segunda-feira, março 31, 2003

Will you find me there?

cada vez mais me convenço que a vida anda em círculos. de novo, mais uma vez, acho que MARIANE define meu estado de espírito atual.

“And I guess it´s just a phase. I don´t know where I´m going.” (RR)


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rainbow

Hoje o dia foi cinza. Mas ontem foi multicolores, com muito vento e chuva até. E, enquanto ouvia Uma Outra Estação e trabalhava, tudo-junto-ao-mesmo tempo, a Rafa falou: “o dia hoje tá tão Legião...”. Tava mesmo. A trilha perfeita.

Depois veio o Mopho. E, por causa deles, a partir de hoje, publico os Momentos Mofados. Porque é tudo tão tanto a ver. (E gosto tanto deles. Gosto tanto de ouvir o JP cantando “um sapato apeRtado”, com aquele “errrrre” tão característico nosso.)

não é céu sobre nós

E vocês? Já experimentaram a sensação boa que é ouvir um som muito legal deitado no chão, de papo pro ar, olhando o teto? É bom...

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Momento Mofado

A mosca sobrevoa a cabeça / e o verme se alimenta de poesia / e eu só tenho que fechar os olhos / beijar sua boca / e acender outro cigarro
Admiráveis gatos coloridos / copulam pelas ruas da cidade / e eu só tenho que fechar os olhos / beijar sua boca / e acender outro cigarro
(João Paulo - Mopho)


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sábado, março 29, 2003

porque foi calma a tempestade

A MTV me deu um presentão ontem à noite: entrevista com Renato Russo (aquela pelo Zeca Camargo, não lembro de quando) e drops Acústico Legião (só 5 musiquinhas). Bom demais rever aquilo. Vê-lo falando sobre a vida afetiva dele, de como encara e vive as coisas. Tem uma hora que ele fala que chegou ao ponto de não querer mais viver o “amor romântico”, que “amor romântico” é uma merda (e ele se declara um cara que sempre viveu isso), que desgasta. No lugar disso, ele emprega (e prega) o conceito de “respeito e amizade”, que é isso que vale a pena. Isso: respeito e amizade. Fala dos “namorados”, que tem uma porção deles, que na verdade são amigos mais que amigos, porque rola carinho, troca. De ver tv juntos, ouvir música, comer pipoca. Eu acho que eu tava precisando demais ouvir isso, lembrar disso. E eu acho que a cada ano que passa eu gosto ainda mais desse cara. Seja lá onde ele estiver.
...
“Quem pensa por si mesmo é livre e ser livre é coisa muito séria” (RR)


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Que se faça o sacrifício/ e cresçam logo as crianças

A Zizitchous tá indo embora pra São Paulo. E ontem fez um bota-fora (duplo, já que ela e a Mi estão entregando o apê do Boca, que volta esse mês de Londres). Ela tá tri feliz. Expectativas do que está por vir. Feliz fico eu de vê-la assim, de ver os amigos tomando seus rumos, mesmo que fiquem longe. Dá uma vontade danada de ir junto, de ouvir os conselhos da Joice e dizer um “deu pra ti baixo astral, tô pegando a estrada, tchau”. Mas. É, “mas” ponto mesmo. Já me dei meu prazo, espero mais um pouco pra ver o que acontece por essas bandas. Porque eu gosto muito daqui. Um tantão assim. Não sei o que tem essa cidade que me dá uma dor só de pensar em deixa-la.

Enfim.

O que importa é que a festa/noite foi muito legal. É sempre bom rever as pessoas queridas e, muito mesmo, aquelas pessoinhas responsáveis (mesmo indiretamente, como é o caso da Gonna e da própria Raquel) pela minha vinda pra cá. Abraçá-las, conversar bobagem, contar histórias, ouvir vinil, tomar (muita) cerveja... e otras coisitas más.
...
“O que eu tenho de melhor: minha esperança” (RR)


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Os guerreiro da cachaça

Vocês já se deram ao trabalho de tomar uma com os guerreiro? Pois agora os abextados deram pra fazer um desafio: quem consegue fazer mais versões (com rima) da eguinha pocotó.

As versões ficaram muito legais. Depois de muito quebrar a cabeça, eis que consegui fazer a minha. Ó:

Fui descendo pelo Nilo
Encontrei o Faraó
Ele tava degustando
Um docinho de abricó
Abricó, abricó, abricó
Um docinho de abricó


Tá, eu sei que ficou uma boxta, mas foi o máximo que consegui tirar. E olha que precisei de um dicionário pra me ajudar a ter idéias! (oh, jisus, onde fui amarrar minha burra?!?)


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sexta-feira, março 28, 2003

benzadeus!

Que chuchu! (moninas) vejam os 4 ensaios porque vale a pena. De sunga branca, preta, vermelha... afe...E dêem uma olhada na ficha do moço. “É muita areia pra meu caminhãozinho”, mas como diz a Erika: “nada, dá duas viagens”. Daria.

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11 blues do elevador (zeca baleiro)

ora quem é que não sabe/ o que é se sentir sozinho
mais sozinho que um elevador vazio/ achando a vida tão chata
achando a vida mais chata do que um cantor de soul/ sou eu quem te refresca a memória
quando te esqueces de regar as plantas/ e de dependurar as roupas brancas no varal
só faz milagres quem crê que faz milagres/ como transformar lágrima em canção
vejo os pombos no asfalto/ eles sabem voar alto/ mas insistem em catar as migalhas do chão
sei rir mostrando os dentes/ e a língua afiada/ mais cortante que um velho blues
mas hoje eu só quero chorar/ como um poeta do passado/ e fumar o meu cigarro
na falta de absinto/ eu sinto tanto eu sinto muito eu nada sinto
como dizia madalena/ replicando os fariseus/ quem dá aos pobres e empresta/ adeus


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( )

estado de espera. ausência.de. uma (?) interminável. como os dias e noites sem luz ou qualquer brilho. um emendado no outro.

uma carga enorme de energia sendo desperdiçada. descarregada. por nada? pra nada? impossibilidades mil. algo que, parece, nunca vai chegar a lugar algum.

o que vale a pena? o que se busca, no fim das contas? quais as tuas ambições, aspirações, desejos? o que te faz feliz? o que te dá satisfação? (perguntas retóricas)

(começo a desconfiar que algo deu muito errado naquele ritual. só pode.)

pela primeira vez penso, de verdade, em mudanças. outra cidade, talvez. re-começar. outra vez. tudo de novo.

...

(tenho milhares de páginas escritas, mas nada, absolutamente nada, que valha a pena publicar. e o tédio por aqui é maior que tudo. mas agora eu tenho um prazo: 3 meses. isso. 3 meses pras coisas começarem a funcionar. se nada der certo: here I go again! isso. exatamente isso. nada parece valer muito a pena ultimamente por aqui. aqui dentro. mas o que pode parecer, nem sempre é o que parece. apesar de tudo errado, me sinto bem. tirando as coisas ruins, as faltas de, o resto tá tudo ótimo. as linhas da minha mão são tri confusas.)

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Monocromático Multicolorido apresenta: A incrível coleção de APITOS VIRTUAIS da Jojo

Enfim, finalmente. Como prometido desde o ano passado, eis as tralhinhas. Tentei fazer como Jack, o estripador, e ir por partes, mas me confundi toda. Vamos ver se consigo botar ordem na bagunça.

Tudo começou no dia do meu aniversário, quando eu pedi um APITO (de verdade) de presente. Prontamente, o 77 me mandou um apito de samba estranhamente assemelhado a um ornitorrinco. Gostei tanto que colei aqui. Em seguida ele me mandou outro, apito de trem do velho oeste, e, meio de brincadeira, falei que ia começar uma coleção virtual. O Vanildo, então, resolveu levar a sério e me mandou o terceiro: um apito de chamar búfalo (!). Todos foram postados.

A série abaixo foi-me presenteada pelo Cucas Boy (que acabou de me dizer que mandou o Ciências Artesanais às favas) ainda em dezembro. Muita coisa acontecendo, muitos posts, deixei pra depois. Aí fiquei um tempo sem ter onde alocar as imagens e só agora consegui.

Aí estão os apitos by Cucas:


Apito de cabaça

(os próximos são muito afudê. São apitos em forma de bichos, de cerâmica)

poderosa!




(adoro esse último!)

Pela mesma época, 77 também me mandou mais alguns. Ei-los:


Apito rústico.


Apito singelo. (só uma ressalva, sem querer desmerecer os outros presentes nem nada, mas eu queria dizer que eu ADORO esse apito e que se alguém encontrar um de verdade, com essas características, favor adquirir. garanto que terá seu dinheiro reembolsado)

...

- a coleção continua. aceito colaborações.
- tem mais alguns em alguma lugar (e um link bacana, com sons, inclusive). só tenho que vasculhar o hd pra achar isso tudo. depois publico.
- no fundo, esse post é uma leve tentativa de aumentar o ibope desse canto mofado e jogado às traças. se o Lucas comentar alguma coisa, já me dou por muito satisfeita, mas nem vou criar expectativa.

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beira mar

o que é que essa gente tem na cabeça de mandar o fernandinho beiramar pra MACEIÓ?!? temi.

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assim, assim

eu não sei se vocês vão me entender, mas está sendo dolorido continuar postando sem ter feedback nenhum. putz! ninguém comenta mais nessa droga! tá assim, tão ruim editorialmente? o que é que eu tenho que fazer? o que é que eu mudo? só tenho escrito bobagem, é isso? pelo menos eu sei que a sabine ainda passa por aqui (ela me disse que passa). mas e os outros? cadê todo mundo? eu já tô me sentindo sozinha e vocês me abandonam. que merda. acho que vou continuar escrevendo, contudo, como de costume.

