápido demais e agora eu queria só poder parar tudo e ir dormir. uma sensação muito louca de que é tudo meio etéreo em volta de mim. que o que vejo não é real. uma tontura. tudo isso potencializado por velvet underground, que toca no repeat infinitamente, melancolicamente, desde o começo da tarde, de bg do hard working day.

(sair. voltar. resolver. revolver. pagar. atender. arrumar. botar. tirar... trabalhar)

tudo ao mesmo tempo agora, de novo? possível. mas hoje o que quero é conseguir descansar, depois de um antes de mais outro dia dificcile. a manhã talvez me traga boas notícias.

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o jeito mais rápido de ir pra Glória é pegando o Intendente

E hoje (ainda? pra mim é) é terça antes da quarta e depois da segunda, que foi maluca e teve show da Bataclã F.C.. Sem ânimo pra festa, mas muita vontade de ver o show. Muito frio não fazia, mas havia uma preguiça, uma dor nas costas.

- Sem vontade de ir.
- Sabe que eu vim mesmo só porque já tinha combinado contigo. Achei que se dissesse isso tu ia ficar chateada.
- E eu pensei exatamente isso, que tu iria se chatear se eu desistisse.
- (...)
- Vamo não? Vamo abrir um vinho e ficar aqui?
- Anrã. Isso. Massa.
- (...)
- (...)
- Ah, quer saber? Vamo!

Abertura d’Os Subtropicais. Apesar do corpo mole, quando o sopapo começou a bater, não havia outra escolha a não ser levantar e dançar. Até porque, se ficasse parada perigava não levantar nunca mais da cadeira ou vir alguém perguntar se estaria eu doente.

Acho que só agora me rendo totalmente à Bataclã F.C., banda gaúcha que sempre me lembrou muito o som que fazia Chico Science. Show em comemoração aos 6 anos da banda, com convidados e tudo (Adriana Deffenti e Marisa Rotemberg, ganhadoras do Troféu Açorianos 2002, numa homenagem ao malandro, de Chico). Pusta show. O último que vi, foi do lançamento do cd há uns meses atrás. De brinde: belas projeção do Teatro Lumbra*, um trabalho muito bom de teatro de sombras.

Não sei falar sobre música ou cinema ou teatro ou literatura. Ainda bem que não trabalho em caderno cultural de jornal diário, senão tava fudida. Não sei. Não sei conceituar as coisas. Problema fudido com a razão. Só sei dizer que é bom o que sinto que gosto e que não é legal o que não me emociona. À base de emoção pura: é assim que funciona.

Daí que esse texto é pra dizer que valeu a pena sair de casa e ver esse show porque: esse som é muito bom. E o máximo que eu consigo dizer é que lembra sim alguma coisa do Chico Science, bebe da fonte do mangue beat (inclusive eles tocaram Samba Makossa e no final, um super-mega medley, com várias músicas do grupo pernambucano). Só que um CS portoalegrês. Uma levada urbana, um som com suíngue, com ginga, com elementos de hip hop e com letras bem sacadas, que tratam sobre temáticas daqui, como o Guaíba, os bairros periféricos e as agruras dos trabalhadores urbanos marginalizados. Além de um sutil resgate da cultura afro-gaúcha (essa sim marginalizada e esquecida ao extremo).

Vale muito conhecer. E torço horrores que eles consigam expandir os horizontes e que a indústria cultural/musical do RS consiga exportar esse tipo de trabalho realmente relevante que é feito aqui, em contraposição a coisas como BoB ou Cachorro Grande, que, vamos combinar, não dá pra querer.







“só cuida do meu coração eu peço
ele bate gigante forte
como um maracanã batendo firme
surdo de primeira e baque de corte”
(Bataclã F.C.)

...

* sobre o Teatro Lumbra, eles estão em cartaz com a peça infantil Sacy Pererê - A Lenda da Meia Noite até o próximo final de semana, no Teatro de Câmara Túlio Piva (Porto Alegre). Já vi, adorei e recomendo. Teatro de sombras é um trabalho muito lindo. Inclusive vai rolar um festival de teatro de graça no próximo findi, no Renascença e eles estarão lá. Se ficar sabendo mais detalhes, conto aqui.


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terça-feira, abril 15, 2003

Coração Selvagem
(Belchior)

Meu bem, guarde uma frase pra mim dentro da sua canção
Esconda um beijo pra mim sob as dobras do blusão
Eu quero um gole de cerveja no seu copo
No seu colo e nesse bar
Meu bem, o meu lugar é onde você quer que ele seja
Não quero o que a cabeça pensa eu quero o que a alma deseja
Arco-íris, anjo rebelde, eu quero o corpo
Tenho pressa de viver
Mas quando você me amar, me abrace e me beije bem devagar
Que é para eu ter tempo, tempo de me apaixonar
Tempo para ouvir o rádio no carro
Tempo para a turma do outro bairro, ver e saber que eu te amo
Meu bem, o mundo inteiro está naquela estrada ali em frente
Tome um refrigerante, coma um cachorro-quente
Sim, já é outra viagem e o meu coração selvagem
Tem essa pressa de viver
Meu bem, mas quando a vida nos violentar
Pediremos ao bom Deus que nos ajude
Falaremos para a vida: "Vida, pisa devagar
Meu coração cuidado é frágil;
Meu coração é como vidro, como um beijo de novela"
Meu bem, talvez você possa compreender a minha solidão
O meu som, e a minha fúria e essa pressa de viver
E esse jeito de deixar sempre de lado a certeza
E arriscar tudo de novo com paixão
Andar caminho errado pela simples alegria de ser
Meu bem, vem viver comigo, vem correr perigo
Vem morrer comigo, meu bem, meu bem, meu bem
Talvez eu morra jovem:
Alguma curva no caminho, algum punhal de amor traído
Completará o meu destino, meu bem...
Que outros cantores chamam baby


...

