segunda-feira, janeiro 30, 2006

Hola, que tal?


Montevidéo em uma palavra? Encantamento.

1° dia
Chegamos e fomos direto para o hotel Palácio - melhor localização não haveria: Bartolomé Mitre, esquina com a Peatonal Sarandi. Ciudade Vieja. O sábado, de sol e quente, foi todo para explorar a Ciudade Vieja: andar pelo calçadão da Sarandi, enlouquecer na feirinha de antiguidades da plaza Matriz, comer muito bem no La Passiva. Rua limpa, cheia de bares, muitos muitos turistas e mendigos. É como se tivéssemos na Cidade Baixa, com exceção dos turistas e da limpeza. Prédios lindos e caindo aos pedaços. Muitas fotos.

De tarde fomos até o porto e ao Mercado del Puerto. Voltamos pelas ruazinhas paralelas. Nunca fui a Cuba, mas pelas fotos, relatos e documentários, lembrei muito de Cuba. Os prédios decadentes e muito bonitos, os carros velhos.

Viva Fidel!


2° dia
Domingo é dia de acordar cedo e ir para a feira de Tristán Narvaja. Não dá pra explicar, só vendo. A feira é in-crí-vel. Tem de tudo mesmo, só que tudo junto, misturado: verduras, animais, roupas, livros, antiguidades de todo tipo, cosméticos, artesanato... Quadras e quadras de banquinhas. Caos total. Sui generis.

Parque Rodó à tarde, Museu de Artes Visuales. E uma caminhada de muitos e muitos quilômetros, do Boulevard Artigas até a Ciudade Vieja - passando por ruas simpáticas, avenida 18 de Julho e muitas paradinhas pra recobrar o fôlego. Haja sapato! Calor dos infernos: 8 da noite, sol a pino, 33°.

Livraria Babilônia - calle Tristán Narvaja

3° dia
Amanheceu chovendo fininho, mas o sol já deu as caras. Dia de abondonar a Ciudade Vieja e vir para Punta Carretas para casa dos amigos brasileiros.

Estamos nos divertindo muito, andando muito, vendo coisas lindas e curtindo horrores tudo. Sempre que der, passo aqui pra deixar notícias.

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sexta-feira, janeiro 27, 2006

hasta

recado_para_tratante
Foto de 77 de Arrabéus. Cidade Baixa, Porto Alegre.
(ele promete atualizar o flickr na volta)


Vocês acharam que eu ia embora sem me despedir? Pffff. Agora é oficial: Joelma de férias, monomulti em stand by. Talvez consiga postar algo em trânsito. Talvez não. Não garanto também que vou ler todos os blogs que costumo visitar diariamente. Mas prometo muitas fotos na volta.

Essa semana descobrimos que váaaaarios dos nossos amigos vão fazer o mesmo roteiro até final de fevereiro. Como tosquice pouca é bobagem, ninguém conseguiu sincronizar as datas. Debandada em massa.

Últimos instantes em casa, ouvindo Jorge Drexler no repeat e aquela sensação que está faltando alguma coisa na bagagem. Não o secador de cabelos, pra quem interessar a informação. Ele já está bem guardadinho.

Um super obrigada a todo mundo que tem entrado aqui (super movimentado nos últimos tempos) e estão acompanhando e desejaram muitos votos de feliz férias. Vai ser tri massa. Mesmo.


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quinta-feira, janeiro 26, 2006

vacaciones!

Falta: 1 dia.

Temperatura em Montevidéo sábado: 31°.
E um convite pra economizar uns dólares e ficar hospedada em casa de diplomata no Uruguai. Me sinto tão chique vez que outra. Descobri que o Seven confia muito em mim, me deixando organizar, praticamente sozinha, nossa viagem. Na volta eu vou montar um roteirinho "Viajando na maionese pelo Mercosur com Jojo". Pros amigos. Hoje é dia de arrumar a mala!


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quarta-feira, janeiro 25, 2006

só os estranhos




O Estranhos Links foi parar lá no Bloger Lerina, o blog com nome infame do querido tio Ózer. Eu sou suspeita, pois sou absolutamente muito fã da morada do Ornitorrinco Laranja. Creio tanto em Ôný, o Majestoso, que montei até numa congregação virtual, as Estranhas Devotas, que reúne um punhado de ex-pecadoras: as ermãs Joelma, Elena, Sharon e CRAW. No momento todas as atividades da ermandada estão suspensas porque estão dedetizando o convento. Mas, garanto que, juntas, nós todas amamos muito links estranhos. Ou não.

