terça-feira, fevereiro 28, 2006

auto-retrato de carnaval

Alô meu povão! Pra não perder o costume, o Self Portrait Tuesday da semana.


Aguém há de lembrar de que eu andei ligando pra SAC de creme dental, não? Pois que recebi uma cartinha quilida dos moços que, entre outras coisas totalmente irrelevantes, dizia assim:

"Gostaríamos de informar-lhe que nossos técnicos fizeram as análises necessárias, considerando as características da embalagem, e o resultado desta avaliação indicou que a alteração que você notou é procedente."

É procedente!?! Por Deus. Eu não mandei um produto com a embalagem estragada de volta para a fábrica para eles me mandarem uma cartinha dizendo que analisaram o produto e que minha reclamação é procedente. É claro que é procedente! Com quem eles acham que estão lidando? Heim? Heim? Com uma velhinha louca da Cidade Baixa que liga pra SACs e pra EPTC quando tem carro estacionado na ciclovia no domingo? HEIM? Bando de amadores. Depois do ataque histérico, o que eu mais queria era ser funcionária de SAC para escrever cartinhas aos consumidores. Essa gente sabe viver. Aposto que eles fazem isso de propósito pra irritar gente como eu. Aposto.

...

- Sonho de consumo besta da semana. Cem por cento algodão e com tecnologia antipiling, que retarda o aparecimento bolinhas. E nunca falei tão sério na minha vida.

- A manchete do século: "Juliana Paes chora e borra a maquiagem". Ou quase isso, mais ou menos. Fé na humanidade? Pffff!


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segunda-feira, fevereiro 27, 2006

craço

Eu aprovo.

...
Carnaval 2006: na TV, um japonês acaba de cantar (sic!), animadíssimo, o samba enredo da Mangueira. Constrangedor.

Disléxico: alguém chegou aqui procurando por rei moNo no google.

Chora cavaco!

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domingo, fevereiro 26, 2006

Caio F.

Está tudo planejado:
se amanhã o dia for cinzento,
se houver chuva
ou se houver vento,
se eu estiver cansado
dessa antiga melancolia
cinza fria
sobre as coisas
conhecidas pela casa
a mesa posta e gasta
está tudo planejado
apago as luzes, no escuro
e abro o gás
de-fi-ni-ti-va-men-te
ou então
visto minhas calças vermelhas
e procuro uma festa
onde possa dançar rock
até cair

(caio fernando abreu)

Ontem fez 10 anos que o Caio morreu. Não é uma data de se comemorar, mas de relembrar. E pra homenagear esse cara genial a prefeitura de Porto Alegre preparou uma semana inteira de programação dedicada a ele. Só ontem, justo ontem, consegui ir. E vi uma montagem lindíssima do Morangos Mofados, o primeiro livro dele que li e me apaixonei perdidamente quando ainda estava na faculdade. Aqui, quero deixar só um registro. Nunca consegui objetivar meus sentimentos, mesmo. O máximo que consigo é dizer que me identifco tanto com o Caio e sua escrita que chega a doer. Uma dor que sempre foi doce. E leve.

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sexta-feira, fevereiro 24, 2006

esquentando os tamborins

Hasta la vitoria, estencil! - mostra bacaninha no Centro Cultural Recoleta, em Buenos Aires


* Sabem a Valentina? Pois ela já senta, sozinha. Talvez todos os bebês de 5 meses já consigam ficar sentadinhos sem a ajuda dos adultos, mas eu não deixo de ficar com muita cara de ãhn quando vejo esse pessoinha assim: sentada. Sozinha. Eu gosto muito de bebês, mas a Valentina tem algo especial na minha vida. Talvez porque eu tenha acompanhado toda história dela: vi na barriga desde quando era um grãozinho de feijão até quando já mexia e brincava lá dentro. Vi desde o primeiro dia de vida, toda inchadinha, e tenho acompanhado cada fase nesses poucos 5 meses e meio que ela está aqui. Pela amizade com a Rafa, anterior à ela, e porque eu sei que vou acompanhar essa menininha sempre. Vocês não imaginam o encanto que ela é. Como tem o sorriso mais lindo do mundo, as coxas mais grossas da Cidade Baixa e os pezinhos de bisnaguinhas Seven Boys que mais dá vontade de morder. Como ela faz barulhinhos engraçados com a boca e adora segurar a barba do tio 77. Sim, eu sou doida por essa guliazinha.