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quinta-feira, março 27, 2003

a mandala

abrir. fechar.

quase pensou que podia, de novo. mas o vento foi tão forte
que arrastou tudo. e trancou a porta por dentro.

(pelo menos ainda pode desenhar, rabiscar, tentar...)

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De chorar (de rir)

Encontrei mais uma joelma ilustre, a big loira da banda BREGA paraense Calypso. A dita cuja faz dueto com uma criatura chamada Chimbinha, que parece um mico leão dourado freak. Diz o site: “a cantora de voz doce é conhecida pelo público como uma das revelações no cenário artístico do Pará”. Sei. As letras são o que há. Só dor de corno/corna traaaaaash.

Uma pequena mostra, em doses homeopáticas, da disfunção:

Disse Adeus (disse adeus e eu saí correndo no meio da rua / gritando e implorando quase toda nua /você é o meu homem não me deixe assim / e não me deixe assim /disse adeus e nem me deu um tempo para explicar)

Anjo do Prazer (és meu vinho tinto labirinto o que eu sinto não é ilusão (não é ilusão) /manda, implora, chora, faz o que quiser /me joga na cama, me ama sou tua mulher / entra, banha, come, pode descansar / rumbora, levanta, homem, hora de trabalhar /eu vivo somente pra te amaaaaar )

Como uma Virgem (só liguei pra te dizer o que você fez comigo /me deixou quase maluca de amor desesperada /completamente apaixonada vem me ver /você fez amor como ninguém fez comigo /me mostrou o paraíso /nunca mais me procurou /você me deixou muito louca alucinada /sou menina apaixonada me sentindo em suas mão /como uma virgem /tocada ela primeira vez )

Odalisca (sou o teu deserto do Saara, odalisca /minha areira quente no teu corpo te excita / sou tua miragem teu tapete a tua pista / sou tua odalisca e quero te amar pra valer / sou o teu deserto do Saara meu califa /minha areia quente no teu corpo te excita )

E a imperdível: DUDU (Dudu (Dudu), Dudu (Ai, meu Dudu) /Dudu (Dudu), Dudu (Ai, meu Dudu) /Um amor assim igual ao meu /Você jamais vai encontrar /Amar, Dudu, como eu te amo /Eu sei que ninguém vai te amar)

Agora essa é tão, mas tão engraçada que eu não resisti e vou botar todinha, do exato jeito que tem no site. Pia, zé, a bagaceira:

Amor nas Estrelas
ooooooooooo nunca deixe meu amor
nossa chama se apagar
não diga adeus OOOOOOOO ooo

vem meu tesão
não machuca ao meu coração
ele está cansado demais
de sofrer desilusão
só quero amor
nos teus braços me envolvendo
e o meu corpo se derretendo de tanto prazer
quero anoitecer e acordar nos teus braços
queimada com o fogo da tua paixão
dois apaixonados pela madrugada
pedindo pedindo pro sol não nascer não
por que eles querem viajar para o céu e se amar
(AONDE GALERA DE RECIFEEE?!?! )

se amar nas estrelaaaaaaas
se amar nas estrelaaaaaaas
se amar nas estrelaaaaaaas
se amar nas estrelaaaaaaas

....

clap clap clap.
Ah: Calypso (não lembra KY?!?): não ouvirei.


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quarta-feira, março 26, 2003

A conspiração

A título de utilidade pública, hoje à noite tem um show legal: A Conspiração, com a parceria-gente-boa Adriana Deffenti (que acabou de ganhar o Açorianos de melhor intérprete de MPB) e as bandas Fróide Explica (“pop rock bem humorado”) e Cavalo Doido (“folk”). Contra os pocotós da vida. No Teatro de Câmara Túlio Piva (República, 575 – Cidade Baixa, Porto Alegre)
...
Eu já estava bem a fim de ir, mas o ingresso é derreal. Daí o pessoal foi ontem no Conversa de Botequim (FM Cultura) e ganhei um ingresso. Pra “disfarçar”, dei nome e meu segundo sobrenome. Daí quando o Luis Henrique falou as nomes dos ganhadores: Joelma B*****, a Adri deu um grito (eu pensei “putz”). Quando ele terminou os 6 nomes, ela disse, no ar: “pô, Joelma, tu foi rapidinha, heim?” (e eu pensei “puuuuuutz”). O Luis ainda deu corta e falou: “é, foi rápida mesmo e pá”. Eu mereço.


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terça-feira, março 25, 2003

Tonga da mironga

Fui ontem à sessão de pré-estréia do filme Durval Discos (ganhador de 7 kikitos, no Festival de Gramado 02). Eu estava criando uma puta expectativa de ver o filme, porque no festival eu só fiz festa (ô!) e não vi nenhum concorrente. E todo mundo que viu falou que era maravilhoso e tal.

Vamos por partes. O filme é ótimo mesmo. Comédia despretensiosa. Eu diria que o melhor exemplo de “cinema diversão”. Engraçado pracaralhos (daqueles de dar dor na barriga de tanto rir). Com uma trilha sonora de chorar de bom (a original é do André Abunjanra + muitos sons brasileiros antigos), atuações convincentes (aquele Ary França é uma figura! Só a cara da pinta já dá vontade de rir), diálogos insanos.

Eu só achei que no final, o roteiro se perdeu um pouco. Tipo: nonsense é uma coisa, “se perder” é outra. Se é que deu pra entender. E o final fica uma coisa meio perdida no meio do nada. Tipo: o roteiro oferece um problema, mas não resolve o dito cujo. Daí quando acaba, rola aquele: “ãhn? E daí?”. Mas mesmo assim, ainda vale muito a pena assistir.

Como antes da sessão teve coquetel, eu acho que na hora que começou o filme pelo menos uns 80% da platéia estava meio bêbada, o que fazia o filme ficar mais engraçado ainda. 4 taças de vinho tinto antes: eu recomendo.

Vejam. E não deixem de prestar (muita) atenção à seqüência inicial, com os créditos. Muito afudê.


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e como diz a Adri

“Há MALAS que vêm para o bem. Mas isso é só uma FRASE da nossa vida, passa”

e a mais legal de todas: “Tem gente que perde a LOÇÂO!”
...
só!


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I LOVE CONTINENTAL

Sabe que eu queria muito falar, aqui, sobre a NOITE ESPANHOLA que fiz com a Rafitchous sábado? Mas foram TANTAS coisas (e 6 lugares diferentes: um bar chiquérrimo, 3 botecos, show de hardcore-punk-rock e festinha massa e doida total no Alelier) que acho que não conseguiria condensar em poucas palavras toda aquela noite, insaníssima noite. Só posso dizer que tem sido divertido horrores morar em Porto Alegre e conhecer as pessoas que conheço. Bandidoido. A Rafa não curte chegar em casa pela manhã, mas eu diria que noites assim, quando chego em casa às 7 da manhã, podre de cansada e com a cabeça fervilhando (de idéias e vagas lembranças) me dão uma sensação de uma noite bem aproveitada. E com muitas, mas muitas RISADAS, o que é melhor.

...
A frase da noite: “O que um friozinho não faz coma cabeça das pessoas” (Rafa)


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segunda-feira, março 24, 2003

“até que a morte os separe”

Incrível que as pessoas ainda casam, né? Digo casar mesmo: igreja, padre, vestido, véu e outros adereços e alegorias. Eu estava pensando nisso tudo porque ontem (domingo) foi casamento de uma prima. Um ano mais nova que eu. Ela vem passar lua de mel em Gramado e amanhã tô indo encontra-la com o seu, ãhn, marido, no aeroporto. Talvez role até passar um dia lá. Isso, claro, se eu não for atrapalhar a lua de mel, né?

Daí eu fiquei pensando: que é essa coisa de casamento é um troço cada vez mais distante de mim. Eu acho esse negócio de casar em igreja uma palhaçada sem tamanho. Fazer juras de amor e fidelidade eternos* através de um padre. Eu lembro que quando era adolescente eu já tinha pavor a isso e ficava pensando como era que eu ia me livrar disso. Sim, porque eu queria casar, mas de forma alguma em igreja, e achava que meu pai nunca aceitaria que eu não me casasse (apesar dele dizer também que quando eu me casasse ele não iria vestir terno e gravata porque isso ele não faria nunca e não fez nem no casamento dele. Mentira: foi todo lindo e engravatado pra minha formatura, porque tinha que ser).

Já casar, no sentido de “conjunção carnal” mess, eu ainda acho que é uma coisa que vou experimentar. Mas, quando aparecer alguém que queira ficar comigo de uma forma tão intensa quanto eu esteja querendo, resolvo rapidinho: é só ir morar junto e pronto. Sem essa de família toda em volta e bolo de marzipã. Rituais até são legais, celebração festiva. Uma churrascada pros amigos mais chegados, pra comemorar (celebrar) um momento legal e importante na vida dos dois (como aniversário, formatura) e era isso. Sem esses balangandans. Se bem que a minha tia passou a vida inteira dizendo isso, e fez justamente o contrário. Feliz da vida, véu, grinalda (palavrinha mais estranha, né?), buquê, orquestra e bufê pra sei-lá-quantos convidados. Vai entender. Mas, eu acho muito difícil mudar meus conceitos.

E eu nem me preocupo mais com família hoje em dia. Acho que eles (pai e mãe) não fariam nenhuma questão por essas formalidades imbecis. E que se eu decidir hoje, juntar os trapos com alguém, eles iam ficar meio decepcionados (afinal, todos os meus mil e duzentos primos casaram bonitinho, na igreja, e eu seria a única, ovelha negra), mas iam aceitar. Até porque estão bem longe e, afinal, eu já não sou bem grandinha (não necessariamente, mas vocês entenderam).