Belchior é mestre. Eu já amo essa música há anos. Gravada numa fitinha K7, junto com outras coisas boas, como Gonzaguinha, Djavan e Caetano. E, hoje, no fim do expediente, lembrei dela e fui me surpreendendo com cada música que ia ouvindo. E a coincidência do título em relação ao GUIU também não pode ser mera coincidência. Meu amigo sagitariano, se tu te identificar com isso como eu me identifico, eu só posso assinar em baixo daquela tua célebre frase do domingo à noite, sobre sagitário ser um estado de espírito (risos).


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segunda-feira, abril 14, 2003

AS PÉROLAS DO DOMINGO À NOITE
(catadas por moi)

- Olha lá: o Caio de perucas tombou!!!
...
- Meu deus! Ele fala!!! Pensei que só emitia grunhidos!
...
- O de preto foi pra pista com o gunta-guntê. Aí o de branco se chegou no Viamão. (essa foi ÓTIMA!!!)
...
- Ele tem bolsinhas em baixo dos olhos. (*ai* suspiros)
...
- Ali, atrás dessa suflência!


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FILOSOFIA II

"Ah, vai ler Machado. Se preocupar se Capitu traiu ou não Bentinho."


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FILOSOFIA I

“Sagitário não é signo. É um estado de espírito” (Guilherme Lamenha, guru e mestre)


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muitas coisas

Tantas tantas. Emoções e pessoas. Final de semana intenso. Vivo, forte, colorido, cheio de risos e guisos. Tantas coisas e já não mais me perco. Não, não me perco. Me achei tão plenamente em mim que até assusta.

O GUIU chegou. O sábado foi lindo. Ensolarado e nem fez tanto frio como eu previa. Como erro nas minhas previsões. Ir ao Centro, Mercado Público, Santander Cultural (froid!). Casa de Cultura Mário Quintana. Um café ao som de Djavan. Isso: um presente a esses dois alagoanos que amam clarice e caio, que caíram no mundo, que sofrem e gozam. Muitos papos. E falar e falar e falar e ouvir e ouvir.

Mais tarde, um vinho argentino, à meia-luz, ouvindo Billy Holliday (poooooodre de chiques, não fossem os copos de meiota e requeijão volpi, mas o negócio é ter classe, e isso, meus amores, nós temos de sobra. ô) na casa nova parte sisqueci, da Rafinha. E falar e falar e falar e ouvir e ouvir e ouvir: trocar.

...

abre parênteses

o primeiro encontro nacional hetero de tomadores de polar foi um sucesso de adesão. além dos companheiros malta e sanfer, ainda pintou a Grazih com dois amigos. e a Grazih é tudibom. que nem os cremes da vitoria’s secrets! e eu diria que só não foi perfeito por causa de um detalhe que pode até passar despercebido pros mais desatentos (como eu, que só me dei conta no fim da noite): não tinha polar.

bueno, eu só sei que foi massa pracaralhos. e muitas conversas e muitos risos e muitas histórias. (vocês são O MÀAAAAXIMO!!!! volta a postar logo, sanfer!!!) e um grande vivas ao companheiro malta que: pagou a conta!!!! malta: minha gratidão eterna!

que venham outros encontros desses, dessa vez com polar, gurizada.
...

Enquanto isso, no Atelier 5, GUIU e Rafa davam um show de dança! Simplesmente, as duas figuras fecharam a pista! Foram A Atração do lugar! E eu que perdi isso? Não podia crer, mas perdi. Quem viu, viu. Cheguei a tempo de ainda dançar muito. Como há muito não fazia. Há muito? É, acho que há muito. E a felicidade de constatar que mimix estava ali também. A alegria não podia ser mais completa. Foi lindo. Mais lindo ainda chegar em casa às 7 da manhã, depois de dançar tanto e dar tanta risada, como não podia ser diferente.

(aqui entraria um parágrafo falando só do repertório musical da noite, mas seriam tantas considerações, que eu me limito a dizer só que: até Os Saltimbancos rolou!!!!)
...

Domingo de sol. Se acabar de comer num “espeto corrido”. Brique. E o presente do dia: GUIU querido, OBRIGADA, mas obrigada mesmo por ter me dado a oportunidade de ver um show lindo de uma mulher linda que eu não conhecia: CEUMAR. Meu deus! Eu só sei que: EU QUERO SER A CEUMAR QUANDO EU CRESCER!!!! (mais Ceumar aqui.)

Eu quero ser a Ceumar pelo AVESSO. Eu quero ser o avesso do avesso do avesso. Eu quero ser uma rã. É uma rã, indigesta rã, como ela. Eu quero ser a Alice Ruiz. (E quero pegar o Zeca Baleiro de jeito e... esqueçam, não vou contar aqui o que eu faria com ele, mas seriam LOUCURAS!!!!!)