Falando em links, 77 me mandou ontem essa notícia que revela o segredo do sucesso do nosso casamento. Eu nunca disse, mas ele, o Seven, é a pessoa mais engraçada e divertida que eu conheço. E eu morro de rir com tudo o que ele faz e diz. Talvez isso dê pra perceber um pouco, a julgar por alguns posts. Ele é assim mesmo, igualzinho no blog ou mais. Sim, o amor é mesmo uma coisinha estranha.


...

A foto que ilustra esse post mostra os primeiros momentos de Torrinco, o novo mascote da casa dos Arrabéus. Antes de virar cor de laranja, ele era só um ornitorrinquinho made in China. Foi a CRAW, nossa Abuela Superior, que deu umas pinceladas nele e ele virou essa coisinha fofa que vocês estão vendo. Viajou de Curitiba a Porto Alegre via Correios e Telégrafos e hoje mora conosco, formando, junto com Nemo, Gugussauro, Adelaide e Jurema, uma linda e estranha família.


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terça-feira, janeiro 24, 2006

spfw / spt


Terça-feira é dia de auto-retrato aqui no monomulti!


Faltam só 3 dias para as férias e eu ainda tenho que: comprar dólares, resolver pendengas com a imobiliária, ir ao dermato descobrir que pereba é essa que nasceu no meu pé, ligar pra homeopata pra dizer que o remedinho que ela me passou me fez mal, lavar muitas roupas (mas só chove), ir no banco buscar meu cartão novo, descobrir, ó deos!, os horários do Buquebus saindo de Colônia para Buenos Aires, porque até hoje a gente não consegue entender e todas, todas, todas as informações são desencontradas. Enfim. E mais um bocadinho de coisa.


- Momento alta tensão do dia:
Paulinho, o cabelereiro sem-ele-eu-não-vivo, não tinha vaga. Numa operação de altíssimo risco eu cortei meus próprios mullets e ainda passei a máquina na nuca. No passado essa prática mui mui usual chegou a ser desastrosa algumas vezes. Aparentemente, deu tudo certo. Ufa.

- Momento descontrol do dia:
Pra economizar espaço na bagagem eu já havia decidido não levar meu portátil secador de cabelo. Hoje eu refleti sobre o assunto, seriamente, pela primeira vez. Como, como, como eu vou viver mais de 15 dias sem secador de cabelos? Como? Dá licença que eu vou ali refletir um pouquinho mais.

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segunda-feira, janeiro 23, 2006

pérolas e porcos




O final de semana teve de tudo: sol e chuva, calor e até frio. Teve inauguração oficial da Jurema lá em casa e festa, vipérrima, no litoral gaúcho, em condomínio de alto luxo com show exclusivésimo do Francis Hime para umas duzentas pessoas. Fino, fino, fino. E eu lá.

No sábado, enquanto almoçávamos no Tudo Pelo Social*, o 77 falava justamente sobre esse nossa versatilidade - como a gente consegue freqüentar de lugares pseudos-metidos-a-besta a super povão, que é o que somos mesmo. Pousé.

E chove!
...
*restaurante eleito melhor Bom e Barato pela Veja PoA.

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sexta-feira, janeiro 20, 2006

las fronteras


la kombi multicolorida. por yo-yo, yo misma.


Faltam, finalmente, 7 dias para as férias. Daqui a uma semana eu e o 77 estaremos embarcando rumo a terras desconhecidas. O roteiro é Montevidéo - Colônia de Sacramento - Buenos Aires. A idéia inicial era ver os Rolling Stones em Buenos Aires. Por questões técnicas, acabamos não conseguindo sair nas datas do show. Abandonamos a vontade grande de vê-los e decidimos ir, mesmo assim. Serão exatamente 17 dias, em trânsito, conhecendo as terras vizinhas e curtindo a vida adoidado.

Viagem desejada e planejada por nós mesmos com muito carinho e capricho. É a primeira vez que tiramos férias juntos. É a primeira vez que vamos viajar, assim, juntos, pra mais longe e por tanto tempo. É a primeira vez que vamos conhecer os simpáticos países hermanos. É a primeira vez que vamos ficar tantos dias juntos full time mesmo. E vai ser legal.