Isso tudo também me levou a pensar nisso aí. Juntar os trapos com alguém. É que eu ando num momento tão individualista e egoísta da minha vida, que acho que seria meio difícil dividir meu espaço com alguém de novo. Falo qualquer pessoa mesmo, amigo até (ou principalmente). Por outro lado, acho que seria legal. Seria uma forma justamente de atenuar a minha intolerância para com o outro, reaprender a conviver com outra pessoa. Coisa mais boba o que tô escrevendo, já que não tem outro nenhum por agora. Mas eu acho que preciso passar por uma experiência dessa pra ver como é.

...

A propósito, curiosidade familiar: meus pais casaram na igreja. Mas minha mãe usava, na ocasião, calça jeans e blusa. Minha avó (paterna), que não aprovava o casamento, deu chá de sumiço no vestido de noiva da minha mãe, que não se intimidou e foi pra igreja do jeito que estava. Pena que não tenha nenhuma foto do evento...

* até porque amor eterno não existe. O amor acaba, namoros acabam, casamentos acabam. Mas isso é assunto pra outro post. Ou não, porque não vale a pena falar sobre isso. Só que eu também acredito em intensidade, então, meus caros, se tu passa 5 anos com alguém e foi bom e intenso, mas chegou ao fim, é só dar aquele belo banzai, ir cada um pro seu canto, e logo arrumar um novo amor, que inevitavelmente (ou não) vai acabar um dia. E por aí vai. Mas o que diabos eu tô falando, heim? E por que eu tô escrevendo essas coisas? Acho que é pela mesma associação que eu faço com casamento e gravidez. Quando eu vejo uma mulher (amiga, sei lá) grávida, ao invés de achar lindo e ficar feliz, eu penso: “ó, pobre! Vai ficar inchada depois parir depois vai continuar inchada e cheia de leite saindo pelos poros e estrias e depois trocar fralda suja de cocô e não vai dormir a noite toda porque a criança vai ficar berrando berrando berrando às 4 da manhã e vai ter cólicas e vai golfar (nota: “golfar” é boa”) e chorar ainda mais e mais e mais e ter fome e cagar de novo e lá vai ela trocar a fralda”. Putz. Eu, fora. Mas, é como eu sempre digo: sempre é hora de rever os conceitos.


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A Matadeira (ou No Balanço da Justiça)
(Lirinha – Cordel do Fogo Encantado)


A matadeira vem chegando
No alto da favela
No balanço da justiça
Do seu criador

Matadeira vem chegando
No alto da favela
No balanço da justiça

Salitre pólvora enxofre chumbo

O banquete da Terra
O Teatro do céu

Diz aí quem vem lá
O velho soldado
O que traz no seu peito
A Vida e a Morte
O que traz na cabeça
A matadeira
E o que veio falar
Fogo

...

A mais hardcore de todas, na minha opinião. E tudo, mas tuuuuudo a ver. Bah!

( )

Canhão inglês, apelidado pelos sertanejos de "A MATADEIRA", que foi transportado por vinte juntas de boi através do sertão para disparar um único tiro, durante o massacre de Canudos (pequena aldeia no nordeste do Brasil, fundada pelo líder messiânico Antônio Conselheiro e massacrada por um poderoso exército até a morte do último de seus 30 mil habitantes, em 5 de outubro de 1897)



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flores pedra solidão

Eu sou uma tonga mesmo porque eu esqueci de dizer aqui, pra vocês, que ontem (domingo) tinha show do Cordel do Fogo Encantado, no Bem Brasil (aquele programa da TV Cultura). Então, quem viu, viu. Quem não viu, não viu. E quem não viu porque não sabia e poderia ficar sabendo aqui e não ficou sabendo, eu só digo: foi mal aês.

Pocket-sow na real, curtinho. Mas já deu pra sacar o que é o show novo do novo cd (O Palhaço do Circo Sem Futuro). Tenho ouvido o cd (valeu Grafonolas) e pude confirmar, vendo pela TV, o que eu já havia sentido do cd: HARDCORE! Que som mais louco, pesado, pancada. Lirinha-louco-alucinado. Dá vontade de sair pogando e batendo (sem quere, claro) em qualquer um que apareça na frente. Muito bom. Tudo! Tanto a sonoridade mais pesada quanto as letras matadoras: guerra, saudade, tempestade. Trrrruuuuvão.

Tô ansiosa pra ver tudo, ao vivo. Tomara que a Grafonola consiga trazer, mais uma vez, os caras pra tocar aqui.

...

outra aquisição recente by Grafonola: Batidas Urbanas/ Projeto O Micróbio do Frevo, Silvério Pessoa. Depois falo (ou não)


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sábado, março 22, 2003

interlúdio

where do we go?

Entenda que aqui, do lado de fora da câmara, as coisas muitas vezes não são como tu gostaria ou deveriam ser. Há uma luz. Branca, difusa. Que cega. Há medusas. Cobras na cabeça. Bocas vermelhas. Corpo suado.Tu virou pedra. E pedras não sentem, não pulsam. O que vibra é o som da luz que cega, queima, corta, fere e mata. O caminho é sem volta. A passagem se fechou e não adianta gritar. “abre-te”. Ninguém pode te ouvir. Ninguém vai ouvir um cego que grita enquanto seu corpo arde em chamas invisíveis. “Eles estão surdos”.


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não sei se o verbete é
té.dio (s. m. Aborrecimento, desgosto, enfado, fastio.)
ou
a.pa.ti.a (s. f. 1. Estado de indiferença por falta de sensibilidade, de sentimentos; indiferença. 2. Falta de energia; indolência.)


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“Ah, se eu sei, não nascia, ah, se eu sei, não nascia. A loucura é vizinha da mais cruel sensatez. Engulo a loucura porque ela me alucina calmamente. O anel que tu me deste era de vidro e se quebrou e o amor não acabou, mas em lugar de, o ódio dos que amam. A cadeira me é um objeto. Inútil enquanto a olho. Diga-me por favor que horas são para eu saber que estou vivendo nesta hora. A criatividade é desencadeada por um germe e eu não tenho hoje esse germe mas tenho incipiente a loucura que em si mesma é criação válida. Nada mais tenho a ver com a validez das coisas. Estou liberta ou perdida.” (trecho inicial da crônica Tempestade de Almas, Clarice Lispector)

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sexta-feira, março 21, 2003

Mérde!

“Esse cara (Bush) é o retrato da imbecilidade humana. Ele representa tudo de ruim que a humanidade possa ter” (Adri Canan, por telefone, ontem à tarde)

enquanto isso, Bagdá vai indo pro espaço... e meu coração anda tão apertado quanto o da Rafa ou de qualquer ser humano, por causa dessa guerra cretina. Muito triste tudo isso.

...

“Cara, se Deus existe mesmo, devia fazer alguma coisa agora” (Rafa, na madrugada de 20.03.2003, momentos antes dos bombardeios começarem)


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missivas

Acho que sou das poucas pessoas que ainda recebem cartas. Cartas. Escritas a mão. Papel, caneta. Mas só lembrei disso hoje, porque acabo de receber uma carta, linda, de uma amiga que está longe...

Em tempo: escrevi hoje alguns e-mails pendentes para amigos distantes, que têm me achado das mais diversas formas. Re-fazer laços. Isso é bom, me faz bem. E acho que estou precisando disso mesmo.


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outono, então? que seja

Por que diabos a cidade está exalando um cheiro muito ruim de repolho?!?

a frase/resposta da noite: “Cara, isso é cheiro de GÁS! Porto Alegre vai EXPLODIR” (valeu, Rafinha, pelo esclarecimento)
...
“não está sendo fácil, não está sendo fácil, não está sendo fácil...ad infinitum”


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existe sempre alguma coisa ausente OU mrs. dalloway

“Então sentei num banco do Quai de Bourbon, de costas para o Sena, acendi um cigarro e olhei para a casa em frente, no outro lado da rua. Na fachada estragada pelo tempo lia-se uma placa: ‘Il y a toujours quelque chose d’absente qui me tourmente’ (Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta) – frase de uma carta escrita por Camille Claudel a Rodin, em 1886. Daquela casa, dizia a placa, Camille saíra direto para o hospício, onde permaneceu até a morte. Perdida de amor, de talento e de loucura.” (Caio Fernando Abreu)

...
nada não. só um epílogo perfeito para o filme AS HORAS. na falta de qualquer outra coisa sensata que eu possa dizer aqui. ainda tô processando tudo que vi...


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quinta-feira, março 20, 2003

EVITE. A TODO CUSTO!

“let me take
your pain away
your marble skin
leave all remains
i’ll be your smack
just let me in
my angel
(i) will ease your pain”
...
(he. isso aí é só uma PIADA. inspirada num post do assim-assado. pra dar risada do passado negro. que me/nos condena...)


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Da séria ICONOGRAFIA INSANA

VOA...

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BAGDÁ

que merda, cara. que merda isso tudo...

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:: Mais uma vez ::
(Renato Russo/Fávio Venturini)

Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior
Doidecer gente sã
Espera que o sol já vem
Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende

Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez eu sei
Escuridão já vi pior
Doidecer gente sã
Espera que o sol já vem
Nunca deixe que lhe digam
Que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende

Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança

...

EU QUERO!!!

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Da série ICONOGRAFIA INSONE

domingo, 16

(momento de inspiração: os últimos minutos do programa Fantástico,
mostrando as inéditas do Renato Russo)

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halo out!

USEM OS COMENTÁRIOS DA DIREITA! SE ESSA MERDA CONTINUAR DANDO PAU, EU TIRO DO AR.