(E eu me assustava tanto quando tudo parecia fazer sentido. Tola fui. Agora não mais me assusto. Não mais tenho medo da loucura, porque loucura não há de ser. A palavra agora é FELICIDADE. É isso que sinto em momentos assim, quando tudo faz sentido. Arrepia, enche os olhos d’água. E, pela segunda vez, no mesmo dia, eu pude constatar, atestar, ter certeza: é felicidade isso. É uma alegria imensa de estar aqui, agora, de estar viva, de ser eu, de ter vocês todos, de poder dançar e rir e conversar e ouvir e abraçar e contemplar e... E se alguém não sabe o que é chorar de felicidade eu só posso dizer que: é lindo. E foi de felicidade transbordante, que antes do dormir, às 7 da manhã, rolaram umas lágrimas quentes e pesadas. Sem soluços sem espasmos sem nada. Sem uma única ruga na testa. Só rolaram. E era felicidade aquilo. E eu dormi em paz.)

...

E o que foi terminar o domingo no Venezzianos?!? Por deus!!!

Trio Bagaceira: imprestáaaaveis. Comprar um duplex com vista pro mar. Que mar, meu deus, que mar! Falar tanta merda, mas tanta merda, que tu até te assusta. Quantas pérolas dio mio! Rir tanto, mas tanto, mas tanto, de doer barrigas e bochechas. Rir não: gargalhar. Gargalhar de chamar a atenção. Isso.

Lavar a alma, botar um colírio nos olhos, uma cor. Emoções fortemente impossíveis. Dedés a dar com o pau (com perdão da expressão, aqui, infame, não era essa a intenção), suflês e até o caio (F) de peruca!!!!

Eu fico só pensando: vai prestar não quando o Trio Bagaceira se encontrar em São Paulo. Só a gente tem idéia do quão insano foi tudo e o quanto ainda pode ser. Só nós. Só eu e tu e tu, meus queridos.

...

GUIU: tu já me (nos) agradeceu. Eu já te (vos) agradeci. Vocês não sabem, quer dizer, sabem sim!, o quanto fizeram deste, o melhor fim de semana dos últimos tempos. Definiria: just perfect!

Querido, vou sentir saudades, mas espero rever-te em breve. Aqui ou aí. Ou acolá, quem sabe? Eu torço tanto por ti, como eu sei que torces por mim. Que o destino te reserve maravilhosas surpresas. E tu sabes de que surpresas estou falando ; ) Anseio e aguardo ótimas notícias!

Estou aqui. Estarei aqui. Onde quero estar (“na linha que cerca o mar. é lá onde eu quero estar. o que você me fez, o que você me fez, não há. em busca de outros rumos, nova realidade"). Onde escolhi ficar e onde amo ficar. Pode ser no apartamento cheio de energia e boas vibrações do menino-deus-um-corpo-azul-dourado. Pode não ser. Mas, por aqui. E, enquanto estiver aqui, me empenharei em achar pra ti (pra nós), o jardim do Caio. Eu vou procurar, eu vou andar por todas as ruas desse bairro simpático, mas eu vou achar. E te mandarei uma foto. Um postal. Isso. Que nem os que tu manda para a Clarice.

E eu espero tanto, meu querido, que seja neste jardim que acharei, finalmente, a flor AZUL que procuro. (Tu não sabes, ninguém sabe. Esse é meu segredo revelado: eu procuro uma FLOR AZUL. Pronto, contei meu maior segredo, agora vocês já sabem tudo de mim. E tudo o que importa saber de mim é isso: ela procura uma flor azul.) No meio de cravos e rosas e azaléias e girassóis e brincos-de-princesa e espadas-de-são-jorge e amarílis(es) e gladíolos desgrenhados, talvez a encontre. Ou, pensando melhor: não. Talvez a flor AZUL que busco esteja em outro jardim, que ainda não conheço, mas que me aparecerá na hora em que for para aparecer. Na hora certa. Na hora em que for para encontrar a flor AZUL.

E, GUIU, talvez eu possa estar te “roubando” a publicação inédita de uma frase que tanto te (nos) marcou nesse breve-intenso final de semana, mas eu queria só te dizer mais uma coisa e eu sei que tu vai entender (e esse é o segundo maior segredo meu e é a segunda coisa que importa saber de mim, o resto são restos): eu (também) queria ser flor. Eu também. Um beijo. Um queijo. Um carinho. Um abraço. Volte. Eu vou estar aqui, te esperando.

“My eyes can focus
Me deixa em paz
Que seja o que há de ser”
(Wado/Ball)


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(pessoas que fizeram o meu final de semana ser tão colorido, esperem um pouquinho. só um pouquinho. talvez o fim do dia não demore a chegar. talvez eu tenha tempo. talvez eu aprenda a voar. talvez eu... só um pouquinho. muito em breve, poderei tecer comentários e considerações sobre tantas coisas boas que aconteceram no final de semana que passou. só mais um pouquinho. um pouquinho só. eu tô por aqui.)

insônia, meus caros. insônia...

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domingo, abril 13, 2003

a gift

Mixed Emotions
(Rolling Stones)

Button your lip baby
Button your coat
Let's go out dancing
Go for the throat
Let's bury the hatchet
Wipe out the past
Make love together
Stay on the path

You're not the only one
With mixed emotions
You're not the only ship
Adrift on this ocean


This coming and going
Is driving me nuts
This to-ing and fro-ing
Is hurting my guts
So get off the fence
It's creasing your butt
Life is a party
Let's get out and strut

You're not the only one
That's feeling lonesome
You're not the only one
With mixed emotions

You're not the only one
You're not the only one
You're not the only one
You're not the only one

Let's grab the world
By the scruff of the neck
And drink it down deeply
Let's love it to death
So button your lip
And button your coat
Let's go out dancing
Let's rock 'n' roll

You're not the only one
With mixed emotions
You're not the only ship
Adrift on this ocean
You're not the only one
That's feeling lonesome
You're not the only one
With mixed emotions


(realmente meio-tudo-a-ver. recebi a mensagem. bela lembrança. outra hora respondo o e-mail. o final de semana foi -está sendo - INTENSO. muitas coisas. muitas emoções. não as emoções fortes que procuro ou espero ou preciso. mas emoções. adorei a letra. beijo pra ti.)