* E a moça de Passo Fundo (que não é a mãe da Valentina) que subiu no palco do segundo show do U2? Então. A RBS TV chegou ao cúmulo de mandar duas equipes para fazer uma reportagem com ela - uma na cidade da dita cuja e outra em Sampa, onde ela ainda estava. Como se não bastasse, um dos repórteres me soltou a maior pérola de todos os tempos. Ele disse que o nome da moça, Desirê, tem a mesma PRONÚNCIA que a música do U2 Desire. É por isso que eu digo: o telejornalismo é mesmo uma merda.

* Carnaval 2006. Pelo terceiro ano consecutivo eu e o 77 decidimos ficar em Porto Alegre no carnaval. Tô pra dizer que é uma decisão muito sábia. Apesar do tédio, não tenho mais o menor saco de pegar a estrada nesse tipo de feriadão e ir pra praia lotada nesse tipo de feriadão. Nada como quatro dias pra curtir a casinha e o marido, sem compromisso com nada. Resolvemos, isso sim, que vamos continuar a fazer uns melhoramentos domésticos. Amanhã é dia de fazer rancho em ferragem, porque vamos botar mais umas prateleiras, um suporte pra TV e uma antena, entre outras coisinhas. Também vamos pegar uns filmes, estocar víveres (porque NADA abre no carnaval na capital) e botar as leituras em dia. Só no ziriguidum. Mas bem despacito.

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quarta-feira, fevereiro 22, 2006

s.o.c.o.r.r.o*

passeio desfocado em Colonia Del Sacramento. por 77 de Arrabéus


Estou sendo atolada por uma avalanche chamada TRABALHO. Agora sou uma pessoa que morre de tédio atucanadamente.

Previsão de fechar de chuvisqueiro no fim do dia, um trabalho legal (relacionado a shows) entrando e uma viagem a trabalho para a cidade com nome mais afudê ever do Rio Grande. Mas esses dois últimos acontecem mesmo só depois do carnaval, quando pretendo fazer NADA em Porto Alegre. Enquanto tudo isso, eu fico aqui tentando sair sem arranhões dos escombros e esperando o ciclone extratropical que vem por aí. Rajadas de vento, chuva e granizo. Donas de casa da Cidade Baixa: tirem suas roupas do varal. Sim?

*escrever assim, com pontinhos no meio das letras, é copiráiti Dita Von Claire, uma das três filhas do dono.

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terça-feira, fevereiro 21, 2006

tédio

Com um tê enorme. Só eu ou a semana pra vocês tá lenta e tediosa? Nenhuma novidade nos blogs alheios, nenhuma mensagem na caixa de entrada. E uma vontade louca de dormir.

Pelo menos está acabando a maratona de big shows mega-tudo no Brasil e aquela mania de repórter de TV de sempre, sempre, sempre que vem uma banda internacional pra terrinha, botar fã pra cantar nas matérias. Outro dia, na TV, um rapaz cantou Sunday Bloody Sunday sofridamente, em versão Massacration. Foi muito triste. E totalmente involuntário.

Deus me proteja do telejornalismo.

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em chamas

Da série "Os interiores e seus monumentos bizarros". Depois de procurar muito no google, já que a pessoa não trouxe o Royzinho na viagem, consegui achar essa foto no fotolog desse moço.


A vida toda foi assim: quando ficavam sabendo meu nome, muitas pessoas, a maioria mais velha, já respondia "ah! Joelma, do prédio que pegou fogo, né?". Eu já tinha sim me acostumado com isso. Agora a coisa começa a mudar de figura.