O plano é ir na manha. Sem pressa, já que temos tempo pra chegar e se deixar ficar. Enquanto isso, vamos nos preparando. Já compramos um mini-dicionário espanhol-portugês (minha grande chance de treinar meu portunhol!) e temos ouvido muito Jorge Drexler e Carlos Gardel. Pousé.

E, sim, sim, estamos bem ansiosos e loucos pra que essa semana passe voando. É. Vai ser legal.


...
trilha sonora incidental: Leonard Cohen cantando First we take Manhattan, a música cujo refrão tem o melhor backing vocal feminino de todos os tempos ever and ever. Um coisa tão, mais tão anos 80, que chega a doer na alma de tão trash e tão bom ao mesmo tempo. Totalmente Xanadu. Cantem comigo, e dancem:

I'd really like to live beside you, baby
I love your body and your spirit and your clothes
But you see that line there moving through the station?
I told you, I told you, told you, I was one of those


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quinta-feira, janeiro 19, 2006

curtíssimas

- A que ponto chega o ser humano: Joelma hoje ligou para 0800 de creme dental.

- "Fashion Week abre com muito estilo" - título de matéria publicada no Correio do Povo de hoje. Estilo não seria o mínimo que alguém poderia esperar de uma semana de moda? Não? OK.

- Sabem esse blog aqui, Bereteando? Pois eu sempre, sempre, sempre achei que fosse "beterrabando". É, de beterraba. Com essa eu tenho a certeza absoluta que, sim, estou mesmo ficando disléxica.

- Faltam 8 dias para as férias. Daí que tem uns detalhes, detalhes assim, pequeninos & importantíssimos, que a pessoa esqueceu de verificar durante esse tempo todo que planeja as férias e resolveu fazer hoje, faltando pouquinho mais que uma semana para a viagem. Agora é rezar pra que a burrocracia não seja tão burra e eu consiga o que preciso em tempo hábil. Me sinto meio idiota às vezes. Principalmente em dias de TPM, como hoje.

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quarta-feira, janeiro 18, 2006

Porto, 19°


Foto de Roy B. Jones


E a pessoa fica assim, totalmente sem falta de assunto. Olhando pro lados, fazendo que não é com ela. E chove. A mulher-do-lar que há em mim se pergunta insistentemente: "por que não lavei a roupa suja antes?". Tem um cesto transbordante no meu banheiro e dizem que chove até o final de semana. Deus seja louvado!

Dá pra acreditar que saí de casa de jaqueta? Isto é Porto Alegre.

Em tempo: papai noel foi lá em casa esses dias e colocou, finalmente, a internet rápida no meu micro. Agora eu não preciso mais alugar o do 77. Disse o bom velhinho que volta sábado pra instalar a Jurema. Já passei o briefing e agendei com ele a entrega daquele meu template novo, lembram?

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terça-feira, janeiro 17, 2006

imagem é tudo
ou
all is white


auto-retrato com Gugussauro
porque hoje é terça-feira


Qual a lógica de se fazer um documentário em longa-metragem que não traz informações nenhuma sobre o objeto documentado? Sim, estou falando de A Marcha dos Pingüins, que vale só e somente (o que não é pouco, diga-se) pelas belas imagens da Antártida e dos próprios bichinhos que, vamos admitir, são as criaturinhas mais fofas do universo - e também as mais desprovidas de qualquer senso prático. Eu concordo com o Verissimo: eles (a equipe, não os bichos) podiam ser menos pseudo-poéticos (e o pseudos é por minha conta) e mais objetivos. (Ando usando parênteses demais?). Talvez achem que ser didático é coisa de National Geografic e talvez achem que National Geografic é coisa que não dá bilheteria. Cineastas!

E por que raios, ó deus!, esse povo resolveu chamar o Antonio Fagundes e a Patrícia Pillar pra narrar a versão brazuca do documentário? Por que? Por que? Por que? A pessoa além de ter que abstrair o texto sofrível e sentimentalóide, ainda tem que abstrair o fato dele ser interpretado pelo Rei do Gado e a Bóia Fria. Mas os pingüins, por si mesmos, valem a pena. É bonito de ver as pingüinhas, bando-de-mulher-lôca, se estapeando pra conseguir um macho e depois se estapeando pra roubar a cria das outras. E o que falar dos pingüinzinhos bebês? O que? É a expressão máxima da fofura.