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quarta-feira, março 19, 2003

Comments again!!!

enquanto o raloscan está no limbo, taí um novo sistema de comentários. feedback é tudo e me assusta pensar que ninguém passa mais por aqui. espero que esse troço funcione. não desativei o haloscan, no entanto, mas ele tá numas de aparecer só quando quer.

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Enquanto vocês dormem
(Clarice Lispector)

"Se vocês soubessem como esta noite está diferente. São três horas da madrugada, estou com uma de minhas insônias. Tomei uma xícara de café, já que não ia dormir mesmo. Botei açúcar demais, e o café ficou horrível. Ouço o barulho das ondas do mar se quebrando na praia. Esta noite está diferente porque, enquanto vocês dormem, estou conversando com vocês. Interrompo, vou ao terraço, olho a rua e a nesga de praia e o mar. Está escuro. Tão escuro. Penso em pessoas de quem eu gosto: estão todas dormindo ou se divertindo. É possível que algumas estejam tomando uísque. Meu café então se transforma em mais adocicado ainda, em mais impossível ainda. E a escuridão se torna tão maior. Estou caindo numa tristeza sem dor. Não é mau. Faz parte. Amanhã provavelmente terei alguma alegria, também sem grandes êxtases, só alegria, e isto também não é mau. É, mas não estou gostando muito deste pacto com a mediocridade de viver."
...
Roubado da Casa de Páris.
Tudo o que eu queria, agora, é que o sono chegasse. E alguma alegria. Isso. Alguma alegria...




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fuck you!

a rafinha tava aqui em casa quando o casal, aquele, de vizinhos, começou os trabalhos. e pode atestar: ninguém merece. mesmo. não é exagero. (que torturaaaaa!)

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Veríssimo, na ZH de domingo

ZH: Depois das patrícias, a Pillar e a Poeta, quem será sua musa em 2003?

LFV: Estou entre a Mariana Ximenes e a senadora HELOÍSA HELENA.

....
:~~~~~~~~


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Pronto!

A casa-fácil agora tá linda. E limpinha. Baixou a Maria. E, por mim, eu saía jogando um monte de coisas fora, mais do que já foi jogado até agora. Quanta tralha, deus meus! Lápis (no plural), papéis (muitos), cds, fitas, bijous (que não uso 1/6), livros, revistas, mais papéis e outras bugigangas. Detalhes. Daria tudo por uma vida minimalista...

(coisa mais blasé: faxina ao som de Sexteto Sul Bossajazz – um oferecimento Estradeira CO.)


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terça-feira, março 18, 2003

"pêndulo" é o haloscan. uma hora funciona, outra hora some de vez, depois volta e por aí vai...

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neuróticas e intensas

"Quando a gente tiver 35 anos vai sentir saudades das paixões-neuróticas e intensas dos 25 anos... Quando tiver 50 vai sentir saudade do relacionamento tipo "pêndulo" dos 35... Quanto tiver 80 vai sentir falta da vivência harmoniosa dos 50... quanto morrer vai sentir falta de estar vivo... (riso)... a vida é um circulo em forma de espiral. E nada se basta em si." (Sivaldo by comentários do assim-assado)


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coisa de quem não tem o que fazer mesmo

Você é LUC�A
Voce e Lucia, a louca de "Mulheres a Beira de
Um Ataque de Nervos"


Qual personagem de Almodovar eh voce?
brought to you by Quizilla

((puuuuutz)) - pelo menos é de um dos preferidos do almodóvar. e, sim, ultimamente tenho estado à beira de ataque de nervos mesmo... id, id, id...


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segunda-feira, março 17, 2003

From hell

ahh, e sábado, enquanto eram consumidas 26 cervejas, conseguimos redefinir a escalação do Sexteto (ex-Quinteto) Alapaúcho:

a Jojo toca bongô-pocket e cazu
a Mimix toca triângulo
a Rafa toca piano de roda
o Cucas toca vaso (também conhecido como moringa ou quartinha)
a Erika toca pau de zebedeu (hehehehe)

e o Bituca toca o terror. na platéia.

lml!


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Lembrei!

A terceira dúvida existencial do dia (de ontem) era a seguinte: será que as pessoas vão me achar muito prega que se eu disser aqui, publicamente, que curto o 02neurônio? Pois eu curto, horrores. (e tenho o Almanaque para Garotas Calientes, comprado pela pechincha de umrreal, no bazar da Fer e do Jorge) E digo mais: que pra chegar a ser uma MULHER SUPERIOR só falta eu conseguir controlar o meu SUPEREGO DESCONTROL, que anda mais descontrolado que nunca, ultimamente. Totalmente out. Saiu pra comprar cigarro, há uns 15 anos atrás, e nunca mais voltou. Id total!

momento de histeria:
bah!

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I HATE HALOSCAN. (e achei aquele sitemeter uma furada. ou não entendo como funciona. ou fiz tudo errado. ou. sim. uma coisa não tem nada a ver com a outra.)

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domingo, março 16, 2003

ah, Cucas Boy, se você passar por aqui: FELIZ ANIVERSÁRIO. a jojo já disse que ama (muito) hoje, neném? e, sim, tu vai ser SEMPRE nosso bebê. o bebê do fucas rosa e amarelo. :*

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e ontem à noite, literalmente na sarjeta, em frente ao apollo, depois de uma noite de muitas cervejas (pretas e amarelas) com as melhores amigas do mundo e os fabicanos mais gente boa do universo, a musiquinha não saía da minha cabeça:

So so you think you can tell
Heaven from Hell
Blue skys from pain
Can you tell a green field
From a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?

And did they get you to trade
Your heros for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
And did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?

How I wish how I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl
Year after year
Running over the same old ground
What have we found?
The same old fears

Wish you were here


voltei cantarolando, cantarolando, cantarolando...


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SUBESTAÇÕES: I LOVE IT

yeah!!!

uH!

ica!

nossa!

uau!



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A dúvidas existenciais da jojo, parte I

1) Será que sou a única pessoa que tem fascínio por subestações? Desde que me entendo por gente que não posso ver uma subestação que me dá um revertério (um revertério bom). Eu fico que nem uma besta, olhando, achando tudo LINDO. Todos aqueles fios e fusíveis enormes. Será que tem algum nome pra isso? subestaçonólatra, coisa assim, e alguma sociedade de pessoas que adoram subestações?

2) Todo mundo já deve ter tido algum delírio durante um suadouro de febre de 40°. Mas será que alguém já delirou equações matemáticas? Acho que sim. Mas acho que é raro alguém que odeia matemática delirar uma coisa dessa. Ou faz todo sentido. Porque da única vez que lembro ter delirado, de verdade, mais ou menos na 5° série, a coisa que eu mais odiava no mundo era matemática, mas delirei equações, números soltos, raízes, somas e subtrações...

3) (aqui era pra entrar a terceira dúvida existencial do dia, mas eu esqueci completamente o que era enquanto digitava as duas de cima. E tenho a leve impressão que era algo importante...)


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"essa moça tá diferente..." (chico)

me deu uma saudade grande do inverno. isso mesmo. inverno. eu, que ODEIO inverno e frio. mas rolou. uma vontade de vestir mil roupas, tomar vinho, sopa de cappeleti, deitar embaixo de muitas cobertas, com aquecedor ligado na cara. só posso estar meio doente. é isso.

"...ela só samba escondida que é pra ninguém reparar..."


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#*&¨%$#@

o haloscan mandou para o espaço os últimos comentários dos últimos posts, antes da pane...

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sábado, março 15, 2003

super sexies

a virgem abandonada
Foto: Sabrina Fonseca

pra quem não conhece o Movimento das Fotógrafas Super Sexies, taí uma mostra do trabalho das gurias. A foto é de um dos primeiros ensaios, e o que mais gosto: A Virgem Abandonada, da série As Virgens Melancólicas do Fim do Mundo (também porque a "locação", praça do DMAE, no Moinhos de Vento, é um dos lugares que mais gosto em Porto Alegre). Tem muito mais no site.

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"Se eu fosse um artista, você seria minha musa. Ah, se eu fosse um autista, você seria minha cura"

Alguém, que não lembro, me disse que a MINIMAUS acabou, porque o Ricardo foi embora, além mar. A verdade é que não consegui confirmar a informação e não sei se uma das minhas bandas preferidas de PoA acabou mesmo. O site é bem bonito e talicoisa, mas não contém nenhuma informação. Humpf.

...
minimaus sempre me remete ao Júpiter: "Quero toda a sua chinelagem, quero a metade do seu micro-ponto.Yeah You, You, Yeah, Yeah, Yeah, Yeah You do, Yeah You do! Amei o seu estilo e o seu cabelo, curto e grudado na testa, até parece que você não toma banho. Pictures and paintings. Pictures and paintings..."

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RaloSacan em manutenção

só me resta atualizar os links, ai do canto direito.

...
QUE NOITE -casi- JUNKIE, heim? bagasexta + apollo = PUNKADÃO NO QUENGO.
pra anotar na agenda: dia 28 de março Bagasexta Vaçorianos.

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sexta-feira, março 14, 2003

É hoje!

Bagasexta REvolta às Aulas. Pra se acabar de rir. Iremos! (Depósito de Teatro: Benjamim Constant 1677) “da classe” – autística – : cinco real. jo recomendo. E dizem que hoje vai ser mais “festinha”. Veremos.)