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sábado, abril 12, 2003

só pra (re)lembrar: eu (ainda) preciso de EMOÇÕES FORTES!!!

“É bom, às vezes, se perder sem ter porque, sem ter razão. É um dom saber envaidecer, por si, saber mudar de tom. Quero não saber de cor, também, pra que minha vida siga adiante” (Los Hermanitos, em ADEUS VOCÊ)


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um caminhão de besteiras
OU
miss lexotan 6mg, garota, o nome dela é


acho que já deu pra notar que, ultimamente, eu venho só escrevendo bobagem ou citando os outros. mas eu não tô muito preocupada com isso não, ó. vou continuar escrevendo abobrinhas inúteis e transcrevendo textos, poemas, letra de música, receita de bolo. não é enchimento de lingüiça não. é, sei lá, preguiça de falar o que eu penso (se é que eu sei mesmo o que penso. aliás, eu não tenho pensado muito sobre coisas relevantes, ultimamente, além de rachar a cabeça procurando uma solução pros meus problemas financeiros, que a cada dia ficam maiores). tenham paciência comigo, continuem vindo aqui. quando as coisas ficarem mais legais eu acho que pode ser que mude alguma coisa na linha editorial disso aqui...

...

trilha sonora do sábado FRIO e ensolarado, à espera do GUIU: "A Sétima Efervescência" - Júpiter Maçã (show quarta-feira no Ocidente, a título de utilidade pública)

yê-yê-yê!!!!! dançando na cadeira. ó só:

"ouvi o motor
nas costas da cabeça
eu vi todas as luzes piscando e eu não tenho pressa
eu não tenho pressa, embora pareça
não, não, não, não, não, não, não, não, não, não
eu não tenho pressa
pra te amar!
mundo futurista, alguém me dizia
'energia sexual mal dirigida pode ser uma fria'
a minha energia retorna em energia
por isso eu posso ser o aquariano
que a capricórnio queria"
(jupiter)

yeah! yeah! yeah!!!!

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searching

se eu soubesse antes que um contador de visitas era um troço tão divertido, já teria colocado há tempos. olha só como as pessoas já chegaram até aqui. pesquisando por:

- como rejuntar pia
- largatixa na parede
- eu não passo de um malandro
- artistas nus
- "morena MG foto linda" (?!?)
- favio zen (?!?)
- versos wicca (!!!)
- fotos reais de pessoas nordestinas pobres
- fotos do prédio Joelma pegando fogo

(as duas últimas são, simplesmente, o máximo! eu mereço.)


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Momento mofado: já não é mais

deixe tudo para trás / não jogue mais com o tempo que ficou / olha, nunca acreditei / quem vive um sonho / pode acabar ao vento / já não é mais (Júnior Bocão - Mopho)



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sabadum

Woman in Blue
by Wladislaw Saf

Mas que dia AZUL, logo de manhã, América do Sul, Itapuã.
Vou mergulhar nessa água
Txin-plan
Txin-plan
Vou nadando e mergulhando até a sereia do mar
Que fica sentada na pedra
Com um pente de escamas e sete mucamas
Seus negros e longos cabelos
A pentear, a pentear, a pentear...

(Jorge Mautner)


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sexta-feira, abril 11, 2003

domani

com bochechas dolorosas de tanto rir na noite anterior, rola o primeiro encontro nacional hetero de tomadores de polar. juntar-me-ei aos companheiros Sanfer e Malta nessa empreitada etílica.

ah, Sanfer, se tu passar por aqui hoje: FELIZ ANIVERSÁRIO, heim? e desencana com essa história de idade. :*


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oggi

NÃO DEIXE DE PERDER DE VIR!

baba babe

BANDA DUROS DE LAQUÊ
LANÇAMENTO DA COLEÇÃO BAGAMODA OUTOUNO/INFERNO-2003
COM MODELÕES DA MARILYN AGENCY
E CRIAÇÕES DOS ESTILISTAS:
DEN MATARAZZO
DANIEL LION
NANDO MESSIAS
CHICO
E
MIRLEI
SENSACIONAL!!
FALANDO COM A SELMA
Como ser fashion ser gastar nenhuma grana?
com
MILTINHO TALAVERA
PATY PARENZA
NANDO MESSIAS
e
(talvez)
RUI SPHOR
MAIS UMA TERRÍVEL APRESENTAÇÃO DAS ESTRELAS DA DANÇA:
BALLET FÉLIX
E TALVEZ, COM UM POUCO DE SORTE:
FATMA E ROBIN, A DUPLA DINÂMICA FASHION

TUDO ISSO POR APENAS
CINCO MILRÉIS PARA ARTISTAS
7 MILRÉIS PARA AS PESSOAS ASSINANTES DE ZH
E
10 MILRÉIS PARA AS PESSOAS NORMAIS

LOCAL:
DIPÓSITO DI TIATRO
Av. Benjamin Constant, 1677



eu não preciso dizer, mas: irei. aliás, (ire)mos. as sextas-feiras nunca foram tão divertidas.