Ontem, no estande, veio a mocinha recepcionista falar comigo. Menina bonita do interior, sabem, menos de 17 anos e que fala com os errrrres aperrrrrrtados. Quando disse meu nome, a criatura fez um gesto, tipo bater na testa: "CLAAAAAAARO! Joelma, da banda CALIPSO!". Por deus do céu! Agora me digam: eu não mereço. Mereço?

Tou de volta minha gente. Tou de volta.

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quarta-feira, fevereiro 15, 2006

de como fazer assessoria de imprensa no interior

Você fala com a repórter, mostra que tem uma pauta realmente relevante para a região, entrega material, convida pra passar no estande no dia seguinte pra acompanhar a assinatura do convênio e, quem sabe, entrevistar os envolvidos, manda a sugestão para o editor. Horas depois liga alguém do jornal, muito provavelmente do comercial, perguntando sobre a tal pauta. Você explica, argumenta, conversa. Aí a pessoa do outro lado, na maior cara-de-pau, contra-argumenta que fica difícil dar uma passada lá no dia seguinte, afinal a empresa para a qual você presta serviço ?desprestigiou? o jornal, não anunciando no mesmo. A menos que... Educadamente, você diz que se o assunto interessar editorialmente, ótimo. Se não... você pondera pra não mandá-los à merda, com todas as letras.

Generalizando: não se faz jornalismo no interior. Se faz negócio.

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terça-feira, fevereiro 14, 2006

martes
ou
espelho nosso


auto retrato de jojo & 77 na posada de la luna, buenos aires


Depois das férias, a volta do Self Portrait Tuesday.

Ainda falando nas férias, depois de andar muito eu havia decidido que, na volta, ia começar a caminhar. Nem a viagem a trabalho atrapalhou os planos. Ontem, segunda, saímos da feira às 18h. Passei no hotel, calcei os tênis e fui. Meia hora de caminhada pelo calçadão de Cascavel, olhando as vitrines do comércio local e me sentindo saudável. No final, comi um Número 4 e depois, já de volta ao hotel, meio Souflair. Não me olhem torto: já foi um ótimo começo.

Ontem ainda, eu entrevistei um bebê de 10 meses de idade. Os desafios da profissão. Ele dava muita risada cada vez que eu falava tatibitatimente e encostava o meu dedo no dedãozinho do pé dele. Acreditem: eu sou DOIDA por pés de bebê. Infame, 77 disse que eu cometo dois crimes: pedólatra pedófila.

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quinta-feira, fevereiro 09, 2006

que verano!

Todo carnaval tem seu fim, como já diriam meus lindos, amados, queridos, razao-de-viver Los Hermanos. Pois está chegando ao fim a nossa "media luna de miércoles" e amanhá já estaremos voltando pra casa. Decidimos abrir máo das agradáveis e confortáveis 20 horas de viagem de önibus e optamos por voltar de aviáo, antecipando em um dia nossa chegada em Porto Alegre. A razao da troca é também porque no domingo bem cedinho eu já vou estar no aeroporto de novo. Náo se enganem, as férias já teráo acabado mesmo. No domingo, 12, estarei fazendo a primeira viagem a trabalho de 2006. Mal volto ao batente e já vou a Cascavel/PR, acompanhar, como assessora de imprensa, um cliente importante do escritório numa feira de agronegócio. Mais seis dias fora de casa trabalhando muito. Mas quem se importa, depois de 15 maravilhosos dias de férias com o namorido mais companheiro do mundo, conhecendo novos lugares? Tamos voltando, minha gente. Tamos voltando.

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quarta-feira, fevereiro 08, 2006

¿Danonino bebible? ¡Que bueno!

multicoloridamente argentina


A impressáo mais forte que temos aqui é que toda Buenos Aires está em obras. E em liquidaçao. Por onde andamos, prédios públicos, calçadas, monumentos e praças estao passando por obras. Também outros prédios que nao sáo públicos. Imagino que quem vier por essas bandas daqui há um ou dois anos vai ver tudo muito mais lindo e arrumado. As obras hoje nao chegam a atrapalhar e é bom ver que o patrimonio está sendo bem cuidado.