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Tô Só
(Crônica de Hilda Hilst para o "Correio Popular" de Campinas-SP, sem data)

Vamo brincá de ficá bestando e fazê um cafuné no outro e sonhá que a gente enricô e fomos todos morar nos Alpes Suíços e tamo lá só enchendo a cara e só zoiando? Vamo brincá que o Brasil deu certo e que todo mundo tá mijando a céu aberto, num festival de povão e dotô? Vamo brincá que a peste passô, que o HIV foi bombardeado com beagacês, e que tá todo mundo de novo namorando? Vamo brincá de morrê, porque a gente não morre mais e tamo sentindo saudade até de adoecê? E há escola e comida pra todos e há dentes na boca das gentes e dentes a mais, até nos pentes? E que os humanos não comem mais os animais, e há leões lambendo os pés dos bebês e leoas babás? E que a alma é de uma terceira matéria, uma quântica quimera, e alguém lá no céu descobriu que a gente não vai mais pro beleléu? E que não há mais carros, só asas e barcos, e que a poesia viceja e grassa como grama (como diz o abade), e é porreta ser poeta no Planeta? Vamo brincá

de teta

de azul

de berimbau

de doutora em letras?

E de luar? Que é aquilo de vestir um véu todo irisado e rodar, rodar...

Vamo brincá de pinel? Que é isso de ficá loco e cortá a garganta dos otro?

Vamo brincá de ninho? E de poesia de amor?

nave

ave

moinho

e tudo mais serei

para que seja leve

meu passo

em vosso caminho.*

Vamo brincá de autista? Que é isso de se fechá no mundão de gente e nunca mais ser cronista? Bom-dia, leitor. Tô brincando de ilha.


* Trovas de muito amor para um amado senhor - SP: Anhambi, 1959.

...
(A Hilda é fantástica. Eu não vou ficar me auto-flagelando porque não consegui ler os Exercícios não. Tem um monte de outras coisas maravilhosas que eu consigo assimilar e gostar muito e me identificar e querer ler mais ainda. Transgressora. Autêntica. Inteligente. Sensível e cáustica, ao mesmo tempo. E ativíssima, do alto dos seus 72 anos. Maravilha. Na real, só não tão ativa porque no dia 2 7 de fevereiro, ela sofreu um acidente doméstico e fraturou o fêmur. Mas está se recuperando.)


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Eu mereço!

Meu vizinho e sua digníssima namorada, esposa, noiva, sei lá eu, resolveram agora fazer sexo ardente TODO DIA, digo, noite. Ali pelas 23horas... É o fim do meu sossego! Escuto TUDO. O cara geme, urra! E ela fica falando umas coisinhas como “tá gostoso” e “te amo”. Santo cristo, eu tenho vontade de CHORAAAAAAR!!!!

(dessa vez, só de sacanagem, botei “TÃO SOZINHO”, o hardcore dos Los Hermanos, bem alto. no repeat. enquanto escrevo isso e torço pra que eles acabem logo. se bem que essa música deve ser bem estimulante. uh?)

...
E agora o que sobrou: um filme no close pro fim. Num retrato falado eu fichado exposto em diagnóstico. Especialistas analisam e sentenciam: “deixa ser como será. Tudo posto em seu lugar”. Então tentar prever serviu pra eu me enganar. Deixa ser. Como será. Eu já posto em “meu lugar”? Num continente ao revés, em preto e branco, em hotéis. Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê.
(Los Hermanos, em Retrato pra Iaiá)

...
se bem que HOJE eu tô mais pra FINGI NA HORA RIR... (que tristeza)

...
não. hoje eu tô mais é pro bloco do eu sozinho. TODINHO! da faixa 1 a 13.

...
Canto que é de canto que eu vou chegar. Canto e toco um tanto que é pra te encantar. Canto para mim qualquer coisa assim sobre você, que explique a minha paz. Tristeza nunca mais.
(Los Hermanos, em Casa Pré-Fabricada)

...
bu-á.


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quinta-feira, março 13, 2003

Poutz!

E foi falar nela, que eis que surge! Aldo Jones, o próprio, do nada, resolve “voltar” à ativa. “por enquanto”, diz ele. E se eu bem me lembro ele saiu da lista por causa de algum stress que minha memória não consegue precisar, mas acho que foi com Sivaldo, o rei da polêmica. Será TsapaList, o Retorno ou A volta dos que sempre estiveram por aí, em algum lugar? I hope so. (e tá “bombando” a bagaça, vejam só)


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A última do Siri

Diz o verme, às 7 da manhã: “se vc tivesse que escolher um mundo p/r viver que
mundo vc escolheria?”

daí ele fala que ele escolheria o mundo do gato felix e que, na verdade, ele acha que já vive num pedaço dele. E emenda: “acho que tô enlouquecendo num sentido bom da "COISA" muito trash!!!uma hora dessa e eu tô do mundo do universo...”

depois completa dizendo que foi para uma “festinha boba de aniversário” e que, de repente, do nada, uma mulher começou a fazer um “stripper”.

“foi massa!! quando percebi a o lance todo, tava rolando a maior suruba eheheheheheheheheheh...foi demais!!”

Céus! Eu não sei porque tô colocando isso aqui, mas enfim. Esses e-mails têm alegrado meus dias. Eu, que reclamei da Tsapa...


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Daí eu me pergunto: o que esperar de uma cidade cujo primeiro padroeiro foi Senhor Bom Jesus da Boa Morte?!? Eu, heim...

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Tilixi e Txiliá

Conheçam a triste e trágica história/lenda (de *amor*... ai, que romântico) da fundação da cidade de Palmeira dos Índios aqui!

Vou contar o final: A jovem virgem, de posse do lenho sagrado, correu até onde estava o primo. Ajoelhou-se então ao seu lado e fêz uma prece.Em seguida, fincou no chão a cruzinha junto ao corpo de infeliz castigado. Neste instante, uma flecha veio cravar-se no seio de Txiliá, e um filete de sangue quente escorreu sobre o corpo de Tilixi. A morena virgem tombou, e os dois exalaram o último suspiro unidos na morte.
(...) Diante deste gesto heróico de Tilixi e Txiliá, por esta paixão que os uniu até a morte, Palmeira dos Índios passou a ser conhecida pelo nome de "A cidade do amor".


(pobrezinhos!!!! que crueldade!!!! ai, que vontade de chorar! praticamente romeu e julieta dos xucuru-kariri)

...

começo a achar que ter sido criada nessa cidade não fez muito bem pra formação do meu caráter...


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•Buchada de bode
Iguaria feita com o "bucho" do bode e alimento bastante forte, é a delícia mais apreciada pela população no município de Palmeira dos Índios (é por essas e outras que eu tenho ORGULHO dessa cidade!)

pra corajosos!

Ingredientes
Cabeça de carneiro ou cabrito, sangue, miúdos, tripas, limão, sal, pimenta, alho, hortelão, salsa, tomate, cebolinha, coentro, vinagre, toucinho e farinha de mandioca.

Modo de Preparo
Bem limpo o fato do carneiro ou cabrito, leva-se ao fogo a aferventar bastante. Escorre-se a água e lava-se novamente com limão e sal. Em seguida, cortando-se bem miúdas as tripas, o fígado, o sangue coalhado e aferventando à parte, só se deixando inteiro o bucho propriamente dito. Faz-se o tempero dos miúdos com hortelã, bastante pimenta do reino,alho, sal, salsa, cebola, tomate, cebolinho e coentro. Põe um pouco de vinagre. Misturam-se bem esses temperos aos miúdos. Coloca-se tudo no bucho, depois deste aberto e estendido sobre uma mesa e junta-se a cabeça do carneiro ou cabrito, depois de cozido à parte, nos mesmos temperos. Costura-se o bucho como se fosse uma trouxa, ensacando tudo. Bastante água na panela, à qual se junta uma colher de sal e um bom pedaço de toucinho. No mínimo cinco horas de fervura em fogo brando. Faz-se o pirão do caldo,esmagando-se o toucinho sobre ele, com as costas de colher de pau.

Acompanhametos
Cerveja bem gelada ou uma cachaça com limão.

...

eu confesso: eu ADORO isso aí!!!! (e começo a desconfiar que isso aí pode ter feito algum mal pros meus miolos... tá exlicado!)

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Princesa do Sertão

meu lugar no mundo...

Eu acho que eu consegui a feita de cometer o maior comentário num blog. Também, quem manda o Vanildo escrever um post sobre PALMEIRA DOS ÍNDIOS?!? Não resisti, poxa. Eu tô num momento tão nostálgico da minha vida, que ao ver aquela cidade, assim, tudo quanto foi emoção aflorou. Catarse completa. Uma relação de amor e ódio com aquela cidade... Muito louco.


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quarta-feira, março 12, 2003

O carnaval do Siri(ri) – o amigo do Sururu

Eu preciso postar isso! Olha as novidades do rapaz:

e ai galera? como foi o carnaval de vcs? o meu foi
muuuuuuuuuuuuuuita doidera o tempo todo e o tempo todo
eu estava louquissimo...entrei numa onda de sexo,drogas,
rock in roll, frevo , perseguições e até fui preso em
recife "sem identidade,para averiguação" da p/r
acreditar? com essa carinha que eu tenho de bom moço?

BJOS DO SEU SIRIZINHO


(“beijos do seu sirizinho” foi ALGO. Eu fico, daqui, só imaginando a cara do sujeito digitando isso. Dá pra querer? E imagino também tudo isso aí relatado. Que figura, tchê! Ô saudade dessa gente!)