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Coração Selvagem

Meu amadíssimo GUIU me ligou ontem. Já está em terras gaudérias, curtindo uma praia no outono. Amanhã ele aporta acá, mais precisamente em mi casa. E fica até segunda, quando volta pra São Paulo. Estou ansiosa pela chegada e contando as horinhas. Feliz da vida por rever esse querido amigo. Já estou aprontando várias coisinhas legais pra se fazer na cidade, passeios, Casa de Cultura, por-do-sol, brique no domingo e muita, mas muita festa. Porque ele (nós) merece(mos).

Coisa boa demais poder receber os amigos, rever, abraçar. Sinto saudade de um monte de gente e queria receber mais visitas agradáveis como essa.


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blogs

links novos ali do lado. o maravilhoso Não Discuto, leiloado recentemente pela Ticcia, em campanha pró-Lucas. a sensibilidade do Distraídos Venceremos, do Nelson (companheiro de comentários estranhos no EL). e o Ninho de Cobras, do meu querido Gustavo Acioli, que me linkou de forma tri carinhosa.

já tô fã de todos vocês e freqüentadora assídua. :)

(ah, e também lembrando do novo 27h, do Backbone, que migrou para o Exquisite. desse aí eu já sou fã há horas)

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quinta-feira, abril 10, 2003

oui

começam daqui a pouco as aulas de francês com Lilix e Rafix. na verdade as duas começaram na terça, sem moi. e desde 99 que a Rafa tenta agilizar esse grupo de estudo e ninguém consegue se juntar pra cousa. espero que dessa vez dê certo e que a gente não pare no meio do caminho. a partir de hoje, je m' appele Jo-Jou, mons cherries.

(deve tá tudo errado aí em cima, depois da aula eu corrijo)



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pânico!
(ou "you know that I'm no good alone")

celular. primeiro ele duplicou todos os ícones que apareciam na tela. depois apagou toda a tela. e quando voltou, apareceram todas as palavras ao contrário: AMLEOJ. e continua assim. isso tudo agora à tarde.

estou com MEDO. muito medo. tenho medo de abrir a geladeira. tenho medo de ligar a televisão e ser engolida pelo poltergeist. (ainda bem que a chaleira elétrica ainda tá com mau contato porque tenho a intuição que essa é a que tem o maior potencial destrutivo dentre todos os eletrodomésticos da casa.)

ah, e a lâmpada da cozinha também deu um "papôco" e queimou.

eu sei que isso tudo é completamente sem importância pra vocês, mas eu começo a achar que uma energia muito estranha ronda esta casa. e estou completamente paranóica.

(de qualquer forma, hoje rola um banho de sal grosso.)
...
trilha sonora: "o meu refrigerador não funciona" - mutantes


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dá licença

TODO AMOR QUE HOUVER NESSA VIDA
(Frejat & Cazuza*)

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcance em cheio o mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente, não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria


*na voz do Caetano. Ou da Cássia Eller.

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pane

há algo errado. EM MIM. ontem, na hora de pagar as compras no super, o computador do caixa "executou uma operação ilegal" e eu devo ter passado uns 20 min esperando o troço voltar ao normal. a mocinha do caixa só me olhava e dava risadinhas e eu lá, exercendo, toda a minha *paciência* e bom-humor.

desde ontem, também, não consigo visualizar o traste DESTE blog no meu computador principal. misteriosamente ele é o ÙNICO site que NÂO ENTRA de jeito nenhum. consigo ver TODOS os blogs do blogger, inclusive, menos ele.

coisa linda. (por sorte, consigo vê-lo no outro computador. menos mal. um pouquinho)

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quarta-feira, abril 09, 2003

Curta Fábula Minimalista*

Sonhava ser princesa. Casou com o sapo e virou abóbora. Foram felizes para sempre.

...

- Acho que isso foi mais ou menos a minha primeira contribuição para o mundo das letrinhas (hohoho). Cometida durante a Oficina de Criação Literária do Tio Mojo & Tio Hermano, na Jornada de Comunicação da Fumecos, em Três Coroas (out/99), ocasião aquela em que ministrei oficina de fanzine pra uma galera louca que só falava na Bruxa de Blair e gritava: "Josh?!? Josh?!?"

- Pena só que eu não conhecia o Bituca naquela época, senão, ao invés do "felizes para sempre", teria terminado com: VIDA BESTA

* nem lembrava mais que esse texto existia. Lembrei dele agora por causa da historinha do lobo, aí embaixo.

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lobo

Outro dia li num blog (que não lembro mesmo) algo mais ou menos assim: "Que príncipe encantado nada. Bom mesmo é o LOBO MAU, que te vê melhor, te ouve melhor e ainda te come melhor". Uh!


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Momento mofado*: tão longe

venha / eu te pago um trago / e faço a cabeça / do jeito que der / eu tenho pressa / e na certa / no fim da conversa / quem sabe um segundo a mais / longe, tão longe / milhas daqui / meu pensamento voa longe / sim, eu estou tão cansado / um ponto distante / tentando encontrar / meu porto seguro / a dose perfeita / o último trem / longe, tão longe / milhas daqui / meu pensamento voa longe (João Paulo - Mopho)

* infame o título que arrumei pra essa série. mas agora que tá assim, fica assim mesmo


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terça-feira, abril 08, 2003

varições sobre o mesmo tom

Dancers in Blue

Sempre me fascinaram as bailarinas de Degas. E essas não poderiam deixar de entrar aqui e ilustrar esse momento tão Azul . O Azul ambíguo, que quer dizer "tudo bem" e "tristeza" ao mesmo tempo.

(A imagem foi roubada do Não Discuto, e hoje a Ticcia citou justamente da tarde azul de outono.)