E a trilha sonora da Émilie Simon, que gruda na cabeça e a pessoa sai cantando a musiquinha "I want to live in paradise / I want to live in the south / lá ri lá"? Pop. A Émilie Simon é algo. A moça soa como uma mistura da Madonna com a Aimee Mann com a Björk com a Enya - naquelas versões for baby. Tente juntar todas elas, juntas numa pessoa só, mas com vozinha de criança, que você consegue definir, de longe, esse nome, até então totalmente desconhecido para moi. Whatahell oigalê porcaria!

Nota: 7,5 pra passar por média. Vão ver e se encantar, que vale a pena.


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segunda-feira, janeiro 16, 2006

Porto, 40°


a cadeira. só que em close.
por 77 de Arrabéus.


Cá pra nós, essa brincadeira de calor já deu pra bola, não? Pior: desistimos de investir num ar condicionado, mas tentamos comprar um ventilador novo porque o velhinho tá pedindo arrego e demos com os burros n'água (adoro expressões sem sentido!). Não se encontram mais ventiladores 110 volts na cidade. Simplesmente. Essa noite a pessoa não dormiu: tomando água e levantando pra fazer xixi. Sim, além de surda e esclerosada, quando ficar velha, Joelma corre sério risco de ter incontinência urinária.

O escritório continua sendo o melhor lugar do mundo. O supermercado também. E uma ida pro cinema ver os pingüins ultra-pops aqueles é a pedida do verão senegalês portoalegrense. Dizem que vem um temporal do Uruguai. E que ele chega ainda hoje.

Em tempo: faltam 11 dias para as férias. Sete Sete e eu compramos as passagens no sábado. E um dicionário Espanhol-Português. Vai ser tri massa.

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sexta-feira, janeiro 13, 2006

Jacira's Town




O 77 que deu a idéia. "Vamos fazer um inventário da nossa geladeira?". Isso foi ali pelo ano novo. De lá pra cá só piorou. Ou melhor, melhorou: descobri essa semana um queijo podríssimo dentro de um tupperware, que já foi pro lixo. Saravá. Aí na gaveta ainda tem uma Pirassununga. Pras minhas caipirinhas. Salve salve.

Voltando à programação normal, faltam 14 dias para as férias. Enquanto isso, Porto Alegre ferve num calor arrebatador & apocalíptico. Pela primeira vez cogitamos, seriamente, comprar um ar condicionado. Declinamos em seguida. Não podemos desfalcar o fundo de viagem. Nunca, nunca, nunca foi tão prazeroso chegar mais cedo ao escritório e fazer um serãozinho até mais tarde. Meu reino por um ar refrigerado.

Coincidentemente, naquela quase insônia de noite de muito calor, relia as Pequenas Epifanias do Caio F. Enquanto lembrava tanto-o-tempo-todo do meu amigo querido Guiu, me deparo com um trecho matador sobre as dores e delícias de se viver na quenta-fria Porto Alegre. Just perfect:


Primeiro que não é uma cidade de verão. E muito menos de inverno. No verão as árvores parecem baixas demais, sobe um vapor mefítico do Guaíba e a gente se sente como dentro de uma panela de pressão. O verde fica viscoso, amazônico, as noites molhadas de suor pálido, os lençóis amanhecem encharcados de sais minerais mortos. No inverno, existem as frinchas. Por todo canto parecem existir frestas (a palavra é boa, mas "frincha" é muito mais dramático, concorda?) por onde se infiltram gélidos minuanos. E agosto, quando as paredes mofam e tudo vira uma cenografia das charnecas de Emily Brontë? Há lajotas insensatas pelas casas, não lareiras. No verão, tapetes absurdos e não tábuas no chão. No verão, Manaus; no inverno, Moscou. Pode, uma cidade assim? Pode, pois no outono e primavera ela se esmera e tons dourados, brisas tépidas, verdes suaves, céus-de-taça-de-porcelana invertida, como diria Erico Verissimo. É preciso saber amar Porto Alegre nesses entretons, nos outros dar o fora. O próprio Erico parecia saber muito bem disso, vivia dando o fora. E voltando, claro. Pois melhor do que morar aqui, é voltar para cá. Melhor ainda do que voltar para cá, é partir daqui e assim por diante, numa relação que não se resolve nunca.

(Caio Fernando Abreu in "A cidade dos entretons", crônica publicada na Zero Hora em 18/02/95, do livro Pequenas Epifanias, editora Sulina)


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quarta-feira, janeiro 11, 2006

GLAMOUR




Porque estilo é tudo e em homenagem ao Fashion Rio, eis que publico...