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sei não

A tsapalist resiste. Por insistência de alguns, como eu, o Sivaldo, a Lua, o Coelho, Siri, Darisbo. Há muitas semanas atrás, o verme do Siri mandou um e-mail entitulado “vermes do mundo”, contando suas peripércias num emprego barra mansa. Depois mandou esse outro. Assim, com os erros de português e tudo:

se todo mundo fosse assim eu seria diferente mas
fasso parte desse fracasso que bate sobre agente as
vezes é como se fosse grande coisa ser importante so que
é tão pouco que me sinto incomodado por isso eu vou me
mudadr vou curtir uma viagem que na verdade num sei não
num sei não num sei não


Sinto falta daqueles e-mails que ele mandava, chapadão, seguindo essa mesmíssima linha (se bem que o verme até tem se puxado ultimamente e nos feito dar algumas risadas). Sinto saudades de quando a lista era muito mais ativa e uma galera participava. Sinto falta das “brigas virtuais” de Sivas X Fipa. Sinto falta dos meus e-mails gigantescos, falando sobre muitas coisas e despirocando o coco. Sinto falta daquele povo todo: Marcelo Jah, Alvinho, TJ, Daniel, Aldo Jones, Giba, Sisse, Tati, Léa... participando, opinando, contando histórias, viagens e aventuras, falando muito sobre música, festas, doideras, sons e o que mais fosse.

TSAPA LÔCA!!!
...
Meu irmão, velho, bote um!
...
(notícias do mundo real: Sivaldo passou, em primeiro lugar, no mestrado da UFBA. tá indo, de mala e cuia, pra Salvador. daqui pro doutorado na Sourbonne só o Atlântido separa, mas daqui a pouco ele chega lá. eu sei que chega. feliz por ele. muito feliz. como diria o Coelho: é a Ufal exportando seus talentos acadêmicos.)


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nessa casa: CHICOs COMANDAm!

sobremesa*
(chico science & nação zumbi – do afrociberdelia)

walking in the morning sun
my pockets are empty now
i don’t have anything
only dirty black boots
and a little flower in my hand
looking to the city
cabs, building, people
a rocket blows in the sky
my mind flies
borboletas se equilibram no espaço
um muro velho em minha face
uma cadeira flutua num espiral
flores em minha camisa numa tarde do bairro
e enquanto caminho nas ruas da cidade
lembro que uma sobremesa me espera em casa

*porque essa música é afucs e desde domingo que, tirando a betânia e o rinôçérôse, eu só ouço os chicos (buarque e science). então vale o registro. (acho que tinha esquecido o quão bom são os 2 cds do CSNZ...)


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terça-feira, março 11, 2003

CHEGOU, VANILDO!

O carteiro chegou! Com meu presente e a surpresa! Dois cds, do grupo francês rinôçérôse (music kills me e installation sonore) que não param de tocar aqui e eu fico me remexendo junto, da cadeira mesmo. ADOREI! Música eletrônica com uma certa pegada bem rock n’ roll! Acertou! E a surpresa? Advinhou: dei muita risada. Não resisti e tenho que colocar aqui. Parem tudo e vejam isso:

 imprestáaaaaaavel!!!!


Rá! Eu mereço! Não me botaram esse nome impunemente! É prédio que pegou fogo, drag queen fechosa (e tinha como ser diferente?), musa inspiradora de Marcelo Rubens Paiva a DanDan da Bahia... Traaaaaash!

BIGRADA MUITO mister DEEJAY! Curti horrores. Tudo. Inclusive o fanzine (legal a iniciativa). :*

E, ah! Adorei o Srta. Joelma “Jojo” T. Mas da próxima vez põe um “Ilma.” (de ilustríssima) na frente, hehe. ;)

...

certa feita conheci um menino e quando falei meu nome ele disse: “ah não!!!”. o pobre tinha trauma por causa de uma certa joelma. tsc, tsc. Tsc.


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[44] A VIDA DAS MULHERES CHUVOSAS

Cada vez que olho para o lado e vejo a frente de meu rosto penso perdido em como você poderia estar aqui comigo e não está mais não está mais está aonde eu poderia estar mas eu não consigo porque sou humano e covarde e sei que você sentiria a mesma coisa se ainda estivesse todos os dias vendo meus olhos no espelho do lado de fora da minha casa e então saiba que por mais pedante que possa parecer e por mais verdadeiro que seja a morte da poesia em meus dedos retráteis ainda sinto um pesar nas pernas e caminho sem direção solitário pelas ruas tentando te achar em algum fundo perdido de um copo de cerveja e feliz absorvo o sol em minhas pálpebras cansadas e sedentas de um carinho um beijo e um olhar sincero de tristeza parecido com aquilo que eu cinicamente possa acreditar nessa insensível coletânea de palavras alegra a mentira da minha vida e eu continuo exercitando minha veia de ator a felicidade não existe tu me dizia com olhos de álcool e eu acredito nisso então trabalho diariamente nos caminhos das calçadas e da tristeza do asfalto suicídio incandescente e o inferno não é tão triste quanto parece porque aqui sou livre e tu podes ter certeza de algo que nunca esquecerei eu preciso abraçar alguém com sentimentos e que respira o mesmo ar que eu e ande nas mesmas ruas que eu olhando os mesmos olhos que eu e o inferno parece ser um bom lugar porque abraçar o inferno é tão confortante quanto beijar na madrugada maria no berço e primavera da vida insone mas estou propenso até a voltar ao inverno onde coloco colchões nas paredes do meu quarto e tento não me ferir enquanto te procuro com meus punhos sangrando e minha cabeça bordoada de amor pegando os dedos soltos da tua mão suicídio suicida da carne cozida das crianças de dias de verão africano e então tu me encontra numa noite clara e me diz amor vou chover em ti e eu berro para que todos os invejosos do inferno ao lado tenham raiva e inveja ao saber que sou o único a admitir que amo mulheres chuvosas e que não é proibido ser feliz mas nada me impede de também gostar do inferno maria que me abraça e me entorpece dias e dias pelas ruas transversais das avenidas alheias a vida para muitos é uma avenida cheia de lojas de sapatos e luminosos vermelhos de jesus e nossa vida é uma rua sem saída com nuvens carregadas de ódio calçadas amarelas de amor e o ar folha verde de cachorros dormindo e talvez seja isso mesmo nosso amor perdido em uma chuva de lua nova é como um cachorro dormindo na sombra de janeiro os cachorros sonham eu sei disso apesar de saber que os poetas também já morreram pelo movimento do pedaço do rabo cortado e seu focinho molhado de inferno outono cínico de asfalto e eu convoco kafka e rimbaud para almoçarem comigo enquanto te esperamos no berço de maria pois não é a televisão nem as sobrancelhas do apresentador que mudarão as notícias somos nós que só escutamos o que nos interessa e vamos empurrar carrinhos de madeira na praça e então sim choramos mulheres de jesus ao pé da cruz e sorrimos no único momento feliz de nossas vidas em saber como é bom amar no inferno como é bom se perder na rua transversal da tua vida e hoje foi palavras água e flores decadentes e passos largos largos largos almoçando teus olhos no escuro triste do meu caixão meu túmulo de amor cavado nas pedras sedentas do deserto que é o coração triste de jesus maria do túmulo onde está inscrito o nome de todas as pessoas que nasceram e onde um dia também estará o meu no inferno dos créditos finais dos olhos de maria chorando e eu dormirei como o cachorro que ama mulheres chuvosas.

Do livro VIDAS CEGAS, de Marcelo Bevenutti. Editora Livros do Mal. 2002

...

Não me canso de recomendar esse livro. Leia, Crianças, leiam.

São pequenos contos, pequenas fábulas, 69 histórias sobre vidas. De pessoas, de coisas. Vidas cegas, como diz o título.

Me faltam exatamente 15 contos para acabar a leitura, mas já posso dizer que o que me chama a atenção é que, apsear de, aparentemente, seguir uma lógica (até mesmo pelos títulos “A vida de Júlio”, “A vida de Ulisses”, “A vida de Bárbara”, “A vida da Nuvem Inglesa”, “A vida do Bar”, “A vida dos Amarelos Piscantes”), o livro não segue uma temática. É heterogênio. O Bevenutti é, sem dúvidas, dos mais talentosos dessa geração de “novos escritores”. Tem embasamento, já leu muito e escreve muito bem. Estilo. Tem o dom de criar histórias simples, mas que te tocam. Histórias intensas. Isso.

“Por fim, imaginem que não precisaríamos de nada. E assim nasceu esse livro. Podem imaginar uma sala vazia? Então imaginem que somente vocês sabem que esta sala está vazia. As outras pessoas, que estão na sala que vocês sabem estar vazia, não sabem disso. Vocês têm que avisa-las. Berrem. Gritem. Saiam daqui, pois esta sala está vazia! Mas muitas delas não lhes ouvirão. Elas continuarão preenchendo a sala vazia. Estas são as pessoas de VIDAS CEGAS” (o autor, na orelha do livro)


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And it makes me wonder

Tenho escrito coisas. pensamentos que me vêm. Que voltam. Que surgem. Escrito. Papel e caneta. Letras. Coisas vagas ou não. Indagações sem respostas, na vã expectativa de conseguir entender. Pequenos lembretes a mim. Quase metafísicos.

Também tenho lido. Tantas coisas que me perco.

E ontem, enquanto ouvia a TV, me veio: “mulheres chuvosas”. Pensei que podia ser do Caio. Tentei achar. Não era. Do lado da cama, o Vidas Cegas, não terminado.

Não me cobro. Certas coisas devem não devem ser sorvidas de um só gole. Poder, pode, mas a prudência recomenda o contrário: lentos goles. Não. “Prudência” não. Não tem nada a ver com “bom-senso”. Pura intuição. De que aquilo não é pra ser digerido às pressas.

Os manuscritos não serão transcritos. Não irão pra lugar algum. Pífias coisas. Mas que me servem, como se mapa fossem. Porque eu tento me achar o tempo inteiro, mas sempre me perco no meio do caminho. Sempre há uma bifurcação e dúvidas tantas para que lado seguir. Não há certo ou errado. Não há placas.

