sexta-feira, janeiro 31, 2003

"Ontem eu sambei, como nunca tinha sambado..."

Não, não. Tá tudo bem. Mesmo. Eu que cheguei muito bêbada e entrei em CRISE. Sei lá porque. Porque, como disse alguém querido(a) hoje: eu sou uma depressiva crônica. Acho que tu tá certa. Mas isso é assunto pra outra hora. Ou nem é assunto pra se comentar aqui. Prometo alegria. A mim.

Eu nem bebi muito, na verdade. O que pegou foi a tal da PORRADINHA. Devo ter virado umas 3, com a galera nordestina que estava ainda por aqui e foi chinelear na FABICO ontem. Festa dos formandos.

Muitas coisas. Muitas pessoas. Muitos abraços e sorrisos. Até matar saudades de pessoas que estão tão próximas, mas distantes.

Quando cheguei, a Beal foi logo dizendo "guria, vamos ali pegar teu crachá". Sim, a BARRACA DO BEIJO. Eu ainda pensei em fugir da pagação de vale, mas o MEU crachá já estava prontinho, com meu nome. Não tive como dizer não.

Assim como o Cardoso, não consegui vender UM SÓ SELINHO. Fracasso comercial total. Mas a noite foi DIVERTIDA pracaralhos.

Só que a certa altura eu tava TÂO bêbada que as lembranças se misturam. Eu lembro de estar cercada pelas crianças ali da Vila Planetário, que me chamavam de tia e falavam e falavam e falavam e eu falava mais ainda. Lembro vagamente. E, depois, eu fui ao banheiro, e quando voltei, degringolou geral.

Lembro do fim da festa, com a galerinha Cobrecos, eu falando sem parar, numa mistura sem sentido de português, inglês e espanhol. Fora fora fora da casinha.

E que me jogaram num taxi e cheguei em casa. E caí num chororô nada a ver. Acho que não me acostumo com a solidão. Acho que não me acostumo com fim de festas. Mas a noite foi trimassa. Mesmo. E eu tô realmente bem.

...

faz um calor fudido em porto alegre. água. muita água.
...
muitas coisas legais pra ver (filmes, mostras, peças) esse final de semana.
...
continuo querendo ir a praia...
...
"...levantei a poeira, derramei o suor, como nunca tinha derramado. Tinha gente de todos os lados, alegria se fazia. Eu sambei como você nunca imaginaria, que pudesse acontecer tanta coisa boa num só dia, se eu falar mais pra você, você nunca acreditaria" (EDDIE)


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soluços não te levarão a lugar nenhum. NENHUM. NENHUM. NENHUM....

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jO CHORHO CHORO CHORO, PROQUE É TUDOE TÃO... TRIEST4E... GRABDEX MERDAX, GRandex, grandez. merdas. merdax...aqui, agora, nessa grande merda de hora, nada, nada, nada, nada, só a grande merdax de prantox, que me lava, que me leva, pra lugar nenhum, que me cansa. muito. que grande boxta, velho. que grandessíssíma boxta. jo non quiero....

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Chinelagem dos formandos

Vez que tu lost notion completamente.carre3gada: JAMMAIS. COM DOIS M MESMO. POR... CREJO CREjO QUE...




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quinta-feira, janeiro 30, 2003

agora eu quero uma casa nova. tsá, eu já disse isso. mas eu quero muito. eu quero um jardim. eu quero uma begônia. porque sim. eu quero um gnomo no jardim. quero um novo bicho de blair, mas serve qualquer outro bicho multicolorido e engraçadinho. eu quero ESPAÇO. ah, eu também queria ir à praia.

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Também acabaram-se os fósforos nessa casa, ô grandes boxtas.

(eu fico ouvindo o axl berrar where do we go now? where do we go now? now, now, now, minha doce criança...)


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Acabou.

O último hóspede do fantástico acampamento da juventude da marcílio dias foi embora hoje. E a casa está em ordem. Não sei como, mas está. Achei até o outro pé do meu par de havaianas. Mas a descarga continua sem funcionar. E na terça outra hóspede retorna, mas só por alguns dias.

Meio esquisito isso aqui. Tudo. A casa vazia. A ordem.

Agora? Eu sei lá.

Ação. Ação, ação.

Saudade de alguma coisa. Expectativas algumas, porque afinal.

Mas eu sei lá. Mesmo.


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terça-feira, janeiro 28, 2003

Todo mundo nu!

Nós filmamos os peladones! Nós filmamos os peladones! E eles entrarão no documentário. Muito engraçado demais. Engraçada não foi a reação reacionária da polícia do Rigotto, que desceu o cacete em todo mundo, prendeu alguns. Um cara, que não tinha nada a ver com a pelação, foi parar no HPS, porque foi atingido por uma ESPADA da brigada cavalar. Uma grande merda.

ABAIXO A REPRESSÃO!

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"TUDO É MÚSICA. DESOBEDEÇA. DESOBEDEÇA."

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domingo, janeiro 26, 2003

Não te esquece que: TU É O RESULTADO DAS TUAS ESCOLHAS.

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ACABOU CHORARE FICOU TUDO LINDO DE MANHÃ CEDINHO...

Esse disco (Acabou Chorare), dos Novos Baianos, é de 72, mas eu só conheci agora, esses dias, e tem sido minha trilha sonora durante o Fórum. Absurdo como tudo tem sua hora de acontecer... Absurdo quando você se identifica com as coisas.

.............

“Vou mostrando como sou
E vou sendo como posso
Jogando meu corpo no mundo
Andando por todos os cantos
E pela lei natural dos ENCONTROS
Eu deixo e recebo um tanto
E passo aos olhos nus ou vestidos de lunetas
Passado, presente, participo sendo o mistério do planeta.”
(Novos Baianos)
..............

“Abelha, abelhinha, acabou chorare, faz zum zum pra mim, faz zum zum e mel, faz zum zum e mel...”


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No que sigo meu caminho

Ontem, eu e a Ana entrevistamos um israelense (lindo e de belos olhos verdes, por sinal), nômade, e que percorre o mundo a cavalo junto com os Nomads United. Eles se denominam Caravanas Nomadicas Ecológicas. E quem tiver interesse em conhecer, vê lá o site ou vai amanhã (dia 27) às 14h, na sala 701 do prédio 40, da PUC.

Passamos horas conversando com ele e ele falou coisas absurdas de tão pertinentes, como “a única coisa que a gente precisa é comer”. É verdade. Pra que raios eu quero coisas?

Recebi convite de ir pra Bahia, na volta. Mas não rola. Uma merda. Uma merda ter coisas. Ter uma geladeira e não poder dobrá-la e botar debaixo do braço.

E tem um monte de coisas mudando. Tudo muito vivo, mas sem muito sentido (razão de ser ou não ser). Tomar atitudes será necessário. Não sei o que vai acontecer quando acabar tudo isso, mas vai acontecer. A começar por isso aqui. Esse blog. Mas não sei de muito.

“Abra um parêntese, não esqueça: que independente disso, eu não passo de um malandro, de um moleque do Brasil, que peço e dou esmolas” (Novos Baianos)


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“Eu vou assim e venho assim"

Eu tô podre. Podre, podre, podre. Não tenho voz, uma rouquidão absurda - mas disseram que tá sexy (?!?). Estou cansada, muito. Meu corpo TODO dói. Mas continuo no pique. Tanta coisa acontecendo, não dá vontade de perder nada. Está sendo maravilhoso.

Quando acabar tudo, preciso de descanso. E de uma massagem. Profissional.

(E só estou escrevendo tudo isso porque pedi arrego. Dormi. Fiquei em casa. Tentei botar as idéias em ordem. Sem muito sucesso. Me conectando com o resto do mundo. Ia na PUC à tarde, mas perdi meu crachá de imprensa, no meio da bagunça. Acabo de achar, assim, meio que por acaso. Valeu São Longuinho. Tudo tem sua razão de ser.)

“Só mesmo assim, só mesmo assim, assim. Um dia assim, um dia assado.” (Novos Baianos)


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A menina dança... até o sol raiar...

Já que isso ainda é um diário, e já que eu ando meio incomunicável, e já que tá rolando o fórum, e já que alguém de vocês possa estar com saudades, acho que vale a pena contar o que tá rolando por aqui.

O Fórum segue. Estamos trabalhando MUITO no documentário. A galera é muito legal e rola uma troca massa de idéias e impressões. Temos um roteiro, mas as coisas acontecem meio à base da intuição, às vezes (mas tudo tem dado certo até agora). Só que tem sido realmente cansativo, pra todo mundo. No primeiro dia, acompanhei toda a passeata de abertura. Muito legal. Situações inusitadíssimas. No segundo, resolvi só assuntos burocráticos de produtora executiva, na PUC, que é o centro nervoso do Fórum, onde quase tudo acontece.

A idéia do filme é fazer um recorte sobre o FSM, muitas imagens e depoimentos. Estamos tentando pegar algumas figuras interessantes/importantes, como o Galleano, o Augusto Boal, e o Capra. Fora isso, são depoimentos sobre algumas questões (com dos israelenses e palestinos, da proibição de participação de grupos armados, como as FARC) e de participantes do Fórum: o que eles vieram fazer aqui, o que viram/viveram, o que trouxeram, o que estão levando para os seus locais de origem, se um outro mundo é (mesmo) possível e o que se pode fazer para isso...Ontem, passei o dia entrevistando pessoas. Muitas figuras interessantes. Massa mesmo.