Dolorosamente azul. Dolorosamente triste. Dolorosamente eu, em pedaços, pra lá e pra cá. Vida dolorosa. Dolorosamente cansativa. Dolorosamente desanimadora.

(Queria poder fechar para balanço...)



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segunda-feira, abril 07, 2003

ai meu deus do céu!

olha o e-mail que acabo de receber:

"Oi Jo!!!

Como vai Vc?

Agora tenho teu e-mail, preciso falar contigo.

Tu sabe dançar o quê?

Pois quero aprender a dançar e preciso de alguém que ensine, qualquer estilo, o que vier é lucro.

O que Tu achas?

Beijão,
XXXXXXX"


e agora o que é que eu faço? o que é que eu respondo? que sei dançar fox trot e cha-cha-chá moderno? acho que vou entrar numa roubada, mas quem vai sair perdendo é ele que vai ter seu pezão pisoteado pelos meus sapatitos 34. enfim. acho que rola uma oficinazinha básica de forró, só em consideração à figura.

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queimou

Meu secador de cabelos acaba de dar um "papôco" e parar de funcionar. Era só o que me faltava. Agora eu me pergunto como é que vou sobreviver SEM um secador de cabelos!?! O troço nem tá mais na garantia... Que raiva, tchê. Maldita tpm!!!

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Computadores!

O sistema está perigosamente com falta de recursos. Gostaria de finalizar o seguinte aplicativo?

Grande bosta. Eu também ando perigosamente com falta de recursos e nem por isso deixo de funcionar.



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no repeat

fala mais baixo por favor / que eu acabei de acordar / baixa esse som que eu quero ouvir / o passarinho cantar / o passarinho / o passarinho cantar / o passarinho cantar
luz entrou pela janela / feito um raio / feito um fio / feito beijo de donzela / provocando um arrepio / feito trama de novela / mesa farta / faro fino / iluminou toda ruela / feito festa do divino
fala mais baixo por favor / que eu acabei de acordar /liga esse som que eu quero ouvir / Alberta Hunter cantar / Alberta Hunter / Alberta Hunter cantar / Alberta Hunter
(Nara Lisboa)


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TPM

ó félia!!

“Não encosta em mim que hoje eu não tô pra conversa. Seus olhos estão em brasa. Fumaçando, fumaçando, fumaçando. Fumaça! Não saque a arma não, a arma não, a arma não, a arma não, a arma não. Já ouvi, calma! As balas já não mais atendem ao gatilho, já não mais atendem ao gatilho. Já não mais atendem” (Chico Science e Nação Zumbi)

...
TPM é uma merda mesmo. E esse fim de semana rolaram várias conversas sobre. Tudo muito engraçado. Pena que agora não tenho tempo pra escrever e depois isso vai se perder do contexto. Mas vale dizer que ontem, eu e a AdriDeffenti tentamos, em vão, explicar para um alemão o que é a tal sigla. Como ele não conseguia entender, de jeito nenhum, chegamos à conclusão que as mulheres alemãs não sofrem de TPM (!). E tivemos uma brilhante idéia: exportar manga e TPM pra Alemanha. (A gente acha que vai ficar rica e famosa). E eu ainda me arriei na cabeça da criatura dizendo coisas absurdas do tipo: “tu sabia que se uma mulher cometer um homicídio enquanto está na TPM, ela pode ser absolvida?”. Póbi.

Eu podia falar mais um monte disso aqui, mas a minha irmãnzinha Erika já cometeu um post recente sobre isso e eu só assino embaixo. É incrível como a gente fica nesse estado. Até uns anos atrás eu dizia pra quem quisesse ouvir: “TPM? EU? EU NÂO SOFRO DISSO!”. Ilusão. Daí comecei a relacionar algumas mudanças de humor ao período e foi batata. Eu fico num mau-humor do cão. E se tu chegar pra mim e disser: “tu é feia e boba”. Eu respondo: “È TU!” e caio no maior chororô. É, a gente fica (mais) sensível também. E inchada. E, no meu caso, saltam várias espinhas (acne) da minha cara e eu tenho vontade de sair de casa com um saco enfiado na cabeça e toda roupa que eu coloco acho que não tá legal. Não é frescura não, é sério.

E tem ainda as malditas cólicas, que a Erika também falou. Eu sofria horrores quando era mais nova. De ficar de cama (no meu caso não tomava Ponstan não, era Novalgina mesmo, sem trocadilhos imbecis por favor, que eu tô falando SÈRIO!), achar que ia morrer de dor e faltar aula. Minha mãe, sádica como ela só, dizia: “te preocupa não, quando você tiver um filho, passa”. Hohoho. Engraçadinha. Só sei que não precisou parir nem nada, só passar de ¼ de século, pras coisas se amenizarem.

Então, só por hoje, falem baixinho comigo. Amanhã já estará tudo melhor. Mas mês que vem, acontece de novo, tudo de novo.


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feitoria lomba grande

conexão lenta (pulso único), insônia, frio e a trilha sonora de Magnólia no repeat: agora sim, o template tá 100%. eu ia mudar o laranja pra AZUL, mas a Rafa me disse, agora, por telefone, que o laranja é massa. resolvi deixar. brigadão Mr.V., se não fosse tu eu nunca ia descobrir o pobrema. agora é só não deixar as imagens ultrapassarem 15cm de largura.