Abro na página 99: “a vida das mulheres chuvosas”. Releio. Re-releio. E penso mais ou menos assim: “qual a razão?”. Mais uma. O tipo de indagação sem resposta. Fluxo de consciência, céu inferno, o amar, as cores.

Posso apenas seguir adiante, sem paradas aparentemente desnecessárias, pra ver se chego logo. O que desconcerta. O que não se entende. Porque não dá pra entender. Está além de.

Re-começo. De onde havia parado da última vez. “a vida do instante”. A história de Francisco. Que leio só as primeiras linhas. E tenho medo de seguir adiante.

no way

Yes there are two paths you can go by
but in the long run
There's still time to change the road you're on


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segunda-feira, março 10, 2003

jisusmariajosé!

Hermanito Freitas tem agora um blog! Mais um COLunista no Exquisite...


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Mais uma da Thalita

ó!
ó!

Ela diz que viu isso aí e lembrou de mim e que acha que vou gostar. Bonitinho, né? Meio triste, né? Gostar não é bem a palavra, é mais se identificar mesmo, ó. Já que O Impossível é o tema da semana (passada)...

...

Trilha sonora levanta-sacode-a-poeira-e-dá-a-volta-por-cima!: CAFÉ SOÇAITE, ÚLTIMO DESEJO e LAMA (em caixa alta, porque MERECEM!). TODAS na voz da Betânia! + todas as outras do disco/coletânia - série Meus Momentos, ixcrusive até Molambo e Com açúcar e com afeto, porque afinal... Aquele tipo de coisa tão boa e tão trash ao mesmo tempo que tu não sabe se ri ou se chora (ri!).

(e ainda tem aquele cara que GRITA, entre uma música e outra, durante os aplausos: MARAVILHOSA!!!! o ó do borogodovski! eu não sei se sou muito idiota, mas não consigo ouvir e NÂO rir muito.)


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Revelei umas fotos bacaníssimas do Cobrecos e Fórum e vou fazer um álbum no Terra. A galera também tem, aos poucos, me enviado algumas. Hoje a Thalita me mandou várias e, como ainda vai demorar um pouco a colocar tudo on line, acho que essa vale entrar aqui. Só um aperitivo. Tem até título ó:

ACAMPAMENTO DA JUVENTUDE DA MARCÍLIO DIAS APRESENTA:
PRÉ-LIQUIDAÇÃO!


o dia da liquidação: go to gê!
Da esq. p/ direita: AnaRosa/BA (de pijama e travesseiro, pronta para a soneca) + Adriano/MG, Sivaldo/AL, jo e Manhana/BA (prontos para e quase a caminho da “balada” da esperada NOITE DE LIQUIDAÇÃO do X Cobrecos – Jan03). Detalhe: na Comunicação Fácil... (o caos!)


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domingo, março 09, 2003

Porque CHICO é tudo. E em homenagem ao final de semana e às pessoinhas que FIZERAM o final de semana. E porque continuo sendo uma mucama eficiente (e não cobro couvert):

Olê, Olá
(Chico Buarque)

Não chore ainda não que eu tenho um violão
E nós vamos cantar
Felicidade aqui pode passar e ouvir
E se ela for de samba há de querer ficar
Seu padre toca o sino que é pra todo mundo saber
Que a noite é criança, que o samba é menino
Que a dor é tão velha que pode morrer
Olê olê olê olá
Tem samba de sobra, quem sabe sambar
Que entre na roda, que mostre o gingado
Mas muito cuidado, não vale chorar
Não chore ainda não que eu tenho uma razão
Pra você não chorar
Amiga me perdoa se eu insisto à toa
Mas a vida é boa para quem cantar
Meu pinho, toca forte que é pra todo mundo acordar
Não fale da vida , nem fale da morte
Tem dó da menina, não deixa chorar
Olê olê olê olá
Tem samba de sobra, quem sabe sambar
Que entre na roda, que mostre o gingado
Mas muito cuidado, não vale chorar
Não chore ainda não que eu tenho a impressão
Que o samba vem aí
É um samba tão imenso que eu às vezes penso
Que o próprio tempo vai parar pra ouvir
Luar, espere um pouco que é pra o meu samba poder chegar
Eu sei que o violão está fraco, está rouco
Mas a minha voz não cansou de chamar
Olê olê olê olá
Tem samba de sobra, ninguém quer sambar
Não há mais quem cante nem há mais lugar
O sol chegou antes do samba chegar
Quem passa nem liga, já vai trabalhar
E você, minha amiga, já pode chorar


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PortoBelo Road

Daí tu chega em casa, depois de um *final de semana incrivelmente massa e divertido na praia* e de passar no meio da turba colorada e ainda encontrar e pegar uma louca carona com o Zani e cia. Me perdi. Daí tu chega em casa e encontra mil novidades na tua caixa de de e-mails: respostas esperadas, fotos & otras coisitas da Thalita, e o Vanildo dizendo que meu presente/surpresa já está no correio, desventuras carnavalescas do Siri by Tsapa morre-num-morre... comentários nos posts, blogs ativos... tudo muito vivo, tudo acontecendo em volta. Parece que o banho de mar levou tudo embora. Tudo o que devia ser levado. Aqui é um marco que separa o ontem do hoje, a sexta da segunda. I’m alive, vivo muito vivo, como já diria o Caetano.

[i-mood]: Vamos fazer um filme !


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sexta-feira, março 07, 2003

mas, antes de ir, deixo um pedaço do caio, de presente. leiam. vocês vão entender, um pouquinho, porque gosto tanto dele e porque vou leva-lo à praia, junto comigo, de novo

os dragões não conhecem o paraíso
(Caio Fernando Abreu)

que seja doce

Tenho um dragão que mora comigo.
Não, isso não é verdade.
Não tenho nenhum dragão. E, ainda que tivesse, ele não moraria comigo nem com ninguém. Para os dragões, nada mais inconcebível que dividir seu espaço - seja com outro dragão, seja com uma pessoa banal feito eu.
Eles são solitários, os dragões. Quase tão solitários quanto eu, depois de sua partida. Digo quase porque, durante aquele tempo em que ele estava comigo, alimentei a ilusão de que meu isolamento para sempre tinha acabado. E digo ilusão porque, outro dia, numa dessas manhãs da ausência dele, pensei assim: os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma que precisam da ilusão de Deus. Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta; da ilusão de Deus, para não se perderam no caos da desordem sem nexo.

Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo; repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.

Essa imagem me veio hoje pela manhã quando abri a janela e vi que não suportaria passar mais um dia sem contar essa história de dragões. Gosto de dizer, tenho um dragão que mora comigo, embora não seja verdade.

Como eu dizia, um dragão jamais pertence a nem mora com alguém. Seja uma pessoa banal igual a mim, seja um unicórnio, salamandra, elfo, sereia ou ogro. Eles não dividem seus hábitos. Ninguém é capaz de compreender um dragão. Quem poderia compreender, por exemplo, que logo ao despertar (e isso pode acontecer em qualquer horário, já que o dia e a noite deles acontecem para dentro) sempre batem a cauda três vezes, como se estivessem furiosos, soltando fogo pelas ventas e carbonizando qualquer coisa próxima num raio de mais de cinco metros? Hoje, pondero: talvez seja a sua maneira desajeitada de dizer: que seja doce.

...

Texto e imagem roubados do blog Afrodite sem Olimpo, que por sua vez foi roubado do GENTE. Ah, o grifo é meu.

Trilha sonora para ler este post: L’âge D'or* – Legião.

*“Não sei mais se é só questão de sorte. Eu vi uma serpente entrando no jardim, vai ver que é de verdade dessa vez. Meu tornozelo coça por causa de mosquito, estou com os cabelos molhados, me sinto limpo. Não existe beleza na miséria e não tem volta por aqui, vamos tentar outro caminho. Estamos em perigo, só que ainda não entendo. É que tudo faz sentido. E não sei mais se é só questão de sorte. Não sei mais. (...) O maior segredo é não haver mistério algum.”


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Capão again!

Tô indo para a praia. Com mimix e o Vampiro Bruxo, encontrar a Rafa. Ver se, assim, pelo menos, acaba com o “ciclo seco”. Se ciclo seco fosse, mas nem é porque em ciclo seco não se quer e, no entanto, quero tanto.

(O calabouço nos aguarda. Segunda tô de volta.)


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Girando em Torno do Sol
(Zero Quatro)

Tudo o que eu quero é queimar
Tudo o que eu quero é brilhar
Tudo o que eu quero é expandir minha luz

Eu vou pro centro do sol
Eu tô no centro do sol
(Eu tô no centro do sol com você)

Com você eu tô no centro do sol
Eu vou girando
Eu vou girando em torno do sol
Girando em torno do sol
Eu vou girando em torno do sol
Girando em torno do sol
Eu vou girando
Em torno do sol

Não me deixe nervoso
Não me largue
Não me mate de raiva
Nem me peça perdão

...
(em homenagem à Erika, pela passagem de um bom carnaval, e em minha homenagem também, oras. “pela passagem de uma grande dor”. mas isso é só um título de um conto do caio. e uma pequena quebra, no meio do caminho, do silêncio pretendido.)


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[i-mood]: A Via Láctea

me traz um alento. me dá uma mão. me diz qualquer coisa. conta uma estória bonita ou uma piada ou... qualquer coisa... qualquer coisa...

(silêncio.)

me encolho, me recolho. me guardo no SILÊNCIO. só por hoje.

(melhor assim.)

...

“Só me deixe aqui quieto, isso passa”

(sempre passa.)