Me esbaldei de felicidade, no show do Bem Jor. Só de felicidade, porque, a essas alturas do campeonato, tenho maneirado no trago. A última bebedeira monumental foi na festa de encerramento do COBRECOS, que, diga-se, foi uma SBÓRNIA! Babilônica. Mas eu me abstenho de fazer qualquer comentário, até porque... deixa pra lá. Mas eu diria que, se alguém gritasse “todo mundo nu!”, a babaceira seria completa. Ainda bem que ainda sobra um pouquinho (beeeemmm pouquinho) de bom senso nessa gente.

(o mal é da geração, o mal é da geração. e me pergunto: é possível? acho que é, mas vai demorar ainda)

Vi o LuLa na sexta. Foi lindo. Quer dizer, já começa a ser meio repetitivo, ele diz sempre as mesmas coisas, mas sempre é lindo. Ainda mais aqui, agora, Fórum, o mundo inteiro vendo, Anfiteatro Por do Sol lotado.

E, na seqüência, ainda rolou um Tchu-tchu-á Social Mundial. Toda a galera do COBRECOS ali. No show também. Momento meio histórico da Comunicação. Os dinossauros da ENECOS, inclusive, estavam quase todos lá (Fil, Rodrigão, Sivaldo, Oona, Carol, Raquel Bragato, Luciana, Adriano, Tonho, Lúcio... e mais uma porrada de gente que não lembro) + a new generation (nova diretoria e povo em geral, que ficou pro Fórum).

O Acampamento da Juventude da Marcílio Dias tá um caos, mas tudo funcionando perfeitamente também, como não poderia deixar de ser. Esses dias houve um vazamento na descarga, que só será consertada amanhã. E eu quase enlouqueço. Não acho nada meu, tá uma bagunça sem fim, o povo dorme em qualquer lugar que encontra pela frente, mas vou morrer de saudades de cada um, quando isso tudo acabar.

Vou sentir saudades da casa sempre cheia, de chegar em casa e ter alguém tomando uma catuaba ou chegar e não ter ninguém e eu desmaiar, por duas horas, na cama, como aconteceu em algum desses dias... de sempre ter que dividir minha cama com alguém, por excesso de lotação (esses dias dormiram 8! não há como negar abrigo), das conversas intermináveis, do telefone tocando sem parar, das muitas roupas e toalhas penduradas pela casa...

Ontem cheguei em casa e dei de cara com um ANARQUISTA MEXICANO na sala, lendo jornal. Teto. Mas tudo na buena. Em cima do guarda-roupa há um vestido de novia, de um casal argentino muito gente boa, que percorre o mundo há anos e agora volta para Córdoba, para um ritual de casamento. Lindos os dois. Conversando com eles, aqui na sala, descobri que passaram um mês em Palmeira dos Índios (cidade que fui criada e vivi minha vida quase toda, no interior das Alagoas), trabalhando junto com a tribo dos Xucuru Cariri. Dá pra acreditar nisso? Esse mundo é mesmo muito louco.

Tenho ido aos shows e ao Acampamento da Juventude oficial. Mais nas noites. Até porque as reuniões do documentário estão sendo lá. Muitas coisas. Loucura total. Pessoas de todos os tipos, festas e assemelhados.

De pensar que ano que vem não tem de novo... Índia 2004. PoA 2005, talvez.

Só mais um dia pela frente. Aproveitarei.


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quarta-feira, janeiro 22, 2003

“O movimento é séquisse, séquisse, séquisse...” (eu ritmo de funk. ou seria charme?)

E pra quem tem curiosidade de saber como anda o MOVIMENTO (MECOM, ENECOS), eu digo: consultem assistência técnica autorizada. Não sou mais estudante. Eu sou EMPRESÁRIA. E ainda TRABALHO (e como e durmo, vez que outra). Vou às festas. Vendo cerveja. Canto, danço e represento, quando convém. Mas pra não dizer que não falei das flores: eles ainda discutem o estatuto e votam o regimento interno...

E agora resolveram que não tem mais ENECOM. Bandiputo incompetente. Outro dia teve uma plenária que começou à noite e só terminou às 8h da manhã do dia seguinte. Eles ficam dando voltas em torno do próprio eixo e discutindo o sexo dos anjos, como sempre fizeram. Só que agora, parece que piorou. Agora resolveram discutir o “projeto político do Enecom”, ora vejam, e acho que isso dura muito até que os novos povos da comunicação ressuscitem o encontro.

Eu não acredito na nova geração.


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Nota oficial

Acampamento da juventude na Marcílio Dias. Muitas gentes nessa casa, muitos sotaques e idéias. O Fórum Social Mundial (FSM) começa mesmo amanhã, mas pra mim, começou segunda-feira, quando o povo começou a chegar, em bando, junto com o temporal fenomenal.

Enquanto isso, o Cobrecos seguia. Mas só até hoje à noite. Super bailão no Gê Powers. Dias cansativos, intensos, meio confusos. Sem mais tchu-tchu-á. Cansei do tchu-tchu-á. E também de vender cerveja. Mas muita, muita INSANIDADE.

Do Fórum, participo, como produtora, de um documentário (sobre o próprio) com um pessoal da comunicação de BH, Salvador e São Paulo. Projeto legal com pessoas legais, que eu não conhecia e que já estão aqui. A mil.

Minha casa está realmente cheia de gente. Quem não é hóspede, é visita, que aparece para a pernoite ou pra bater um papo com a juventude. Pessoas vindas para o Fórum. Algumas eu nem conhecia, amigos de amigos, outras da comunicação, que aproveitaram para vir ao Cobrecos + o Sivaldo, irmanzão. Teve um dia que a lotação da pernoite chegou a 7 pessoas. E quem conhece o quão pequena é minha casa, sabe que isso é equivalente a: uma galera! Mas tudo massa.

Estão sendo dias muito legais e intensos. E cansativos um tantão. Acho que não aparecerei por aqui por esses dias. Mas, se rolar, coloco alguma coisa sobre o Fórum. Se não der, não deu.

(Rouquidão e pouco sono. Algumas escoriações, porque ando mais atrapalhada que sempre. Prometo sobreviver.)

Vai ser bom. E algo muda quando acabar.


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(Amigos muitos. Matar saudades. Coisas que acontecem. Como assim? Assim)

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sábado, janeiro 18, 2003

Ah, esqueci: "A lagartixa! Na parede!"

lml

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Videogamesongs

“às vezes eu acho que o mundo é uma cabeça e que nós estamos dentro de uma cabeça que nos sonha” (EDDIE)


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Especialistas analisam e sentenciam

Deixa ser. Como será quando a gente se encontrar? No pé, o céu de um parque a nos testemunhar. Deixa ser como será. Eu vou sem me preocupar. E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar... (L.H.)


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Eu diria que

rap + vanerão + amigo punk + amigo punk em ritmo de reggae + bis de amigo punk + osama song + tchu-tchu-á = perfeito caos, diversão garantida e pagação de vale. certo.

...

E parece que, à medida que os dias passam, as noites vão ficando mais divertidas.

...

Às vezes me sinto incrivelmente fabicana.

...

Ainda há resquícios das minhas tatuagens feitas com permantent marker (cap after use!). Espero não contrair um câncer por causa disso.

...

Muito axé.

...

Eles estão TODOS loucos. E surdos.

...

muitas, mas muitas, mas muitas, mas muitas coisas.

...

Gaúcho não come mel. Come a abelha. (eu sei não disso aí. quero ver na hora da ferroada)

...

Pega a vara e faz uma chula, que eu quero ver.

...

“Eu vou andar de trem, você também. Só falta comprar a passagem do velho trem. Passagem do velho trem, do velho trem. Parou! Mãozinha pra frente. A outra também. Tchu-tchu-á, tchu-tchu-á, tchu-tchu-á, chá-chá. Eu vou andar de trem...”

VAI!

...

“No, woman no cry... Bem que eu me lembro da gente sentado ali, na praça do aterro sob o céu, ob-observando estrelas...”

...

LOS HERMANOS é absolutamente MUITO MASSA. Mas isso nem precisava estar aqui, porque é o óbvio.


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sexta-feira, janeiro 17, 2003

Jo-jou the Clown

Eu tenho certeza: me arruma um nariz de palhaço, que eu viro clown. Na hora. Se Mimix não abrir, muitos planos pra dupla La Máxima em 2003. E ainda tem a Bina dizendo que quer que eu faça uma participação no Vão. Tá doida, essa bailarina. Jo soi BUFFOONES! O Vão é coisa séria. Não vamos avacalhar.


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Coquetel

E ainda tiveram uns loucos não-sei-de-onde que levaram um (ou uma?) espumante e ofereceram pra nós, do bar. Brindamos 2003. Foi realmente lindo. Como eu adoro esse povo da comunicação.


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Ôxe!