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sábado, abril 05, 2003

HELP!!!

eu preciso de uma ajuda de vocês que passam por aqui. é o seguinte: quando mudei o template, o Internet Explorer do meu micro principal estava com problemas e eu vinha usando o do outro micro, que tem uma tela menor. Lá, eu visualizo todo o template, sem a barra de rolagem ali de baixo. agora que o problema foi resolvido e estou acessando de novo do outro, nele aparece a barra de rolagem. o que eu visualizo, sem utilizar a barra é só a parte dos textos. o canto direito, onde estão os links, fica escondido. por favor, me digam como é que vocês vêem isso aqui. isso vai ser fundamental pra eu decidir se mudo o template de novo ou não. bigadra!

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bobeirinhas

olhos da monina

caras e monina
...
"Sou eu mesmo e serei eu mesmo então
Não há nada de errado comigo, não
Não, não, não
Não preciso de modelos
Não preciso de heróis
Eu tenho os meus amigos
E quando a vida dói
Eu tento me concentrar
Num caminho fácil"
(Comédia Romântica - letra de Renato Russo)

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Momento mofado: a geladeira

não sei se depois / que a gente fizer um auê / um grilo poderá pintar / sei, sei / você diz / e de ironia já cansei / a minha paciência / na minha geladeira / as coisas acontecem / enquanto tudo congela / talvez, você diz / e de ironia já cansei / a minha paciência (João Paulo - Mopho)



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arteira

O frio tá chegando, de mansinho, mas já começa a bater aquela falta de vontade de sair de casa à noite. Ontem (sexta) comecei a fase caseira do ano. Ao invés de sair, resolvi ficar em casa. E a noite foi produtiva. Mil idéias, fazer coisinhas. Ontem desenhei. Desenhei um monte, fiz uma bagunça danada. E uma das coisas legais que fiz vou dividir com vocês agora. Olha aí.

sem cor

Estou pensando em fazer vários cubinhos, com desenhos. De vários tamanhos. A idéia original é da Nina Menina, que, além de tudo desenha de verdade e bem. Ela fez alguns pro Sarau de 1 Real e pendurou nas árvores. Tenho algumas idéias. Uma delas é fazer um móbile, outra é fazer vários pequeninos e pendurar numa espécie de varal.

Esse aí foi o primeiro, em papel ofício mesmo (a escala é 5x5cm). São pseudo-mandalas (porque, como vocês devem ter notado, eu subverti totalmente o conceito de mandala, porque essas saíram mais tortas que o nariz quebrado do palhaço e as mandalas são círculos perfeitos). Mas eu acho que ficou bonitinho. É só a primeira fase e eu coloquei aqui de presente pra vocês. Pra vocês pintarem. (tá, eu sei que ninguém vai fazer isso, mas se fizer, minha intenção não foi em vão). Depois é só recortar, colar e tá pronto o teu cubo mágico by Jojo.

Eu vou colorir o meu e quando tiver pronto eu coloco aqui. Feitoria?

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cometido ao som de Los Hermanos, Tonino Carotone (mestre e ídalo!), Aimee Mann e Antes das Seis, do Legião (no repeat)




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sexta-feira, abril 04, 2003

SO BLUE

 eu continuo assim...

Região Azul...
(Cruz e Souza*)

As águias e os astros abrem aqui, nesta doce, meiga e miraculosa claridade AZUL, um raro rumor de asas e uma rara resplandecência solenemente imortais.

As águias e os astros amam esta região AZUL, vivem nesta região AZUL, palpitam nesta região sul. E o AZUL, o AZUL virginal onde as águias e os astros gozam, tornou-se o AZUL espiritualizado, a quinta-essência do AZUL que os estrelajamentos do Sonho coroam...

Músicas passam, perpassam, finas, diluídas, finas, diluídas, e delas, como se a cor ganhasse ritmos preciosos, parece se desprender, se difundir uma harmonia AZUL, AZUL, de tal inalterável AZUL, que é ao mesmo tempo colorida e sonora, ao mesmo tempo cor e ao mesmo tempo som...

E som e cor e cor e som, na mesma ondulação ritmal, na mesma eterificação de formas e volúpias, conjuntam-se, compõem-se, fundem-se, nos corpos alados, integram-se numa só onda de orquestrações e de cores, que vão assim tecendo as auréolas eternais das Esferas...

E dessa música e dessa cor, dessa harmonia e desse virginal AZUL vem então alvorando, através da penetrante, da sutil influência dos rubros Cânticos altos do sol e das soluçadas lágrimas noturnas da lua, a grande Flor original, maravilhosa e sensibilizada da Alma, mais AZUL que toda a irradiação AZUL e em torno à qual as águias e os astros, nas majestades e delicadezas das asas e das chamas, descrevem claros, largos giros ondeantes e sempiternos...


*José da Cruz e Souza: poeta brasileiro, catarinense, nascido em 1861, precursor do Simbolismo, movimento da literatura Brasileira que prezava pela “valorização do ritmo, das sensações, das sugestões, do indefinível. (...) O simbolismo aproxima o poeta do músico, que, em vez de sons, trabalha com palavras que têm o poder de evocar os sentimentos e emoções, mas não o sentimentalismo choroso e superficial dos Românticos e sim os profundos anseios e angústias que atormentam o espírito sensível do poeta”, segundo Douglas Tufano, autor do Estudos de Literatura Brasileira.

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- é claro que a caixa alta em todos os AZUIS é licença MINHA.
- eu achei isso aí tão...


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a minha paciência-á, a-a-há

Muito trabalho e pouco retorno financeiro, pelos próximos 3 meses. Rapaz, tem horas que realmente me pergunto: "onde raios dos diabos eu fui amarrar minha mula?!?"