... as mais estranhas buscas do monomulti dos últimos tempos:


Moda.
Criativas formas de amarrar o cadarço, pra fazer bonito nas passarelas.

Beleza.
MEO DEOS! Eu sou a única pessoa que estou perdendo os cílios!

Übber.
Pessoas magrelas demais: não trabalhamos.

Tendência.
Como ser fashion? Boa pergunta, meu bem.

Fota esteticamente tremida por mim mesma. Plataforma mamãe-quero-ser-drag n° 34 por 5 real no Brique da Redenção. A cadeira cheia de bossa "eles-são-pobrinhos?" será reformada depois das férias.


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terça-feira, janeiro 10, 2006

bordô




Ainda é terça? A crônica do Scliar de hoje na ZH falava em faxina: essa coisa que a gente faz de vez em quando em casa e joga fora umas tralhas e acha outras que estão há anos por ali, sem função nenhuma. Pousé. Adoro faxinas! E sim, eu sou uma pessoa monotemática quando quero. Nem vou falar que hoje foi o dia mais quente dos últimos tempos. Nem vou.

Sonho de consumo da semana: piscina de plástico e ventiladorzinho portátil a pilha.


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segunda-feira, janeiro 09, 2006

estamos em obras




Nada como um final de semana com sensação térmica de 50° (olha o exagero!) pra ficar em casa, jogado na frente do ventilador. Aproveitamos pra fazer pequenas, mas significativas, melhorias no lar doce lar, pedir tele-entrega, receber amigos de surpresa, beber cerveja gelada, ouvir tangos, sair pra comer em lugar que tem ar condicionado e ficar no lá por umas 4 horas, ver o temporal pela janela (que molhou tudo, mas voltou o calor igual ou pior), babar a Valentina, fazer churrasco com os amigos e comer até estourar... Enfins.

A idéia de colocar fotos no blog surgiu às vésperas da última Feira do Livro quando eu estava atolada e não tinha tempo de atualizá-lo. Agora, além da falta de tempo, a inspiração esvaiu-se com o calor.

Faltam 18 dias para as férias.


"Corrientes tres cuatro ocho / segundo piso, ascensor..."


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quinta-feira, janeiro 05, 2006

huevos revueltos


Nos últimos dias eu tendo estado ocupada demais sendo 1) uma profissional dedicada; 2) uma dona de casa à beira de ataque de nervos; 3) uma mulher que planeja as férias com o namorido. E eu vou dizer que esse negócio de planejar as férias não é assim tão facinho quanto parece. Há dias que eu pesquiso daqui e dali, mando e-mails pra hostels, procuros tarifas mais em conta (não vai ser agora que vamos deixar de ser o Casal Sunab). Há dias eu não tenho sossego nem dormindo: sonho com o troço. Pode. Eu sou meio impressionável, quase sempre.

Ontem, Bira e sua turma resolveram aparecer depois de mais uns 15 dias de sumiço. Eu não estava em casa ou eles ouviriam umas boas. Colocaram uns azulejos em cima do buraco e acham que podem viver o resto de suas vidinhas impunes. Mas só dando de conga na cara* de Bira! Só dando! A primeira tarefa da manhã de hoje foi ligar pra imobiliária e botar a boca. Eu ainda tenho alguma fé de ver essa obra ridícula e que nem é minha terminada.

Entre o restante das tarefas da manhã estão: ligar pra estofaria, botar o edredon pra lavar, pagar o aluguel e jogar na mega-sena. Não nessa ordem. Trilha sonora do dia: Kátia, a cega, berrando em plenos pulmões que não, não está sendo fácil.

Eu já desisti de pedir pro papai noel um template novo. Esse ano eu vou pedir um Magic Bullet e ter meu sonho de consumo doméstico realizado. Ou não.


* Vou dar de conga na tua cara é copiráiti de Magrelas Malvadas


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quarta-feira, janeiro 04, 2006

domésticas
ou
a filha da mãe da dona Tetê


Tem umas 20 baratas mortas no meu pátio. E dessa vez, nenhum passarinho pra comê-las. Eu não me arrisco nem a abrir a porta ou a janela, quanto mais juntar os corpinhos. Tudo culpa da trupe do Bira, o pintor, que não só abandonaram a ópera como quebraram a caixa de esgoto localizada no pátio. Agora eu tenho um esgoto a céu aberto e baratas mortas no meu pátio. Qualidade de vida é o que há.