Foi muito engraçado. A Lu tava conversando com um cara, eu cheguei perto e me integrei na conversa. Ficamos um tempo falando de Porto Alegre e bababa, daí olho o crachá: Gustavo Acioli – UFAL. Eu: “ei! Eu sou da Ufal! Você conhece a Erika?!?”. Ao que ele responde com outra pergunta: “você é a Joelma?!?”. Massa demais. Nem preciso dizer o quanto a gente falou sobre 1) Alagoas 2) Brasil 3) Comunicação
4) Pessoas tantas, queridas, conhecidos em comum 5) Causos... Figura muito massa mesmo. E com planos de vir morar em PoA esse ano, pra fazer mestrado. E ainda socializou dois tubos de umas coisas alcoólicas, made in Bahia: Cravinho e outro troço power que, sinceramente, não lembro o nome, mas que parecia, levemente, Pau do Índio... Catuaba na veia!


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Um Cobrecos

Arrumei uma função massa: eu sou apoio do Apoio. E ajudo a galera a vender cerveja, no bar. Eu nunca havia feito isso e creio que tô adorando. É o melhor lugar da festa: você conhece todo mundo, se diverte, ainda tomas uns traguinhos e dá umas bandas providenciais de vez em quando. Ah, e a galera do bar ainda é animadassa: ninguém dorme, ninguém fica parado, só no arrasta pé. Animação totalis. Goxtei da brincadeira. Cold hands, cold hands!

Os alquimistas estão chegando...

Eu devia estar muito bêbada quando tocaram Amigo Punk e o povo gaudério + agregados (eu), berrava, na beira do palco. Até o Cassol (!) subiu no palco e cantou o hino junkie de Porto Alegre. Por deus! E o tchu-tchu-á foi dos mais tortos... Mas como tem sido divertidas essas noites. Com direito até a alma sebosa num corpinho bonito, no fim da noite, querido diário. Acho que ele falou algo do tipo “tô te querendo”. E eu teria dado muita risada se tivesse um pouquinho mais sóbria, àquelas alturas. Ainda bem que a carona chegou em hora providencial. Ufa. Acho as coisas voltam ao (a)normal por aqui, em breve. Só não sei quando.

EVERYBODY: é tchu-tchu-á, é tchu-tchu-á, é tchu-tchu-á, chá-chá!
(vai ter tchu-tchu-á todo dia, agora, até quarta-feira. vão se acostumando)


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quinta-feira, janeiro 16, 2003

There’s no TIME

dias muito agitados. espero manter isso aqui com o mínimo de lógica possível para o entendimento de quem não está por perto. eu só posso dizer agora que: 1) o cobrecos começou e, pelo primeiro dia, já dá pra dizer que: o cobrecos começou. 2) domingo chegam muitas pessoas aqui em casa. na verdade só quatro, mas quem conhece minha casa sabe do que estou falando. alguém terá de dormir na cozinha. ou fazer algum tipo de rodízio. mas vai ser massa. 3) pré-fórum. será lindo. e cansativo. 4) eu prometo sobreviver. mas depois disso tudo, precisarei de praia. aceitarei convites. serve xangri-lá.

agora, todo mundo: é tchu-tchu-á, é tchu-tchu-á, é tchu-tchu-á, chá-chá! depois eu juro que explico isso. mas eu só posso dizer para os old ganeration das quebradas da comunicação que: berequetê morreu. as pessoas não sabem nem o que é isso (me sinto uma lenda viva, certas horas). e deu lugar ao tchu-tchu-á. que mantém a mesma linha lúdica e é engraçado pra caralhos. e totalmente sem noção e fora da casinha. ou seja: tchu-tchu-á é lindo.

(está tocando “Gatinha Manhosa” na Continental. a versão do léo jaime, claro. e o cacófato foi muito proposital e pertinente. ou nem tanto. minha mãe me contou que quando ela era adolescente, a tchurma chamava ela de gatinha manhosa. eu posso com isso?)

.....

subconsciente é uma coisa que não se deve levar muito em conta na hora de avaliar sua sanidade mental. vão por mim. não tentem entender os sonhos que se tem dormindo. depois de hoje, eu desisto. e não vou contar nem ¼ dos meus sonhos porque periga alguém pensar que o meu caso só com internação.


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"run, rabbit run, dig that hole, forget the sun"

eu riscaria todo o post abaixo e deixaria só a letra do smashing pumpikns. mas agora é tarde. porque, no fundo, eu acho mesmo é estão todos certos. eu é que não sei viver direito vez que outra quase sempre. e cheguei a essa conclusão por motivos completamente outros dos quais (do que, pra ser exata) me fez postar aquilo ali. confuso, não? pois vai continuar confuso. me dêem umas porradas de vez em quando. acho que mereço. santa abextação. mas de leve. e pouquinho.


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quarta-feira, janeiro 15, 2003

“Quero milhões de amigos, quero irmãos e irmãs...”

É difícil se relacionar com as pessoas vezenquando. Ser humano, ô bicho complicado. Eu não tenho culpa de não agir exatamente igual às pessoas em volta, aos amigos(as). Agora muda alguma coisa. Porque, de certa forma, terei que começar a agir, em determinadas situações, da forma que eles esperam que uma “amiga de verdade” aja. Credo cruzes. Se é para o bem estar de todos... Senso comum sucks. O que não tem nada a ver com bom senso. Ou tem. Mas ah! E eu sei que não preciso provar nada pra ninguém, mas tô cansada de atritos por tão pouco. Poupar-me-ei.

“We’ll crucify the insincere tonight
We’ll make things right, we’ll fell it all tonight
(…)
Believe in me as I believe in you tonight”



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Muzzle muzzle muzzle

Que coisa mais doida. O meu vizinho de cima está tocando (e ouvindo e cantando tudo junto) Teatro dos Vampiros (pela milionésima vez, desde a semana passado); o do lado ouve Marilyn Manson; e a outra de cima, Madredeus. Assim, tudo junto. Eu fico aqui no meio, rezando pra Santo Expedito. E não ouço nada, nada, nada, além do som desse teclado. Vixe credo.

(ele acaba de derrubar o violão, causando grande barulho. e comoção, da minha parte. será isso um sinal? vou botar um smashing pumpkins)

"despite all my rage I'm still just a rat in a cage(...) and I still believe that I cannot be saved"

yeah!

(aliás, tá todo mundo meio doido nesse prédio hoje. eu continuo flutuando. e isso sim é meio esquisito.)

"I disconnect the me in me"


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Wiccas

Eu li hoje na ZH (vejam só que eu ainda assino isso) sobre o Planeta Fêmea, que acontece durante o FSM. Diz lá que dentre as atividades, está programado um sabá (sic!), coordenado por bruxas (sic!), com direito a fogueira, na margem do Guaíba.

Irei. Mas certo.


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.::Informe X Cobrecos Especial Programação Cultural::.

Este ano, com o intuito de dar um maior embasamento às discussões políticas do congresso, a programação cultural do X Cobrecos tem como proposta servir como uma extensão dos GEs e GTs, assim como de todas as outras discussões pertinentes ao congresso. Por isso, além das atividades por nós propostas, sugerimos que todos os participantes do Cobrecos interajam na programação cultural, colaborando com idéias, intervenções musicais, artísticas e culturais ou simplesmente como espectador. Neste ano, a programação cultural se realizará das 23h às 2h da manhã. Confira abaixo algumas das atrações do X Cobrecos.

.::Dia 15 / 01 (quarta-feira) – Luau

Nesta noite, animando o luau, teremos a apresentação da dupla Paraticudum, formada por violão e percussão. Todos aqueles que quiserem participar, com seus instrumentos ou de qualquer outra forma, estão convidados, é só chegar.

.::Dia 16 / 01 (quinta-feira) – Mostra de intervenções teatrais e banda Percurtindo

Noite dedicada a intervenções teatrais, musicais e de dança, como por exemplo, a apresentação do Projeto Vão, misto de dança e teatro, com texto sobre a vida das lavadeiras nordestinas.

A banda Percurtindo passeia por diversos ritmos brasileiros através dos instrumentos de percussão, fazendo viagens inusitadas como blues no berimbau.

.::Dia 17 / 01 (sexta-feira) – Rap com a banda Alvos do Sistema e baile nativista gaúcho

A banda Alvos do Sistema é uma das mais atuantes no cenário hip hop porto-alegrense. Foi vencedora de uma das etapas do festival de música de Porto Alegre. Em sua formação, além do dj e mc’s, fazem parte também percussão e naipe de metais.

Após a apresentação da banda de rap, que contará com a participação de um autêntico trovador gaúcho (espécie de repentista do sul), teremos um tradicional baile nativista gaúcho, ao som das músicas tradicionais do RS. Para ralar coxa.

.::Dia 18 / 01 (sábado) – Festa Externa com a banda Serrote Preto

Na noite de sábado, teremos a primeira festa externa do Cobrecos, no Manara Bar, tradicional danceteria de Porto Alegre. Para animar a festa, a banda Serrote Preto, que vem despontando no cenário musical gaúcho com seu misto de música gaúcha, milonga, afoxé, baião e samba, fazendo assim, uma alegre gafieira de terreiro.

Obs.: Para essa festa, o horário excepcionalmente será diferenciado, para um maior aproveitamento da confraternização.

.::Dia 19 / 01 (domingo) – Mostra de Vídeos Estudantis

Espaço reservado para a mostra de vídeos produzidos por estudantes de todo o país.