Resisto. E corro atrás do prejuízo.

E se alguém me diz, mesmo por acaso, as palavras serasa e spc, já começa a dar comichão, vontade de ligar chorando pra casa, pedir arrego e sumir no mundo sem avisar.

(Parece haver mesmo uma luz no fim do túnel. E espero muito que não seja um trem na contramão, se não tô fudida. E mal paga. Afe cristo. Valei-me meu santo expedito e minha nossa senhora desatadora dos nós.)

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agora lembrei do Chico: "éramos nós, estreitos nós, enquanto tu és laço frouxo. tira as mãos de mim. põe as mãos em mim" (ok, nada a ver, eu sei. mas quem disse que minhas associações fazem algum sentido?)


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quinta-feira, abril 03, 2003

(estou insatisfeita, de novo, com esse template. em breve entro em óperas de novo)

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a frase do dia

"tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranqüilo" (WF)

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das cousas que me aparecem

Eu já vi em outros blogs os caras botarem e-mails esquisitos que receberam. E hoje eu recebi dois tão absurdos, que eu vou comentar aqui.

O primeiro era chamando para: "um seminário teórico-vivencial onde vivenciaremos, entre outras, uma antiga tradição praticada há milhares de anos no mundo inteiro em muitas culturas e tradições: a Caminhada sobre Brasas".

(eu, fora.)

O segundo era uma sugestão de pauta sobre o uso da hipnose terapêutica no tratamento de compulsões.

(Ah, tá.)

Tem ainda mais um (isso tudo só hoje), que é de um blog que nunca tinha ouvido falar, mas chamou a atenção. Ó só:

Leia as incríveis aventuras do
Fantasma com Um Número nas Costas.
Ele continua espalhando sua
esquizofrenia e infâmia
pela sociedade sem sentido.

O endereço?
fantasmanumerado.blogger.com.br

(eu, heim?)


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Momento mofado: uma leitura mineral incrível

uma leitura mineral incrível / ratos são cristais nessa prateleira / da secura na boca um diamante / de repente você / num quarto escuro / peixes hidráulicos e som / na rua nua / a nossa paranóia
uma leitura mineral incrível / tire os sapatos e a sua máscara / enquanto o mundo gira / relaxe a sua mente
(João Paulo - Mopho)
...
no momento anterior, esqueci de dizer que o nome da música é "a mosca sobre a cabeça"


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A quinta-feira

The stooges– a partir das 23h, no Gê Powers (José do Patrocínio, 904) tem festa de aniver do trio Lucas, Pedro e Gustavo. A festa é também despedida do Lucas, já que no final do mês ele está indo, de mala e cuia, morar em Maceió. “De modos que” a festa será "auto sustentável", pois servirá como arrecadação de fundos para a viagem (ou seja, todo mundo lá pra ajudar). É só R$ 4 pra dançar black music até o sol raiar.

Jacá– às 19 horas tem apresentação do curta em super8 PRESENTE EM TODAS ELAS, direção de Tiago Jucá. Na sala P. F.Gastal (Usina do Gasômetro). O melhor: “digrátis”, “entrada franga”. Quem quiser, mas não puder hoje, o filme rola de novo no sábado, mesmo horário.


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quarta-feira, abril 02, 2003

FARAWAY, SO CLOSE

“A lâmpada do corpo são os olhos. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz. Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, se a luz que em ti há são trevas, quão grandes são essas trevas!” (Mateus, VI, 22)


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(aqui entraria um post-imagem em homenagem ao Sabin, que cometeu o último post do Estranhos Links diretamente do meu bunker, na Marcílio Dias. mas o site de onde ia tirar a tal imagem saiu do ar. fica pra amanhã. ou não.)

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blue man

Meu homem azul de borracha já era. Pra quem não sabe, ganhei de um palhaço-malabres, há muitas semanas atrás, um bonequinho desses de balão, todo azul, andando num monociclo. Ele resistiu. E foi murchando, murchando. Até que ontem desintegrou-se. Não sei porque, mas lembrei do estandarte laranja da Trupe do Fucas da Folia, que ao raiar do primeiro dia do ano foi decomposto e cada parte/peça voltou ao lugar de origem, pra cumprir seu destino. Às vezes eu lembro de coisas tão estranhas e faço tão estranhas associações. Credo.


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Calendário trash para moninas corajosas

A partir de hoje, todo dia 1° de cada mês (ok, eu sei que hoje é dia 2), vocês moninas, vão se deliciar (e se acabar de tanto rir e ter crises histéricas de pavor) com o super calendário que ganhei por esses dias. É de chorar. Lá vai o primeiro:

trash!

Tsá, eu sei que estamos no mês de ABRIL, mas é que o tal não tinha o mês me abril, e dos meses retroativos, só março, então se não tem tu vai tu e era isso aí.

O mais lost notion de todos é o de MAIO. Só mais um pouquinho e vocês vão crer no que eu digo.

Em tempo: eu sei que a publicação disso aí vai totalmente contra os princípios da AME-AFE-sei-lá-eu-no-que-vai-dar e da CUSPA (por questões éticas não posso ainda botar a extensão das siglas aqui, paciência), mas eu vou fazer. Espero que ninguém queira me matar por isso. Se alguém quiser, eu posso mandar um arquivo em pps de 1011kb cheio de gatchénhos (tipo brad pitt, antônio bandeiras, ben afleck, gianechinni...) ao “som” de Mania de Você da Rita Lee. Som mesmo não, é só a letra, mas vale a pena. Ô.



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