sexta-feira, agosto 29, 2003

Os Três Mal-Amados

Joaquim:

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.


As falas do personagem Joaquim foram extraídas da poesia "Os Três Mal-Amados", constante do livro "João Cabral de Melo Neto - Obras Completas", Editora Nova Aguilar S.A. - Rio de Janeiro, 1994, pág.59.

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quinta-feira, agosto 28, 2003

é de relampiê, é de relampiê, é de relampiá

Esqueçam os amadinhos LH. O melhor show do ano foi CORDEL DO FOGO ENCANTADO, terça, no Opinião.

O último show em PoA foi há mais de um ano e esse foi o primeiro do último cd: O PALHAÇO DO CIRCO SEM FUTURO.

Show lindo. Tudo. As músicas, o cenário, a iluminação belíssima (by Játiles). O clima mais "pesadão-hard-core". A casa lotada de gente pulando e cantando junto todas as músicas.

Cordel encanta. Sempre. Surpreende. E eu achando que não me surpreenderia. Pobre eu.

Seu Lira maravilhoso, recitando os cordeis de Chico Pedrosa. Claiton Barros - Cavaleiro do Fogo da Origem - fazendo bonito no violão. E o batuque comendo solto de Nego Henrique, Emerson e Rafa Ameida.

Pulei, cantei, berrei, me esparramei, suei. Quase tive 3 trecos quando eles tocaram 1) Matadeira (minha preferida), 2) Na Veia (na veia!!!!) e 3) Pedrinha ("uma música que fala de forças grandes, mas também de forças pequenas" - singela e também preferida do primeiro cd). Sem falar em Ai Se Sesse, declamada em coro.

Só faltaram os zóin do meu amor. Não a música, que eles cantaram. Mas a companhia d'ele, nesse show maravilhoso.

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terça-feira, agosto 26, 2003

expert

Todo mundo tem uma especialidade.

As minhas são:

1) levar topada
&
2) babar (assim, no mais, sem aviso prévio nem nada.)

e são dessas duas especialidades que vêm aquelas duas célebres frases, já publicadas aqui: "ando, logo tropeço" e "salivo, logo babo". capiste?


(eu também sou especialista na arte de espirrar em cima do micro, deixando o danadinho cheio de partículas babosas. mas isso é segredo.)

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sexta-feira, agosto 22, 2003

ele

Ele:
"Agora eu sou ele, em itálico, no teu blog, é?"

Eu:
"É."

E, ontem pela manhã, enquanto passava a camisa d´ele, dizia a ele que ele é um cara de sorte por ter encontrado uma mulher como eu: que põe as roupas d´ele na máquina de lavar, passa e ainda faz "papá dotoso". Só pra ele.

Mas também sou uma mulher de sorte por ser ele esse namorado tão fofo, carinhoso, parceiro e companheiro, que acorda cedo comigo e me ajuda a procurar apartamento pra alugar...

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quinta-feira, agosto 21, 2003

Joe, the cook

Eu sempre disse não saber cozinhar. Nem tenho fogão. Nesses dois anos morando sozinha, o micro(ondas) e o fornão elétrico herdado dos pais da Laura sempre me serviram muito bem.

Acontece que volta e meia vou pra cozinha (dos outros) e faço umas coisinhas. E eles comem, gostam e até me convenceram que eu sei cozinhar. E bem.

Até comecei a tomar gosto pela coisa e acabei de ganhar um fogãozinho de 2 bocas da minha sinhá, que é fã incondicional do meu Frango ao Brócolis. Por causa dessa receita ela até disse que a mucama aqui, a partir de agora, será a cozinheira oficial da Trupe (mas o feijão dela é fan-tás-ti-co e duvido que um dia eu consiga fazer igual). Modéstia às favas, também descobri que sou capaz de fazer o melhor molho bolonhesa da região metropolitana e a Nega Maluca mais gostosa do universo.

Mas o grande destaque da minha cozinha maravilhosa são os pratos simulacros. mimix e ele ADORAM a especialidade da casa, que é a econômica Lazanha Simulacro, feita no micro e que dispensa o principal ingrediente de uma lazanha: a massa. Ele também já experimentou a Pseudo-Talharim à Principesa, feito com miojo e que na ocasião ficou uma gororoba, mas ele adorou e ficou o tempo inteiro dizendo que estava ótimo. Sem falar no saboroso e virtualmente conhecido Ovo-Pizza (minha melhor invenção culinária, que pode ser considerado o mais mais simuacro de todos).