.::Dia 20 / 01 (segunda-feira) – A cultura negra do Rio Grande do Sul

Apresentaremos, nessa noite, a única manifestação negra de raiz nascida no RS ainda existente, o maçambique. Oriundos do município de Osório, no litoral norte do estado, os dois grupos que se apresentarão são o grupo folclórico Maçambiques, o único e último do Estado, e a Tribo Maçambiqueira, que mistura ao maçambique outros elementos como o samba.

.::Dia 21 / 01 (terça-feira) – Sarau poético

Espaço para apresentação de poesias, intervenções musicais e causos, dentre outras manifestações artísticas.

.::Dia 22 / 01 (quarta-feira) – Festa Externa Batuquesambasoulfunk

A segunda festa externa do Cobrecos será realizada na mesma discoteca (Gê Powers) onde foram feitas as festas pré-cobrecos, para a arrecadação de fundos para a realização do congressso, ao som do que há de melhor da black music brasileira e mundial.


.::e +

Exposições de arte

Feira cultural - A feira cultural será realizada nos dias 16, 17 e 18 de janeiro, sempre no turno da tarde.

Intervenções das regionais – Próximo ao que vem acontecendo nos últimos Enecoms, neste ano estamos dedicando espaço para intervenções artísticas e culturais a todos os participantes do X Cobrecos.


Obs.: Para as festas externas, será cobrado o valor de ingresso de 2 pilas. Disponibilizaremos também ônibus para o translado até os locais das festas.

Obs2.: Programação sujeita a alteração

Obs3: Toda a programação, com exceção das festas externas, acontecem no INSTITUTO DE EDUCAÇÃO.

...

Estará-la-ei.

Ah, COBRECOS: Congresso Brasileiro de Estudantes de Comunicação


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Jojo and Frank and Rose

Eu realmente fiquei triste e me identifiquei com a história do pobre papagaio suicida da Paulíssima. Pobre Jojo. Ah, Jojos... Mas só por ontem. Porque eu não quero mais. Agora, só alegria. E alguma, ou muita, festa. Festejem, que essa é a hora. Façam todo o barulho que puderem. Assim mesmo, plagiando, sem qualquer pudor, Eddie. É dia de folia. Pobres bichos. Meio elefante. Só por ontem. Anteontem. Sei lá talvez. Sem muita noção de tempo/espaço agora. Só por agora. Flutuando. E isso é bom.


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A Chinelagem Fabicana

Eu sou chinelona, sim. Edaê?

(dançar e rir, assim, tudo junto. o segredo da juventude eterna e, quiçá, da felicidade)


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Diga seu nome e a cidade de onde está falando. Tan-rã.

A Ladie e o Cucas reclamaram da mensagem da minha secretária eletrônica: “troca isso, parece que tu tá morrendo”. Tava mesmo. Mas nem me dei conta. Por acaso, lembro que na última gravação eu estava bem doente. Já troquei. E vou num pique que, quem puder, que me alcance. Mas isso tudo é um saco. Isso de secretária eletrônica.


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segunda-feira, janeiro 13, 2003

Ando tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz dar porrada em quem, ou o que, estiver do lado.

Por pura INÉRCIA. Acho que mo... De inanição, de inquietação, de depressão, e tantos ãos. E o telefone toca, toca, toca. Mas não é NINGUÉM. Preguiça. De viver, de fazer, de correr. Abrir um buraco na parede e. Sumir. Simples. Assim.

E agora eu lembrei de uma coisinha que eu podia muito bem esquecer: Avoid. A começar pelo nome. Avoid, cara, avoid.

Shit love, I´m still alive. Judged memories... Contradiction total. De olhos vendados. De chorar no cantinho.

...

Definitivamente.

...

Hoje eu durmo.

...

senão eu mo...


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Fuga número dois

Madrugada. Faz frio e ele caminha pela rua, àquela hora, deserta. Um bêbado no caminho. É abordado por dois punks que lhe pedem cigarros, mas o cigarro acabou, assim como o dinheiro e qualquer vontade. Dá de ombros. Sem cigarro, continua. Passo firme, cabeça erguida e pé na lama. Uma poça no meio do caminho, da chuva que caiu até poucas horas atrás.

- Droga – é só o que consegue pronunciar. Sem raiva. Seco. Baixinho. Tão humilde que parecia um elogio polido.

Sozinho, andando em linha reta, na noite fria de céu estrelado. Até chegar em frente ao prédio.

Abre o portão. Sobe as escadas. Elevador não, tão pertinho. Ele segue. Firme. Mas, vendo assim, de longe, parece tenso.

Apartamento 201. Tira o molho de chaves do bolso. São tantas, de tantas formas, pesos e tamanhos. O barulho quebra o silêncio do corredor branco e frio. Mas ninguém parece ouvir. Não são pessoas. São fantasmas, espectros. São cadáveres. Putrefatos. Todos.

Cessa tudo. Abre a porta, sem fazer mais qualquer ruído. Aquela sala. Aqueles móveis. Aquelas paredes. Tanta vida que se esvaía. Daqui a pouco tudo seria tão distante. Entra no quarto onde o outro dorme.

- Estou indo embora – fala, enquanto arruma a mochila, iluminado apenas pela luz da lua, que entra pela janela. Estaria cheia? Uma calça, três camisas, a escova de dentes, alguns poucos livros. – Estou indo embora – pega o blusão. – Estou indo embora, porra! – Grita. Mas o outro não acorda, não se mexe, não se move. Não ouve.

Faz o caminho inverso, lentamente. Mas já não olha a parede, os móveis. Já não pensa que possa haver qualquer vida. Vida não há. O mesmo corredor frio. As velhas portas. Todas fechadas. O disjuntor desliga a luz do corredor ao mesmo tempo em que bate o portão da rua.

Mesmo caminho de volta. A mesma madrugada fria, o mesmo bêbado na calçada. Os bolsos vazios e o céu estrelado. Nuvem também não há. Já não deve chover mais. E ele indo, passo firme, cabeça erguida e, agora, uma mochila nas costas. Dessa vez tem cuidado com a poça de lama.

Pára em frente ao mesmo bar, o de sempre. Entra. Nenhum conhecido, só um velho boêmio na mesa do fundo. Sai, sem se fazer notar ou tomar um trago. Sem se aquecer do frio. Daquele vento frio que parecia agora varrer tudo. Querer arrancar as árvores, mas sem força para tal.

- Estou indo embora – balbucia pra si mesmo. Sem olhar pra trás.

E continua andando. Até desaparecer na madrugada.

.......

Dia 13. Último dia de inscrição na Oficina de Criação Literária do Assis Brasil. Tinha meus 3 contos prontos e a idéia de me inscrever, desde uns meses atrás. Mas não me inscrevi. Desisti. Simples assim. Ah, sei lá. Tantas coisas. Faltou disposição na reta final. 2003. Não sei o que será, o que virá, no que vai dar. Faltou disposição e vontade mesmo de enfrentar um ano inteiro de maratona. Um grande QUE SE FODA. Não sei se quero. Escrever, brincar de ser escritora. Que se foda.

(me sinto meio como o personagem da história acima. história sem sentido ou propósito começo meio ou fim. que não diz nada com coisa nenhuma. indo embora pra lugar algum na madrugada. fugindo de alguma coisa que nem mesmo eu, que o criei, sabe. espero que ele saiba. meus papéis não valem muito, não valem nada. meio blasè vezenquando.)



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domingo, janeiro 12, 2003

é quase dia. de novo. ó ceus!

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O clima será de muito otimismo, sensualidade e prazer.

Eu adoro o horóscopo Marie Clair. Eles são sempre tão otimistas. Puxa.


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Final de semana Continental FM

“Moreno alto, bonito e sensual
Talvez eu seja a solução do seu problema
Carinhoso, bom nível social
Inteligente e à disposição
Prum relacionamento íntimo e discreto
Realize seu sonho sexual
Pra qualquer tipo de transação
Sem compromisso emocional, só financeiro.
E o endereço pra comunicação: na caixa postal do amante profissional.
Amor sem preconceito
Sigilo total, sexy total, amante profissional”

É uma pérola atrás da outra, mas essa do Amante Profissional é clássica demais. Será que ele entende alguma coisa de rejuntes e chaleiras elétricas? Hum...

(putz, acabei de lembrar que tô falida. grandes merdas)

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Um post especial, para o Sanfer

“Como uma deusa você me mantém e as coisas que você me diz, me levam além. Tão perto das lendas, tão longe do fim, a fim de dividir, do fundo do prazer, o amor e o podeeeer”

Não tinha como não colocar isso aqui, r. (risos). Muito massa mesmo. A noite, as muitas cervejas, as conversas. Já comentei por lá, mas não custa repetir: é muito bom ver o virtual se transformar em real. E tu é uma figura realmente muito massa e especial. :*


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Um esquemão deeeeste tamanho. Ou Um presente bem inusitado. Ou O ano vai ser bom

Vocês lembram daquela história do tio Pedrinho, que me deu (dará) de presente de natal de 2003 uma PIÇA DESTE TAMANHO? A Mi reclamou nos comments que queria também e tal.

Eis que Sabin, o insano, solidário com a causa feminina, me manda isso aqui.

Espere carregar e "esfregue" o mouse naquela coisa azul esquisita no canto esquerdo da tela.

Depois dá - o link - pra quem mais quiser.


Dei. E, realmente, Sabin, serviu. Ô. Pra dar muita risada e antecipar o natal de algumas pessoas.

Mui gentis alguns moninos.