Quanto ä liquidaçao, TODO o comércio está em liquidación. Uma loucura! Do centrao às lojas podres de modernas de Palermo e as caréssimas, tipo Maison Dior, da Recoleta. É como se cada vitrine com a palavra liquidación fosse uma grande placa de metal e eu, um íma. Impossível nao ser atraída. O 77 em Palemo me disse a frase mais emblemática da viagem: "Se tu tivesse um milhao de pesos, tinha gasto todinho hoje, aqui". Eu tinha um ataque epitéptico a cada vitrine descolada por onde passava.

Se eu morasse aqui, pedia falencia no primeiro mes. Gastaria todos os cobres nas lojas super-tudo de Palermo e naqueles mercados ma-ra-vi-lho-sos de velharias sem utilidade nenhuma de San Telmo.

Continuamos andando muito. Hoje, por exemplo, eu nao sinto minhas pernas.

...

- A pergunta que nao quer calar: por que, ¿POR QUE?, meo deos, os argentinos homens do sexo masculino adoram um mullet? Posque?

- Definitivamente: a Corrientes, tres quatro otcho, é um prédio comercial sem graça. Tem uma plaquinha bem onde é a entrada do estacionamento. Quero meu dinheiro de volta. Ahora!

- Uma dica pro povo que tá vindo pra cá por esses dias ver Stones e U2: a água mineral daqui tem um gosto estranho. Siete Siete e eu descobrimos o segredo: muito sódio. Agora somos dois maníacos que andam pela cidade procurando kioskos que vendam água com bajo nível de sodio. Já temos nossa preferida - Ecco de Los Andes. Elas custam centavos mais caro, mas vale a pena.

- Agora dá lincença que eu vou ali comer um alfajor dentro da jacuzzi.

- Viram? Tem fotinhas nos últimos posts, editadas a tapa no Paint Brush!

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segunda-feira, fevereiro 06, 2006

relax

Siete Siete mira a los bolachones


Além de classes de tango e acompañantes para milongas (¿), a pousada oferece como servicio opcionale, massagens. Depois de nove dias andando sem parar, com pernas e pés em frangalhos, resolvi solicitar o serviço. Nao podia ter vindo em hora melhor: um dia depois da ida à Recoleta, quando andamos muito pelo cemitério, Museu de Bellas Artes, Buenos Aires Design e adjacencias e voltamos nos arrastando pro hotel.

Pois ganhei uma massagem californiana completa, seja lá o que isso seja. Nunca tinha sido tao massageada na minha vida: até as juntas dos dedinhos da mao, cada musculozinho do rosto e ainda um gostoso cafuné no couro cabeludo. "Es um cariño", explicou a massagita argentina cujo nome eu perguntei tres veze, mas nao consegui entender lhufas.

De brinde, um papo animadíssimo com a moça. Ela disse que tem uma amiga brasileira que mora em Gramado e que, do Brasil, conhece só Balneario Camboriú. "Mas no me gusta: muchos argentinos". Disse também que adora as novelas brasileiras. Está vendo hoje Senhora do Destino e Mulheres Apaixonadas, mas a que mais gostou até hoje foi El Clone! "A mi me encanta las imágenes del Rio de Janeiro. Copacabana debe ser mui linda!". Jà suspeitava...

Depois do cariño, só nao tomei uma jacuzzada (sim, a pousada tambèm tem uma jacuzzi, free, para os hóspedes) porque o lugar foi invadido pelas quatro barulhentas, branquinhas e suadas crianças francesas que estao hospedadas no lugar. Eu quis matá-las, mas nessas horas de ira e indignaçao, o 77 faz o favor de me lembrar: vacaciones, vacaciones.

Ah, viver nunca foi tao fácil.

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sexta-feira, fevereiro 03, 2006

hasta pronto!