Ele, o meu pequeno-grande-floricultor-virtual, é tão fã dos meus pratos que fez pra mim a capa do meu primeiro livro de receitas:

simulacro


Não preciso dizer que ADOREI e que achei muito fofo. Mas o livro vai continuar só na brincadeira, porque eu não sou besta de passar pra vocês o segredo do meu sucesso culinário. :)

A propósito: o fogão novo ainda não foi estreado, pois precisa passar por uma revisão profissional. Mas deixa só eu botar em funcionamento. Helena Rizzo e Roberta Sudbrack que se cuidem.

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terça-feira, agosto 19, 2003

instituti

A propósito: estou cheia de luzes. Vermelhas. No cabelo. Ele gostou e disse que eu fiquei: LINDA!

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não se assute pessoa, se eu lhe disser que a vida é boa

Quem acompanha o blog e passou por aqui em janeiro, deve lembrar que estive com a casa cheia de gente em virtude do Fórum Social Mundial e que, junto com uns jornalistas&cineastas loucos de todo o Brasil, captamos material para um documentário.

Com o apoio da Busca Arts Produções, uma produtora bem bacana de São Paulo, editamos um curta de 24 min., chamado ROLÊ e estamos em processo de edição do documentário (que ainda não sei se será média ou longa).

ROLÊ estreou no dia 15 de junho, na Mostra do Audiovisual de SP (no Centro Cultural do Banco do Brasil) e foi selecionado para entrar na MOSTRA PARALELA - VÍDEOS INDEPENDENTES, do XI GRAMADO CINE VÍDEO, mostra que acontece durante o Festival de Cinema de Gramado, que começou ontem e vai até sábado.

Dirigido por Ana Rosa Marques, Camilo Cavalcante e Tatiana Baruel, ROLÊ será apresentado no CineVídeo de Gramado, quarta-feira (20/08), às 10h. O documentário vai participar também do Panorama de Cinema de Salvador e Recife (agora em agosto) e Festival de Cinema e Direitos Humanos, de Barcelona (Espanha). Mandamos ainda para um festival de Berlim, mas ainda não saiu a resposta.

Uma pena que a mostra paralela não tenha premiação, mas só em estar participando já é uma vitória, afinal, de 300 documentários entararam só 18 e nós estamos dentro.

Sobre o nome, ficou Rolê porque narra as impresssões de duas das diretoras no último dia do Fórum: "percorremos vários espaços neste dia (daí o nome) e trata-se de um documentário informal, porém com depoimentos surpreendentes. Há várias surpresas neste documentário, uma delas é não deixar claro que tudo aconteceu no Fórum Social Mundial (esta informação só aparece no final). Esta opção narrativa funcionou, Rolê foi o único vídeo aplaudido na sessão em que foi exibido, na Mostra do Audiovisual (havia mais 4). Foi lindo", diz a Tati, por e-mail.

Eu, que de cara, não curti o nome, fiquei menos arisca quando ouvi a explicação. Ademais, recordando aqueles luminosos dias no Acampamento da Juventude da Marcílio Dias, lembrei da trilha sonora da casa: Magnólia e NOVOS BAIANOS. Bingo!

Fico feliz que o curta já esteja na roda e que o documentário esteja bem encaminhado caminho, como fiquei feliz em receber aquele povo todo em minha casa e em participar, como Produtora Executiva (nome pomposo pro "faz-tudo" em que me vi transformada naquela semana) de um projeto tão legal. Agora estou só na expectativa de poder ver o material, já prometido pela Tati quando sobrar uma graninha. Agora é torcer pra que ROLÊ conquiste algum prêmio nos próximos festivais.

"enquanto eles se batem
dê um rolê
que você vai ouvir
apenas quem já dizia
eu não tenho nada
antes de você ser
eu sou
eu sou
eu sou o amor da cabeça aos pés
e só tô beijando o rosto de quem dá valor
pra quem vale mais um gosto do que cem mil réis
eu sou
eu sou
eu sou o amor da cabeça aos pés"
(novos baianos in dê um rolê)

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igualzinho

Ele me mandou esse textinho apócrifo, dizendo que tinha achado muito "nós". Eu só li e pensei "totalmente!". Tão absolutamente a NOSSA cara, que negritei uns pedaços que traduzem perfeitamente o que vivemos. Juntos. E mandei de volta.