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A resistência

Foi trocada. Me liga o Umberto na quinta: "Jô, tô passando aí pra trocar tua resistência". Como prometido, ano passado, a Aline me emprestou o marido dela pra fazer tal serviço. Coisas de irmãs de ketchup. Muitos tenquis Aline e Umberto, casal sensacional. Agora já tenho banho morno de novo (quando já estava me acostumando com o frio).

Semana passada eu tentei trocar, mas não consegui nem abrir a droga do chuveiro pra encontrar o lugar certo. Tsc, tsc, tsc. Como faz falta um homem em casa numa hora dessas. Trocar resistência, botijão de gás, lâmpada queimada, furar parede com furadeira...

Agora a descarga está com um vazamento estranho, a síndica me pediu pra rejuntar o box do banheiro e minha chaleira elétrica está com mal contato. Ó vida!


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sexta-feira, janeiro 10, 2003

TODOS OS POSTS DESTA DATA FORAM COMETIDOS POR CAUSA DE: A) A INSÔNIA. B) ALGUMA ANSIEDADE.

Sim, isso aqui é um diário. Sim, eu sou uma adolescente. Não, tu não precisa ler NADA disso. Abstraiam essa data. Esqueçam. Vão embora. Tem coisa melhor pra se fazer por outros sítios, por outras praças, por outras plagas. Me deixem só, só por hoje. Só pelo dia de hoje. Um dia longo, cheio e cansativo. Será bom no final. I hope so.

(é, eu aumentei o tamanho da fonte aqui. acho que tá melhor agora. mas queria mudar todo esse template porque eu já tô de saco cheio disso aqui. precisarei de assessoria técnica muito em breve.)

é quase dia...


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Mama mia

Ontem foi aniversário da minha mãe. E eu esqueci. Esqueci. Esqueci. Esqueci. Simples assim. Tipo que ontem foi um dia louco. Em nenhum momento do dia eu me liguei que era dia 9. Eu já estava na cama, me preparando pra dormir e lendo vários cadernos de cultura da ZH, que eu não consigo ler tudo no sábado e vou deixando, quando vejo tenho vários cadernos... Lendo sobre o livro de correspondências do Caio Fernando Abreu, que seria lançado dia 7, que é aniversário da minha tia, bateu um pânico de “putz, que dia é hoje?”. Já era 1.30h. Liguei. Menti pra ela, disse que passei o dia inteiro lembrando, mas tinha esquecido de ligar só. Ela acreditou. Porque eu acho que seria, no mínimo, decepcionante pra ela eu dizer que não tinha lembrado ou que não tinha me ligado, enfim.

A gente conversou MUITO. Como eu adoro a minha mãe. E como a nossa relação é meio louca. Hoje somos mesmo muito amigas, mas a gente só conseguiu chegar a esse ponto porque eu saí de casa. Louco isso, mas é verdade. Ela sempre foi a pessoa maravilhosa e fantástica que é, mas desde a minha adolescência que a gente não conseguia se entender direito. A gente vivia em desacordo, em tudo. Ela, capricorniana, sempre cri-cri, não me poupava de nada. Vivia me dizendo que eu era desleixada, desorganizada e tudo quanto é ada. Me sentia culpada por existir, me sentia culpada por tudo. Queria sempre sumir. Mesmo quando fui pra faculdade e passamos os quatro anos sem viver na mesma casa, era sempre foda. Era falar por telefone e eu sempre terminava batendo portas e chorando, de raiva. Sempre. Porque ela nunca dava o braço a torcer, mesmo estando errada.

Na hora que eu resolvi vir pra cá, ela foi a primeira que me defendeu, que me deu a maior força, embora todas as tias e o resto da família fosse contra. Ela e o meu pai, os dois foram os únicos que disseram “vai”.

Nesses 3 anos e meio longe, a nossa relação mudou completamente. Eu me culpo só por ligar menos do que deveria. Hoje somos cúmplices e parceiras de uma forma que eu nunca imaginei. E a nossa conversa na madrugada de hoje foi maravilhosa. Eu queria escrever um monte de coisas aqui sobre o que a gente conversou, mas não daria pra simplificar. Só posso dizer que amo muito ela. Até de VÊNUS e do PODER DE AFRODITE a gente falou!

Ela é a pessoa que mais me quer bem no mundo, que mais torce por mim e pela minha felicidade. Não importa o que eu faça, como faça, o que importa é eu estar bem, estar feliz, estar em paz. Ela não existe.

É inegável que nesse tempo ela mudou. E muito. Minha mãe é outra mulher, muito mais desencanada com a vida. Muito mais leve, menos exigente com os outros e com ela mesma.

Ela me lembrou, no meio da conversa, que eu tenho 26. Mas eu disse pra ela que eu tenho 20. Porque é assim que eu me sinto. Eu me sinto uma adolescente, quase sempre. E esse papo de eu ser uma adolescente rendeu os minutos mais divertidos da conversa. Eu perdi completamente a noção e viajei horrores. E ela embalou no papo. Ela me lembrou que quando eu era mais nova (quando ELA tinha 40), eu dizia que não queria chegar aos 40 porque eu seria uma velha e não teria mais razão pra viver. Ela perguntou se eu ainda achava isso. Disse que agora eu pretendo morrer aos 60 (muitos risos)...

Muitas coisas mais que eu ficaria escrevendo aqui. Porque são mais de 4 da manhã e tenho uma insônia filha da puta. E é estranho isso que alguém leia isso. Porque esse post não interessa a ninguém e eu continuo escrevendo. E espero que todos tenham se ligado nisso desde o início e tenham desistido, caso tencionassem faze-lo.

Tantas coisas mais tenho pra conversar com ela. Curiosidades. Saber ainda mais sobre ela, sobre a juventude dela, sobre meu nascimento, minha infância. Lembranças. Hoje, pela primeira vez na vida, eu queria estar bem perto dela, conviver mais com ela, conversar mais, contar coisas, ouvir. Mas não dá. Porque não quero voltar, nem ela aqui faria algum sentido. Pena que interurbano é tão caro. Por sorte ela também dorme tarde. Ligarei mais esse ano (e à cobrar). Eu prometo. Por ela. Por mim.

....

Depois da conversa, eu tava numa pilha indescritível. E fui ler Caio Fernando Abreu.

Puta que o pariu, como eu amo esse homem. Eu queria escrever como ele. Eu leio e releio o Morangos Mofados emprestado da Rafa (te devolvo, Rafinha, te devolvo). Sei de cor, salteado e de trás pra frente. O Além do Ponto, então, tnt na veia. Como eu adoro esse conto e todos os outros. Os Sobreviventes. O Dia que Júpiter Encontrou Saturno. Pela Passagem de Uma Grande Dor. Luz e Sombra. Natureza Viva. O Dia que Urano Entrou em Escorpião... Puta merda. Puta merda. Tantas coisas. Mas um post sobre o Caio F., ou sobre o Morangos Mofados, fica pra outra hora, outro dia, ou noite insone.


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RECADO PRA MIMIX:

Eu vou continuar falando de ARAMBARÉ PAPARÁ-PAPARÁ, sim. Porque sim. Porque foi muito especial pra mim e tu sabe disso. Não reclama, tchê.


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“Acordem crianças e criem o inferno. Acordem e criem o inferno em seus quintais. Façam todo o barulho que puderem. FESTEJEM! Essa é a hora!” (EDDIE)

SAMBA!

“Aí, meu brother Sérgio, a vida não tá fácil. E eu que não tenho cor, ando de trajes negros.” (Wado)


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To get out! To get out!

Um copo de cólera um gole de dor
Uma tristeza, um ai meu deus, eu não sofro mais
Óbito nos olhos, pararundê-rom.

(Wado)


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"A coisa mais linda do mundo, toda de amarelo, que coisa linda..."

Definitivamente, ouvir Wado e Marcelo Jah, assim, alternado, me faz sentir muito feliz. E sentir vontade de parar de lembrar. De esperar pelo que vem. Que tá vindo, tá chegando... Sem medo algum. Algumas expectativas, talvez. Mas não muitas. O que virá?

"Teu sorriso caliente, os teus abraços quentes, o teu olhar me faz ficar ausente, tua simpatia me faz mostrar os dentes. É pra você que eu canto: ô coisa linda de meu deus " (Alvinho, A coisa mais linda do mundo, in O Manifesto da Arte Periférica, Wado)


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Ode às Alagoas

Um pandeiro, um assovio e:

Mesma formação de pedra, ô minha nega, mesma formação de pedra.
Da praia da sereia à Ponta Verde
Da Ponta Verde ao Francês
Do Francês à barra de São Miguel
Pontal de Coruripe, era uma vez
A piscina do mar, Maceió, piscina do mar
Mesma formação de pedra, ô minha nega, mesma formação de pedra, oia a mema.
Japaratinga, Maragogi, Jequiá, Paripueira
Na Ilha da Croa, amar, amor pra amar a vida inteira
A piscina do mar, Maceió, piscina do Mar

(Marcelo Jah, in Piscina do Mar)

Dá saudade sim. Ás vezes. Muitas vezes. Mas o que foi vivido já foi. Passou. E agora estou aqui. Vontade de estar lá, na linha que cerca o mar, às vezes. E às vezes, “às vezes, o corpo anda sem alma, explode vermelho pra todos os lados” (Wado/Ball). Tão nostálgica, às vezes. Mas passou.