Eu já reclamei pro síndico, mas não faz muita diferença.

Síndicos. O meu é uma desgraça. O cara é desprovido de qualquer bom senso ou capacidade cognitiva.

Troca da fiação elétrica do prédio: três dias sem energia durante o horário comercial. Mas o traste só avisou no fim da tarde do dia anterior. A pessoa, puta da cara, foi reclamar:

- Como assim, vou ficar três dias sem energia e tu nos avisa, assim, em cima da hora?
- Veja bem, a fiação elétrica precisa ser feita e só assim pode ser feita.
- Ok, ok, EU SEI que a fiação TEM que ser feita, eu NÂO ESTOU reclamando que ela esteja sendo feita, eu estou reclamando porque vamos ficar TRÊS dias sem energia e tu só nos avisa na tarde do dia anterior.
- Veja bem, a fiação elétrica PRECISA ser feita... blá-blá-blá, as pessoas não entendem que a fiação precisa ser feita... blá-blá-blár, as pessoas reclamam que a nova fiação esteja sendo feita...

Ok. Quem, QUEM?, vai continuar um papo desses? Eu vou trabalhar sem mais fé nenhuma na humanidade.

Tempos depois, a pessoa apela para a sub-síndica quando Bira e seus comparsas começam a obra. Eu tento argumentar que eles devem começar a obra pelo meu pátio, pois eu preciso que ele esteja pronto logo pra fazer uma nova pequena obra (o puxadinho) pra colocar Jurema, a nova máquina de lavar da família. Ela dá de ombros:

- Ora, todos os moradores querem que comecem pelos seus pátios. Tu já ficou esse tempo todo sem máquina, pode ficar mais um pouco.
- Mas, mas, mas, eu tenho uma máquina de lavar na minha sala!
- Aposto que ela não está tomando toda a tua sala.

Ok. E daí que ela não está tomando TODA a minha sala! Será que ela não consegue entender a diferença de uma sala para uma área de serviço? Eu sigo pelo corredor longo e frio, balançando a cabeça negativamente.

É, a humanidade não tem mesmo mais nenhuma salvação


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terça-feira, janeiro 03, 2006

contagem regressiva




Com o início do ano, começa a contagem regressiva oficial para o início das férias. No dia 27 de janeiro eu e 77 estaremos embarcando rumo a terras desconhecidas. Serão 15 dias totalmente excelentes. Mais detalhes no decorrer do mês. Por enquanto, o auto-retrato da terça-feira mostra o caderno de viagem que a tia Drica nos presenteou de natal. "Pra vocês fazerem anotações, já que não vão ter blog o tempo todo". Muito útil. E a gente pretende que essa seja só a primeira de muitas viagens que esse caderninho vai acompanhar.


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segunda-feira, janeiro 02, 2006

para sempre é mais caro que perecível

Primeiro dia do ano na Cidade Baixa. Foto de 77 de Arrabéus.


Antes que o ano terminasse, saí mais cedo do trabalho e consegui ver o melhor filme brasileiro de 2005. Cinema, Aspirinas e Urubus é lindo. Lindo como Cidade Baixa. Aquele tipo de "lindeza" torta, seca, dura, estourada. Lindeza de apertar o peito, prender a respiração e se encher de nostalgia.

Mal 2006 começou e vi, finalmente, As Bicicletas de Belleville. Só eu não tinha visto esse filme ainda? Não sei vocês, mas eu me apaixonei perdidamente pela animação francesa. Vi todinho com os olhinhos brilhando. O filme é um mimo e bizarríssimo ao mesmo tempo. Como pode? Podendo. Aquelas trigêmeas comedoras de sapo são o que há de surreal. E a Madame Souza? Fiquei fã, muito fã, da Madame Souza, lindinha que só ela, arrumando os oclinhos...

Só agora também consegui ver 1,99 do Marcelo Masagão. Eu gostei. E bastante. Talvez por ser uma experiência cinematográfica tão diferente. Pela crítica ao consumo/consumismo. Pelo tom surreal. Na verdade, parece uma grande bienal, uma grande instalação. Mas é bom.

...

Se eu tivesse ganho a mega-sena acumulada, largaria o jornalismo pra ser artista plástica. E videomaker.


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