Uma relação tem que servir para tornar a vida a dois mais fácil. Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado. Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso. Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir e quase sempre estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo. Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas sua inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois de divertirem, demais, mesmo em casa, principalmente em casa. Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair. Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro ao médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

(só falta exercitar mais a última frase: sair da toca e lembrar do resto do mundo. de vez em quando.)

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quinta-feira, agosto 14, 2003

infame

*beijo na boca é coisa do passado, a onda do momento é o namoro conurbado*

(a sátira infame, ovbiamente, não é minha. mas eu assino do ladinho)

...

agora há pouco foram 2 horas de conurbação exaustiva. foi tri bom.

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quarta-feira, agosto 13, 2003

na madrugada
ou
"porque amo (muito) nei lisboa"



Por vários discos e músicas lindas. Mas hoje, por isso:


Por aí
(nei lisboa)

Lembra do quanto amanhecemos
Com a luz acesa
Nos papos mais estranhos
Sonhando de verdade
Salvar a humanidade
Ao redor da mesa

Sábias teses e ilusões sem fim
Ying, Jung, I Ching e outras cabalas
Procurando deus entre as folhagens do jardim
Que tolos fomos nós, que bom que foi assim
Que achamos um lugar pra ter razão

Distantes de quem pensa que o melhor da vida
É uma estrada estreita e feita de cobiça
Que nunca vai passar por aqui

Lembra de longas primaveras
De andar pela cidade
Saudando novas eras
Sonhando com certeza
Salvar a natureza
Ao final da tarde

Cegas crenças, lixo oriental
Ying, Jung, I Ching e outras balelas
Procurando deus entre as macegas do quintal
Seremos sempre assim, sempre que precisar
Seremos sempre quem teve coragem
De errar pelo caminho e de encontrar saída

No céu do labirinto que é pensar a vida
E que sempre vai passar por aí

Auras, carmas, drogas siderais
Ying, Jung, I Ching e outras viagens
Procurando deus entre delírios dos mortais
Seremos sempre assim, sempre que precisar
Seremos sempre quem teve coragem
De errar pelo caminho e de encontrar saída
No céu do labirinto que é pensar a vida
E que sempre vai passar
Sempre vai passar
por aí



...que adoro e ouço infinitamente enquanto a madrugada não acaba e o texto não termina. E me emociono, porque a música é linda. E vou passar o dia seguinte cantarolando.

Pra cantarolar junto: rádio Terra. Busca por NEI LISBOA - disco CENA BEATNIK.

Pra quem não conhece, recomendo (muito), ainda, os álbuns HEIN?!? ; AMÉM ; e EU VISITO ESTRELAS - meus preferidos - todos devidamente pirateados, incorporados a minha coleção clandestina de cds fora da lei e, principalmente, escutados (muito).

(ah, o CENA BEATNIK também é, todinho, bom. vai lá conhecer o nei, vai.)

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equações

1 emprego + 2 frilas + fechamentos + falta de inspiração = cansaço + sono + saudade d'ele
+ dor-de-cabeça-metafórica

(agora só falta UMA materiazinha. só umazinha. só.)

e hoje AINDA é terça... (ok, quarta)

...

Planos para o final de semana: DORMIR.

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terça-feira, agosto 12, 2003

aviso de utilidade pública

O SquawkBox, segunda caixa de comentários, foi pro saco. Definitivamente. E o HaloSacan deu chabu, entrou em crise e foi comprar cigarros. Pela milionésima vez. De modos que estamos, temporariamente, sem comentários. Mas ele volta. (eu acho). Ou não.

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incontrolável

Às vezes, a falta de inspiração para escrever é compensada pelos rabiscos. É um processo louco. Ilógico, mas com uma certa lógica interna, só compreensível por mim. Deslizo a caneta (ou o lápis) no papel, e vou... Tento preencher espaços. Crio formas. Geométricas, assimétricas. Que formam outras formas e não-formas. Que formam um todo. Bagunçado, caótico, nervoso, “neurótico”. Incrivelmente harmônico. Monocromático(s). E eu me vejo. É auto-retrato. E eu vejo beleza. É arte. E é lixo, perecível, descartável. Que eu destaco e jogo fora. Pra depois começar tudo de novo.