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Cinzamarelo

Às vezes sou tão feliz. Assim, sem motivo algum...

Eu tive um sonho cinzamarelo, não queria acordar
Eu tive um sonho cinzamarelo, vou voltar pra lá e vou pra ficar
Eu lembro da paz em meu peito, lembro do amor no ar
E levar as pessoas prum lugar feliz que sempre se quis
E lá só paparapá, paparapá, paparapá
No Vale de Lua, vi o sol nascer e sorri
Ele disse “meu filho, tudo é seu aqui, é só ser feliz”
E lá só paparapá, paparapá, paparapá

(Marcelo Jah, in Cinzamarelo)

(essa música me lembra, agora, Arambaré. Tenho que voltar naquele lugar. Lembrei do nosso estandarte. Lembrei de tanta coisa. Lembrei que segurei o estandarte enquanto cantava “Baião de Dois”, naquela tarde mágica - como todas as tardes, noites e manhãs - do dia 31 de dezembro. A rodar e rodar e quase cair no chão. E agora vivo. Nosso Jah, pessoa querida, tá certo: “ser feliz é viver, ser feliz é viver a vida”.)

“ah, meu baião de dois, meu feijão com arroz, minha querida...”


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quinta-feira, janeiro 09, 2003

É primeiro de janeiro

Eu não falei nada aqui sobre a posse. Só uma linha dizendo que tinha visto pela tv. Em Arambaré. Mais precisamente na sede do PT de Arambaré, junto com toda a galera que estava na casa/pousada/camping que ficamos (a saber, pessoal que está na organização do Acampamento da Juventude, todos petistas). Uma tevezinha de 14" e a galera embolotada na frente, acompanhando TUDO, como se fosse copa do mundo.

Foi lindo. Foi muito emocionante. Não preciso dizer, porque vocês viram. Porque vocês sentiram. Eu sou uma chorona. E chorei ouvindo a primeira vez que tocou o nosso hino (cacófato proposital). Puxa, hino tem essa coisa de aristocracia, de marcial, mas é inegável que o nosso é lindo. É poético. Sempre achei. E ali, naquela hora, com aquelas pessoas, depois do reveillon mágico, e dentro de todo o contexto, fazia o maior sentido. Preciso dizer que na nossa caravana, tinha ainda um carioca, um paulista radicado em Arambaré (dono da casa que empresta para o PT. o cara mora na casa com a família e, ao final, ainda serviu um almoço maravilhoso pra quem estava com fome. eu era uma. com cerveja e tudo! fomos ao delírio), uma estrangeira, a Isabelle (agora não lembro, mas acho que ela é austríaca) e um cachorro. Pura simbiose.

Deitado eternamente em berço esplêndido,ao som do mar e à luz do céu profundo, fulguras, ó Brasil, florão da américa, iluminado ao sol do novo mundo!

Do que a terra mais garrida, teus risonhos, lindos campos têm mais flores; ‘nossos bosques têm mais vida’, ‘nossa vida’ no teu seio ‘mais amores’



Vontade grande de estar lá. De estar fazendo parte da história. Ao vivo e a cores. Vários amigos estavam em Brasília. E eu não fui por pura falta de grana mesmo, porque se tivesse algum dinheiro, tinha ido e encontrado, além de tudo, todo o pessoal da comunicação, de todo o Brasil, que se reuniu pra matar a saudade e ver a posse.

Sobre a posse, Sivaldo, mandou e-mail pra lista. A nossa TsapaList, única que assino hoje e quase desativada. Que já foi muito ativa e sobrevive por causa de uma meia dúzia de almas (eu, Darisbo, Coelho, Lua, Sivas, Léa):

Tô em Brasília na casa de um amigo. Passei o reveillon na Chapada dos Veadeiros e vim ver a posse. indescritível. Nem livros, nem jornais, nem lentes poderiam captar tudo o que podia ser visto, sentido e vivenciado na Esplanada dos Ministérios neste primeiro dia de 2003. A expressão das pessoas. A vontade de futuro no espírto. Gente de todas as idades. De diferentes gerações. De mundos diferentes, embora de um mesmo País. Um misto de sentimento revolucionário e de esperança quase pueril. Vc olha pros olhos desta gente, olha pros céus desta terra e se apaixona por este lugar chamado Brasil. E isso nem é um nacionalismo tosco. É saber sentir o que somos e o que podemos ser e descobrir que somos mais que um grande País.

De gente que trabalha, que rala, que se fode, mas sonha, mas tem esperança. Gente que luta todo dia.

........

Também não tinha como não lembrar de wado/ball: "é primeiro de janeiro..." e o resto da letra eu não sei. Fico cantarolando intuitivamente (Erika, me manda essa letra, por favor!).

........

A título de informação (pra galera amiga dasantiga que visita esse blog. ei, Paulinha!) Sivas do Cachinhos encontra-se agora, nessa hora, em alguma parte do Brasil, mais precisamente no sudeste. Deve chegar em PoA no dia 20. E vai ficar aqui em casa, claro, que ele não seria besta de não ficar. Já me intimou a, no dia que chegar, irmos tomar uma polar e comer um xis, no Cavanha´s. Iremos. Ele fica aqui durante todo o Fórum. Estou ansiosa. Com saudades. Louca pra encontrar esse menino tão especial na vida de todos nós. Relembrar muitas coisas e viver coisas novas durante o curto tempo que vai passar aqui.

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Simbologia

Vocês leram a crônica do Veríssimo de hoje? Ainda sobre a posse. Maravilha.

Falando nisso, Veríssimo agora, na ZH, só às segundas e quintas. E aos domingos. Que tristeza. Mas como bem disse a Lya Luft (uma dos que vão assinar a coluna), o cara merece um descanso. Merece. Mas é triste, pra nós leitores. Muito triste.



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quarta-feira, janeiro 08, 2003

A Van achou a música!!!! Tô chorando, tô chorando. Leiam isso, pelo amor de deus!!!


JOELMA
(Dan da Bahia e Tiago da Bahia)

Pelo amor de Deus
Decida se é ele ou eu
Joelma

Se eu arrumo a sua cama
Ele cozinha
Se ele a chama de princesa
Eu de rainha

Se eu te falo ao telefone
Ele na linha
Se ele diz que
Tu é dele
Eu digo é minha

Pelo amor de Deus
Decida se é ele ou eu
Joelma

Se eu trago umas comprinhas
Ele faz a feira
Se eu te faco cafuné
Ele te cheira

Se ele a morde na esquina
Eu na ladeira
Essa Joelma não é mole
É brincadeira

Pelo amor de Deus
Decida se é ele ou eu
Joelma

Eu nao sei se ela me ama
Eu nao sei se ela me quer
Hoje eu sei

Tem outro homem
Mas nao perco
Jamais essa mulher

Pelo amor de Deus
Decida se é ele ou eu
Joelma

...

palmas! palmas!

: ~~~~~~~~~~~~~~~

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Literatura insana

Eu amo esse menino. Mr.V., além de bom dentista e dejota, é agora escritor trash. Pois o moço nem bem lançou sua maravilhosa série “Contos de Horror ou Alguma Coisa Me Fez Lembrar Você” (que já está no capítulo 4. e eu postaria aqui o primeiro, meu mais preferido de todos, se achasse os arquivos do sujeito. ô menino: dá uma geral na página!), agora deu (ôle) pra reencrever a Bíblia (dona Malu que não sonhe a heresia que o filho tá cometendo). Confiram: “A Bíblia Sagrada segundo Beatmaster - Uma Versão Atual e Descomplicada Adaptada Para a Realidade do Século XXI”.

A série está no Livro do Gênesis ainda, Capítulo 4 . O mais novo post, Caim e Abel, tá de chorar de tão bom. E eu não sei, Vanildo, como não consegui ver esse talento literário antes, em todos esses muitos anos de convívio. Palmas!


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(botei imagem ali no post do wado e uns links, que tinha esquecido, lá e no útimo post. cabeça nas nuvens de vez em quando)

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FIM DO MISTÉRIO

Para postar essa história da JOELMA (abaixo), fui lá no site de novo e descobri essa nota aí:

Depois de tanta expectativa, finalmente chega ao fim o enigma que mexeu com muita gente! A dúvida pairava sobre todos aqueles que tiveram a oportunidade de conferir o engenhoso outdoor "JOELMA". Realmente haveria um homem com tamanha paixão a ponto de quase se passar como "corno" para conquistar o amor desta tão desejada mulher?

Porém no fim de tudo, a história foi esclarecida com a chegada de um segundo outdoor às ruas. Trata-se simplesmente de uma campanha publicitária muito bem elaborada, para promover "JOELMA", uma nova música da banda JEREMIAS.


....

Rá. Vocês tão ligados quem são esses Jheremmias (assim mesmo)? Eram (são?) aqueles do “não bate córner” e daquela musiquinha “garota dourada, quero ser seu irmão, eu sou seu irmão, namoradoooo...”. Hahaha. Vasculhei a net, fui o google, fucei o diabo, mas não achei o diacho da tal música JOELMA. Até e-mail pro webmaster de um site (axé não-sei-das-quantas) mandei. Eu quero, EU PRECISO conhecer essa música! Deve ser trash demais. Se alguém achar, me avisa!