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quinta-feira, março 06, 2003

Dia Branco

se branco ele for...widht=
“Se você vier, pro que der e vier, comigo, eu te prometo o sol, se hoje o sol sair. Ou a chuva, se a chuva sair” (Geraldo Azevedo)

(vontade mais de desenhar e citar os outros do que escrever qualquer coisa que tente traduzir. socorro. alguém viu por aí uma EMOÇÃO FORTE vagando errante, dando sopa, de papo pro ar? se vir, me avisa. me diz onde é que eu possa encontrar ALGUMA COISA, qualquer coisa. “tem tanto sentimento, deve ter algum que sirva”...)


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TEORIA - TEOREMA

Eu não sei se consigo. Mas é preciso tentar.
Eu não sei se quero. Mas é preciso tentar.
Eu não sei o que vale. Mas é preciso tentar.
Eu não sei o que digo. Então me calo.


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Das cousas que me acontecem

1)
Tenho tido sonhos realmente MUITO estranhos. Não ouso contar aqui, mas creiam. E sabe uma coisa bem louca? Liguei pro meu pai, no domingo de carnaval e ele foi logo me contando que meu tio (um dos irmãos dele) está MUITO doente. MUITO mesmo (tipo: os médicos deram pouco tempo de vida). Só que esse tio é PAI daquela prima que falei que apareceu num sonho, há dias atrás, aqui. E no sonho ela estava TRISTE. Credo cruz, mas isso me impressionou MUITO.

2)
O fantasma voltou. Creiam no que eu digo. Na verdade eu não ia colocar isso aqui, mas já que é um diário mesmo, então que se foda. Pois voltou. Uma vez só, até porque eu fiz a mesma coisa de antes: rezar. Só que foi mais forte: além de ousar deitar do meu lado, na cama, o dito cujo segurou forte a minha mão e apertou, apertou, apertou. Quase não consegui dormir depois, de olhão arregalado e o coração batendo forte tunquis-tunquis-tunquis. Diz a Aline que não é fantasma, mas “espírito”. Que seja. Ela me chega aqui, no outro dia, toda de AZUL, da cabeça aos pés, tal uma Yemanjá poix-muderrrna, vinda diretamente do centro espírita no qual estava tendo um curso. Segundo ela, o que pode estar acontecendo é que estou sendo “obsediada” (é esse o “termo técnico”) e que pode não ser uma alma, assim, do bem. Eu tenho certeza que não. Na próxima semana irei lá no centro espírita, esse aí (o mesmo que “tomei um passe” surreal outro dia, mas isso é outra história), fazer uma “consulta” com uma expert.

3)
Daí que no outro dia, depois que o tal “encosto do mal” apareceu, eu fiquei totalmente off-line. Mi mamá não conseguiu falar comigo e ligou, desesperada, pra um amigo, que me avisou por e-mail, que vi, por acaso, na casa da Rafa. Disse ele: “coisas de mãe”. Liguei pra ela na mesma hora, que queria me contar uma história “sobrenatural”. Começou a me falar de uns amigos de adolescência, que ela gostava muito (e que eu nunca conheci, só dela falar) que morreram e que: “apareceram” pra ela outro dia, em forma de luz AZUL. Ela estava se sentindo, antes, tri mal porque estava há horas querendo ir ver esses amigos, que moravam em outra cidade e que há muito tempo ela não via. E ia sempre adiando, adiando, adiando, até o dia em que recebeu o telefonema avisando. Depois ela me falou várias coisas que ela vinha pensando, mas a MAIS importante era: NUNCA ADIAR as coisas. Deixar de ver ou ligar pra alguém, quando tu sente saudade ou te vem na memória, porque amanhã ela pode não estar mais aqui...

4)
Tenho pensado nessas coisas todas.


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quarta-feira, março 05, 2003

“O que te faz, que te faz, que te faz? O que te faz se surpreender? Como é bom te ver. É uma ajuda. Se é.” (o rappa)

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Mais Iconografia Insone

nunca fechar portas

o vento quer derrubar tudo

em milhares de cacos. ao meio

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vo.ra.gem
s. f. 1. Aquilo que sorve ou devora. 2. Turbilhão. 3. Abismo. 4. Tudo que consome ou subverte.


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Copy & Paste

Fim de tarde. Dia banal, terça, quarta-feira. Eu estava me sentindo muito triste. Você pode dizer que isso tem sido freqüente demais, até mesmo um pouco (ou muito) chato. Mas, que se há de fazer, se eu estava mesmo muito triste? Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura. Projeções: e amanhã, e depois? e trabalho, amor, moradia? o que vai acontecer? Típico pensamento-nada-a-ver: sossega, o que vai acontecer acontecerá. Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará. Essas coisas meio piegas, meio burras, eu vinha pensando naquele dia. Resolvi andar.

Andar e olhar. Sem pensar, só olhar: caras, fachadas, vitrines, automóveis, nuvens, anjos bandidos, fadas piradas, descargas de monóxido de carbono. (...) Mas não conseguia parar. Surdo a qualquer zen-budismo, o coração doía sintonizado com o espinho. Melodrama: nem amor, nem trabalho, nem família, quem sabe nem moradia – coração achando feio o não-ter. Abandono de fera ferida, bolero radical. Última das criaturas, surto de lucidez impiedosa da Big Loira de Dorothy Parker. Disfarçado, comecei a chorar. Troquei os óculos de lentes claras pelos negros Ray-ban – filme. Resplandecente de infelicidade, eu subia a Rua Augusta no fim de tarde do dia tão idiota que parecia não acabar nunca. Ah! como eu precisava tanto que alguém me salvasse do pecado de querer abrir o gás. Foi então que a vi.

(...)


(trecho inicial de Pálpebras na NeblinaTexto tristíssimo, para ser lido ao som de Giulietta Masina, de Caetano Veloso -, de Caio Fernando Abreu, em Pequenas Epifanias, Editora Sulina. Deixo o resto em aberto.)


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MAURÍCIO

eu não acho as palavras

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DUPLO

eu não sei o que deu no blogger, que nem sei porque saiu esses dois posts iguais, nem consigo consertar. o segundo simplesmente não aparece na edição. uh. sobrenatural, eu diria. então fica assim mesmo.

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o homem que acreditava

eu posso falar do caio? puxa. tem um monte de coisas se passando aqui dentro. por causa do caio. porque, cada linha que eu leio, entro em transe. cada linha me faz pensar em: MUITAS COISAS. cada linha me faz pensar em 1)mim (muito). em 2)você. que não existe. você, que não existe. você que não existe. (você não existe).

[não. eu queria falar muito mais sobre o caio. mas, agora, não consigo. consigo pensar sobre e entender. tudo. o que ele sentia. o que sinto. que é tão parecido. tão igual, sometimes. mas não consigo, ou não quero, agora, botar no papel. sua intensidade. sua dor. sua alegria. seus extremos. faz calor. mas sinto frio.]

daí eu pego o momento presente e. o tomo nas mãos com extremo cuidado. o contemplo. e tenho tanto, mas tanto medo que quebre...

(quero flores. já não me bastam os infinitos GIRASSÓIS amarelos que não acabam nunca. as rosas de plástico meio desbotadas. as tulipas coloridas em cima do armário. quero tanto. talvez uma azaléia. uma begônia. talvez.)

mas se chover, chover muito, ouso um barquinho de papel. descendo pela sarjeta até achar...

daqui, da cidade dos entretons, eu penso compreender ainda mais. pareço estar repetindo alguma coisa que não sei exatamente o que é. mas tem algo a ver com: morar no Menino Deus. “Moro no Menino Deus, do qual Porto Alegre é apenas o que há em volta”, disse ele. e relembrou os versos do caetano (“um porto alegre é bem mais que seguro”). e eu penso em portos, em partidas e chegadas. em raízes. que não tem razões ou motivos de existir. mas existem. penso ainda em camus, na clarice, na lygia. lembro da macabéa. faço associações e dissociações. me retalho em pedaços miúdos. depois me recomponho. mas, parece, fica sempre alguma coisa faltando.

...

ouço o rappa mundi e penso “por que as coisas chegam (ou voltam) sempre no momento certo?”. mas não preciso de respostas.


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Carnaval Tri Legal

Tava tão bom, mas TÃO BOM, em Capão, que acabamos ficando mesmo só lá. E, no final, eu fiquei lembrando da Montanha Mágica. Aquele lance do tempo: 4 dias que passaram tão rápido, mas que parecia que estávamos ali há horas, há dias, semanas... Valeu. Valeu a pena, como em Pescador de Ilusões... Foi especial. Tudo. Muito. Intenso. O “Bloco do Bafo Quente”, mais o Amigo Imaginário, mais o Caio F., mais a praia, as caipiras, todas as conversas, as risadas, o “fla-flu”, a sinuca, o churrasco e os mil carreteiros. Até a chuva. Valeu, pes/so/i/nhas todas que estavam junto e que fizeram deste o melhor carnaval dos últimos 3 anos.

(eu só queria registrar aqui que no último dia EU cozinhei, intuitivamente, pra galera. sozinha. e que ficou muito BOM. e que todo mundo comeu tudo e lambeu os beiços, o que muito me emocionou, com toda a sinceridade do mundo. vocês não têm noção do que isso significou pra MIM. apesar de ter ficado meio “fraco” de sal... tá de pé a janta-pic-nic na casa da jojo qualquer dia desses.)


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sábado, março 01, 2003

Último Grito Antes do Carnaval

AAAAAHHHHHHHHHHHHHHH!!!


...

mimix resolveu ir junto pra Capão! Grafonola Fácil, todas juntas, então? Vai ser tri. Não sei quando volto. Cuidem-se. Usem camisinha. Se beber, não dirija. Se vai dirigir, não beba. Usem protetor solar também. E... (putz, eu nem sei se tem alguém lendo isso ou se já foi TODO MUNDO pra praia.)


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