*****na calle de los suspiros*****


A Argentina, enfim. Pra fazer um comentário meio tosco e resumido, é como se Montevideo fosse Porto Alegre, e Buenos Aires fosse Sao Paulo. A cidade é uma loucura, cheia de gente apressada, carros e ambulancias barulhentas. Estamos hospedados num simpàtico bed&breakfast no bairro de San Telmo. A Posada de La Luna é uma graça! Recomendamos muito. Ainda nao vimos muito da cidade, mas já demos umas voltas pela plaza de Mayo e arredores. Temos uma semana inteira pela frente para nos perder pelas ruas da capital argentina.

Antes de chegar aqui, teve a travessia pelo Rio de La Plata no Buquebus, que é incrível! E antes disso ainda, teve a apaixonante Colônia del Sacramento.

Colônia é linda, com seu bairro histórico, seu casario, suas ruínas e restaurantes charmosìssimos. Abstraia as hordas e hordas de turistas que aparecem de vez em quando, do nada, e que somem do mesmo jeito. Foram menos de dois dias, o suficiente pra ver tudo e andar bastante pela cidade. Nao só pela parte histórica e turística.

Temos internet free aqui na pousada, ou seja, sempre que der, dou uma passadinha aqui pra deixar mais notìcias.

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quarta-feira, fevereiro 01, 2006

despacito, despacito




- Divisão de funções na viagem: eu faço os roteiros e consulto os mapas. Sete Sete faz as conversões dólar-pesos-reais e paga as contas.

- 77 acha que ainda não tomou suficiente cerveja ou comeu tantos alfajores como acha que pode e merece. Mas está tentando.

- Empanadas, panchos, chivitos, milanesas, papas, pizzas. Com Patrícia e Zillertal. Ontem pedimos de postre (sobremesa) uma coisa chamada MUERTE POR CHOCOLATE. Quase voltei pra casa de ambulância.

- Sim, temos nos divertido muito juntos.

?antes de mi tu no era tu
antes de ti yo no era yo
antes de ser nosotros dos
no había ninguno de los dos?
(jorge drexler em Sea)


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anda




3° dia:
Ramblas. Depois de quase morrer de calor de 40° no domingo, vento e frio. Praticamente Porto Alegre. Caminhar, caminhar, caminhar...

4° dia:
Se esbaldar de comer no Mercado de la Abundância.
Andar muito de ônibus.
Ir ao Prado. Só o Museu Juan Manoel Blanes já vale a ida ao bairro onde mora el presidente Tabare. Lindo e encantador.
Contradições: antiga Estacion General Artigas e a imponentíssima construção greco-romano-estamos-ostentando do Palácio Legislativo.

Ùltima noite em Montevidéo: internet full e free. Aproveitem os posts e as fotos. Amanhã fazemos nosso último passeio pela capital uruguaia ? Carrasco. Seguimos para Colônia del Sacramento e sexta-feira já estaremos em Buenos Aires. Voltamos quando der. Ou não.

?Lo que tenga que se, que sea
Y lo que no por algo sera
No creo em la eternidad de las peleas
Nin em lãs recetas de la felicidad?
(jorge drexler em Sea)


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curtas montevideanas




- Atravessar a rua aqui é uma aventura. Cada cruzamento é uma roleta russa. Pedestre sofre. Descobrimos que só há pouco tempo existe a obrigatoriedade da carteira. É comum ver uns velhinhos totally crazy dirigindo enlouquecidamente pela cidade.

- Uruguaio a-do-ra um momumento. Em todo lugar tem um monumento. Só tem uma coisa que uruguaio adora mais que monumento: o General Artigas. Noventa e nove por cento dos monumentos na cidade são do General Artigas.

- Eles também adoram música ambiente. Até em mercadinho. Esses dias o atendente do mercadinho ouvia (alto) e cantava animado uma eurodance ou seja lá o nome desse ritmo de gosto duvidosíssimo que os fabicanos curtem adoidado. Às vezes eu lembro muito do Locomia.

"río abajo y vamos que la vida es un tobogán
duele menos soltar la baranda y dejarse llevar"
(jorge drexler em Rio Abajo)


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