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terça-feira, janeiro 07, 2003

JOELMAS DO MUNDO!

Dando uma geral na minha caixa de e-mails, achei isso aí. Foi a Paulinha (que na época trabalhava no iBahia) quem me mandou. O texto é (muito) ruim, mas vale a pena ler. Eu, pelo menos, dei muita risada com tudo isso e resolvi botar na roda agora. Com foto e link. Lá vai.
....

Um exagerado apelo de um homem apaixonado deixa a cidade inteira (Salvador) curiosa! Afinal de contas, quem será essa poderosíssima JOELMA?

poderosa!
Pelo amor de deus, JOELMA. Decida-se. É ele ou eu.

Joelma, Pelo Amor de Deus!
Um louco apaixonado ou uma engenhosa campanha publicitária???
Por Ana Paula

Ninguém, ou pelo menos ninguém que eu tenha perguntado, sabe ao certo quem ou o que espalhou uma enorme quantidade de outdoors pela cidade pedindo desesperadamente uma decisão de uma tal Joelma, uma pobre coitada de coração dividido!
Que poderosa mulher pode ser essa? Um homem que assume a sua fraqueza a ponto de se tornar o comentário mais cotado das rodas de bate-papos, deve estar completamente arqueado, e lambendo o chão onde pisa a pomposa Joelma!

Ouvi um certo apresentador famoso de rádio, ao comentar o tão polemico outdoor, chamá-lo "corno"! Deve ser isso que as cabeças machistas devem estar pensando...O que torna o amor do coitado ainda mais corajoso e o poder de Joelma ainda mais avassalador. Isso porque é do homem a propriedade de se preocupar mil vezes mais com o que ouve do que com o que faz ou sente. E o pobre coitado, para aqueles aos quais não é anônimo, deve estar ouvindo horrores sobre o nobre orgulho masculino!

Pois bem Joelma, se aqui estiver lendo-me, decida por esse pobre! Ele merece o seu amor, provou muito bem isso. E, caso isso tudo não passe de uma eficiente campanha publicitária, eu solicito às minhas amigas baianas, uma salva de palmas para o casal! E que eles sejam felizes para sempre!



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Assimile as cores dessa canção

O Wado está concorrendo a melhor disco do ano, na enquete da Folha de São Paulo. Eis o link. Eu votei, até porque o disco - Cinema Auditivo - é maravilhoso. Mesmo.

Quando recebi o cd pensei em escrever alguma coisa aqui, mas até agora não consegui. Nem vou fazer. Até porque se alguém quiser saber opiniões bem relevantes sobre o trabalho do Wado, sugiro que vá no blog da minha irmã Erika (Assim Assado)e leia algumas matérias/críticas bem mais completas do que qualquer coisa que eu escreva aqui. Só digo que é bom pracaralho. Gosto muito desse menino. Desde sempre.

Por esses acasos da vida, o Wado foi a primeira pessoa que conheci na Ufal. A primeira pessoa com quem tive alguma afinidade na turma de Jornalismo, naquele começo de 1995. E depois veio a Ball, antiga banda, junto com o Gláuber, no começo, o Renato e o Rizzotto, que embalou meus/nossos últimos anos acadêmicos. Bons tempos. Boa música de qualidade. Cha-cha-cha. Muita sensibilidade (e talento) tem esse moço. Além de desenhar lindamente. Acreditem e confiram.

não vou mais voltar

Ossos (intro)
(wado)
Temporalidade humana
Lição de humildade
Pois em cem anos todos estaremos mortos
E a terra será de novos
Sejamos humildes como flores e insetos
Sejamos breves e voláteis como o álcool


(wado sabe)


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segunda-feira, janeiro 06, 2003

me.do
(ê), s. m. 1. Perturbação resultante da idéia de um perigo real ou aparente. 2. Apreensão. 3. Receio de ofender, de causar algum mal, de ser desagradável. (michaelis)


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Iconografia intuitiva, com fundo musical*

and if we died right now...

Eu fiz esse desenho aí pra alguém. Pensando em alguém, eu acho. Não. Comecei a fazer e lembrei de alguém. Pensei em mandar. Mas não mandei. Não tive coragem. Sei lá o que as pessoas pensam. O que alguém pode pensar em receber um troço desse, sem sentido algum. Guria louca. Pode ser. Enfim. Não mandei. Ponho aqui. Mas tá valendo. Sei lá... Como medo é um troço fudido. Que merda ter medo. Às vezes...

* consiste em colocar uma música e ir desenhando o que tem vem à mente. Ou não vem à mente. O que sai. O que o lápis te leva a fazer. É ele quem faz tudo. Tu é só um...condutor? Trechos da música são considerados como “arte incidental” (lembrando sempre que o conceito de “arte” é muito relativo). A música em questão foi Galapogos, do Smashing Pumpkins. Ah, e isso foi feito ontem. Ou hoje. Depende do ponto de vista. Mas isso tudo também é muito relativo.


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My precious

Ah, e EU TENHO um anel para a todos governar. Não pensem bobagem, crianças. Ele vive pendurado no meu pescoço, que nem o Frodo. Só que o meu é mais bonito. Eu também tenho PODERES. Alguns. Inclusive, eu ainda tenho uma, capa?flâmula?canga?,não importa, que torna qualquer ser invisível. Mas só funciona quando eu tô junto. É sério.


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Um anel para a todos governar

Antes de viajarmos para Arambaré-Pararapá, vimos As Duas Torres. Putz, o que dizer? Eu, que não sou crítica de cinema nem nada, nem vou tentar. Não precisa. Só dizer que é MARAVILHOSO. Quando vi A Sociedade do Anel, em 2002, saí extasiada do cinema. Aquela sensação de QUERO MAIS. Fantástico, lindo, tudo de bom. Não foi diferente com a segunda parte da trilogia. Não dá pra ver e não se encantar. O que são aqueles Ents? E o Gollum nesse episódio?! Eu creio que eu me apiedei horrores dele. Digo até que ele é fofo. O GOLLUM È FOFO! Sério mesmo. Eu acho.

não faz assim...
(ai, ai)

E tem ainda o ARAGORN... *suspiros*. O Aragorn é covardia. E olha só o tamanho da espada dele! E, gente, como ele maneja bem a tal da espada. Ô. E aquelas batalhas todas eram TUDO. Gente do céu. Eu quero logo a terceira parte!

Tá, Mix, eu sei que tu prefere o Legolas. Mas, putz, o Legolas é muito, ãhh, limpinho. Ele não SUA! Não dá pra ter tesão por um homem que não sua! Ok, ok, ele é um ELFO. Eu sei... E tu tá ligada que o Aragorn é um GUERREIRO? Hum... interessante isso. Esse cara, sim, seria um bom provedor. O problema é que ele só caça Orcs... Tá, esquece.


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domingo, janeiro 05, 2003

O teatro dos vampiros

Antes de sair, eu só queria dizer que: meu vizinho está tocando, agora, nessa hora, Legião Urbana. Como sempre. Ai, como eu adoro esse guri!

"Vamos sair, mas não temos mais dinheiro, os meus amigos todos estão procurando emprego. Voltamos a viver como há dez anos atrás e a cada hora que passa envelhecemos dez semanas. Vamos lá, tudo bem, eu só quero me divertir. Esquecer. Dessa noite, ter um lugar legal pra ir..." (RR)

Esse outro, eu amo. Do âmago do meu ser. E com todas as minhas forças.

"E de pensar nisso tudo, eu, homem feito, tive medo e não consegui dormir"



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Yeah! I want to pull you down into bed
I want to cast your face in lead
Well every time I pull you close
Push my face into your hair
Cream rinse and tobaco smoke
That sickly scent is always, always there
Yeah, yeah! Yeah, yeah!


(Jolene, Cake in Motorcade of Generosity)


CAKE COMANDA!!!!

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Muitas idéias blogáveis em processo de desenvolvimento. Mas desenvolver idéias dá trabalho. Então, eu fico enchendo isso aqui com comentários inúteis sobre a minha vida. Pelo menos serve de relatório pros amigos que estão longe saberem como ando. Bem. Com as duas pernas. Depois escrevo coisas menos, ãhn, pessoais, tá?

DIA CAKE!

E o findi acabou. Sobrevivi. Não enlouqueci. E descobri que esse blog, esse aqui, serve pra alguma coisa. Eu confesso: tenho dificuldades de estar/ficar sozinha. Quando era adolescente, adorava quando meus pais viajavam e eu podia ficar em casa, ouvindo som alto, acordando a hora que quisesse e essas coisitas. Agora, isso não faz sentido, já que eu sou a única dona da minha casa e da minha vida. Também, nesses tempos, acabei me apegando muito aos amigos, esses que estão sempre por perto, que ligam, que demonstram carinho e fazem mil coisas juntos.

Foi muito louco voltar do ano-novo-maravilhoso-e-coletivo e ficar sozinha em PoA. Dormir sozinha de novo. Não te-los por perto pra conversar bobagem, fazer um som intuitivo, tomar um trago e passar o tempo. Foi doloroso, além de tudo, estar doente e sozinha. É uma sensação fudida. Acreditem em mim. Não tem Cake, não tem Mutantes, não tem Renato Russo ou Zeca Baleiro que realmente ajudem muito (embora dêem uma força enorme).