rabiscos
faça click


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segunda-feira, agosto 11, 2003

aviso aos navegantes

Hoje começo novo trabalho. To bem contente pela conquista. Quem me acompanhou nos últimos meses sabe. Ao contrário da maioria das pessoas que conheço, trabalho não é um fardo: é um mal necessário, que paga minhas contas no fim do mês e me possibilita viver a minha tal liberdade. Jornalismo é uma profissãozinha do cão, bem sei. É difícil sobreviver como tal, ainda mais aqui no RS, onde o piso salarial é vergonhoso (um dos mais baixos do país). Mas acho que se pudesse voltar atrás, faria tudo de novo. Vai entender. Curto a profissão que escolhi e prego a satisfação em tudo o que se faça. Por isso tento, em qualquer situação, fazer o meu trabalho com certo prazer. Botar tesão no que se está fazendo. Porque, ao contrário, se tu não curte o que faz ou faz o que não curte, o principal prejudicado é tu mesmo e daí, meu irmãozinho, fodeu geral. Tal qual mal-amado, tu vira uma pessoa insatisfeita, rancorosa e de mal com a vida. E isso, obviamente, é ruim.

Enfim, mas o post é pra dar a notícia e dizer que estou realmente muito muito contente com tudo, com o momento que estou vivendo, com os novos trabalhos (sim, no plural), com o amor tranqüilo... As últimas semanas foram de correria, muito trabalho e cansaço. Nova dinâmica meio difícil de se acostumar. Por isso, e de modos que, devo ficar meio “ausente”. Mas to sempre por aqui. Precisando, é só dar um grito. : )


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domingo, agosto 10, 2003

planos para a próxima vida

coisa da ermã CRAWdinha, por e-mail:

> > Nesta vida sou uma mulher.
> > A próxima gostaria de ser uma ursa.
> > Quando você é uma ursa, você pode hibernar.
> > Você não faz nada mais que dormir por 6 meses.
> > Eu gostaria disso.
> > Antes de você hibernar, você supostamente come até estourar.
> > Também gostaria disso.
> > Quando você é uma ursa, você tem filhotes (do tamanho de uma noz)
> > enquanto está dormindo e quando acorda eles já são
> > ursinhos bonitinhos e parcialmente crescidos.
> > Eu definitivamente gostaria disso.
> > Se você é uma mamãe ursa, todo mundo sabe o que você quer.
> > Você dá uma patada em qualquer um que perturbar
> > seus filhotes e, se seus filhotes saírem da linha,
> > você dá uma patada neles também.
> > Eu gostaria disso.
> > Se você é uma ursa, seu parceiro ESPERA
> > que você acorde rosnando.
> > Ele ESPERA que você tenha pernas peludas
> > e gordura em excesso...
> > É, vou ser uma ursa!!!


(uma boa idéia. se bem que, a julgar pelos últimos finais de semana hibernantes - no melhor sentido da palavra - , eu já estou virando uma ursa, e nessa vida mesmo.)

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sexta-feira, agosto 08, 2003

Pensamentos numa tarde ensolarada de inverno

Tudo muda muito rápido. Um dia aqui, o outro lá. Mil coisas. Tudo ao mesmo tempo agora. E isso tudo é bom. Até o cansaço, no fim do dia, é bom. A inspiração para qualquer coisa que não seja *trabalho* é zero por esses dias. Mas há de passar. E eu hei de voltar. O que importa é que tudo está no seu devido lugar. E que eu continuo totalmente soul parsifal.

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quarta-feira, agosto 06, 2003

Pensamento do dia

Nas horas difíceis da vida você deve levantar a cabeça, estufar o peito, olhar adiante e dizer de boca cheia:

- Agora fodeu!


Um oferecimento Distraídos Venceremos.

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tenho um sapato branco e um riso amarelo

O trabalho dignifica o homem, paga suas contas no fim do mês e dá uma canseira desgraçada.

...

Tenho lembrado do Zeca: ?eu não tenho tempo, eu não sei voar, dias passam como nuvens, em brancas nuvens eu não vou passar?.

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segunda-feira, agosto 04, 2003

lua de mel

De romance com a vida.
E sem tempo algum.

(mas estou sempre por aqui e volto quando der)

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sexta-feira, agosto 01, 2003

vivagosto!

Esse mês não tem Calendário Trash para Moninas Corajosas. Porque não. Porque agosto começa bem. Só boas vibrações e energias. Tudo tudo tudo de bom. Em todos os sentidos.

2003 começa agora.

GO!

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