Por isso aqueles dois posts. Porque era uma válvula de escape. Porque foda-se se alguém achar que tô carente. Tava mesmo, oras. Que mal há? Por causa dos posts, pelo menos duas pessoas me ligaram (valeu Cucas e Sabin!) e uma amiga querida, que tá aqui pertinho, mas distante no dia a dia, me escreveu. Isso é massa. Isso de um blog aproximar as pessoas.

Tava nessa contemplação ao meu umbigo e xingando o mundo cruel no sábado, quando resolvi tomar uma atitude. Liguei pra quase todas as pessoas que estão aqui (só não liguei pra galera que conheci no ano novo porque perdi meu bloco de anotações, mas já achei!). Ninguém ia sair. Enquanto EU tentava tomar uma atitude (leia-se: sair de casa sozinha sem destino), fui “intimada” a entrar no icq (Sanfer, muitos beijos!). Não só “encontrei” alguém (mesmo virtualmente), como duas outras pessoas me “acharam” (Bituca e Drica, vocês alegraram minha vida!). E como as coisas boas nunca vêem sozinhas, no meio do bate-papo, algumas amigas (loucas e ensandecidas por cerveja e diversão) ainda ligaram dizendo que estavam passando pra me buscar. ALELUIA! Rua, lugares, cervejas, conversas reais, pessoas, calor. Chegar em casa às 4 da manhã. Bêbada. Feliz.

E hoje, essa tarde ensolarada... Tô feliz. Tô bem. Tô viva. E a Redenção me chama. Com o Cucas e o Julinhos. Se atirar na grama, tomar um chimas, ficar na paz. O resto da Trupe deve chegar hoje. Saudades de todos já. O ano de trabalho começa mesmo amanhã. Aproveitarei o dia de hoje. Aproveitarei todos os dias. 2003 já está sendo um ano bom. E se eu disser aqui, agora, que amo todos vocês, vou parecer muito piegas? Ah, foda-se: eu amo vocês. Todos.

“If I threw my guitar out the window so far down
Would I start to regret it
Or would I smile and watch it slowly fall?”

(Guitar, Cake in Prolonging the Magic - o melhor disco do século, segundo Jojo, com exagero e tudo. E não pretendo aqui levantar polêmicas. Me deixem!)



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sábado, janeiro 04, 2003

MÁGICA
(Os Mutantes)

Gira ciranda
Na palma da mão
Pé de roseira
Levanta poeira do chão

Gira menina
Na palma da mão
Gira menina que um dia
Eu te ponho no chão

Abri o portão de ouro
Da máquina do tempo
Ouvi ciranda ao longe
A rodar...

As caras giram rindo
Eu amo todas elas
Os vestidos tão compridos
A rodar...


Gira menina na palma da mão
Pé de roseira levanta poeira do chão
A rodar...

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Também adoro MUTANTES. Muito. Todos os discos. Me identifico. Viajo horrores. Sempre. E dentre tantas coisas que ouço hoje, agora, Mutantes. Mutação. Constante. Sempre um descobrir. Sempre um reviver. Sempre um refazer. Sempre um re-descobrir.

Hoje estou Mutantes. Aquele disco, o segundo. 1968.

Hoje estou Mágica. A rodar, a rodar, a rodar. Estou Fuga N° II (“Hoje vou fugir de casa vou levar a mala cheia de ilusão/Vou deixar alguma coisa velha esparramada toda pelo chão (...) O sinal está vermelho e os carros vão passando e eu ando, ando, ando...”). Estou Dia 36 (“Esquece não pensa mais/Lenço azul a apertar (...) Hoje é dia 36/Um grito ele amou/Lençóis e colchas vão se encontrar”). Estou Não vá se perder por aí (“Você é bem grandinho, já pode se cuidar e ir seguindo seu caminho sempre errando até um dia acertar/ Mas não tenha tanta pressa, vá tentando devagar...”). Estou 2001 (“nos braços de 2000 anos, eu nasci sem ter idade/ sou casado sou solteiro/ sou baiano e estrangeiro/ Meu sangue é de gasolina, correndo não tenho mágoa/ Meu peito é de sal de fruta, fervendo num copo d’água”). Estou Qualquer Bobagem (“Chegue perto de mim, não precisa falar, acenda meu cigarro, não queria me agradar. Queira...”). Estou Algo Mais (“Olha meu irmão, vamos passear, vamos voar, dê a partida, acelera a vida, vamos amar...”). Estou Rita Lee (Rita Lee foi passear/ Vinte anos namorar talvez/ Dia azul e ela é infeliz/ Suas mãos estão vazias porque estão tão frias/ Tanto amor pra dar/ Ela quer ser feliz, ela só quer seu par...”). Estou Dom Quixote (“Vê, vê que tudo mudou/ Vê, o comércio fechou/ Vê e o menino morreu/ Vê, vê que tudo passou/ E os jornais todos a anunciar/ Armadura e espada a rifar/ Dom Quixote cantar na TV/ Vai cantar pra subir”)

“Giro aflito. Beijo e grito. Algo mais. Algo mais.”


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sexta-feira, janeiro 03, 2003

V

não é só solidão. também estou doente. a garganta dói muito, arde, coça. Inflamação. não tenho voz, rouquidão. um pouco de febre. o corpo dói. Desde ontem. vai passar, sempre passa. mas sinto falta de alguma coisa: cuidado e carinho de mãe e de pai. isso. sinto falta deles nessas horas. fazer um chá, uma massagem, colocar no colo e fazer cafuné... queria mel. um pouco de mel ou um pote de mel. preciso de antibiótico, remédios, cuidados. estou cansada. queria os amigos por perto agora.. Espero melhorar logo, ir pra rua, dar uma banda, fazer alguma coisa...

(mas a Erica leu isso aqui em baixo e mandou um e-mail muito afudê. É curioso os laços que unem as pessoas. É curioso que mesmo não convivendo muito, as pessoas têm uma sintonia... Enfim. Muitas coisas. Ao trabalho. Estou por AQUI.)


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agora tô aqui sozinha. os amigos viajando. todos. mix, gabi, bina, rafa... só chegam domingo. restou o cucas, em canoas. eu, solita. a impressão é que vou enlouquecer nessa casa. desde ontem. a impressão é que estou presa. a impressão é que tudo isso é uma grande viagem alucinógena e que eu não vou mais voltar. não tenho a mínima vontade de sair de casa, mas acho que vai ser necessário. passar o findi em casa, sozinha com meus fantasmas não é das coisas mais interessantes a ser feita. queria ser salva, mas dou risada antes de completar a frase. impossível. espero não enlouquecer. espero encontrar pessoas. espero que meu telefone toque, que receba algum e-mail, sinal de fumaça, mensagem telepática, um convite, algum alento...

“é complicado estar só, quem está sozinho que o diga...”
“me sinto tão só e dizem que a solidão até que me cai bem.”

Esse cara sabia...


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Ah, e tem VÊNUS, o planeta, que reje 2003. O ano é nosso, das mulheres. Agora, mais que nunca, TODO O PODER DE AFRODITE pra todas nós.

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Teve ainda muitas coisas. Muitas outras coisas. Tantas outras coisas. Que agora não lembro. Ou lembro. Mas não quero contar.
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Depois eu conto a história do "Vende-se tragui". Porque essa foi engraçada demais muito. Pessoas estranhas, tanranranran...

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“PESSOAS ESTRANHAS, TANRANRANRAN” (VERSÃO PARA THE DOORS)

E no primeiro dia, quando ainda éramos, literalmente, seis, fomos até o centrinho tomar uma cerveja. Foi lá que encontramos nosso cachorro, o Sá (Sá é apelido, o nome dele é Saco de Bosta Pulguento. E ele é lindo e preto.) e ficamos conversando sobre Monty Phyton e os Cavaleiros que Dizem Ní e outras coisas legais e inúteis.

Já estávamos voltando pra casa/acampamento quando ouvimos música. festa! Fomos. E encontramos: um galpão crioulo com um globo colorido no meio, que tocava um... funk carioca (?). Isso é BADALLO´S. Foi, sem dúvida, a noite mais INSANA do ano. O repertório era de chorar. Mas dançamos, dançamos, dançamos. E rimos. Reggae, forró, pop rock gaúcho, além dos Baba Baby e bonde do Tigrão. E bebemos. Muito.

Acho que a hora mais legal da noite foi quando, Mimix e eu gritávamos “DJ, MORRA! DJ, MORRA!, DJ, MORRA!”, depois de encher muito o saco da criatura sem noção ou bom senso. O Luiz conseguiu arrancar dele (do DJ) um “Hey, ho, let´s go!”. E pogamos. Até levei e dei umas porradas. Mas tudo sem querer.

Nossa bailarina foi abordada por um local, que enquanto dançava, lhe contava que possuía “14 máquinas de fazer crepe, uma de algodão doce e uma de churros”. Belo dote. Pena que ela só nos contou depois. Teríamos negociado. A Bina não entende nada de moços casadoiros do interior. Esse seria, sem dúvida, um bom provedor.

Teve ainda o Funk de Arambaré. Que na verdade é “Parapará”, mas dá no mesmo. O Zanza dormindo em pé, os locais abordando o Churras e oferecendo mais festa, e a nossa saída um tanto quando brusca do local quando as luzes já estavam começando a acender. Não lembro muito bem do caminho de volta pra casa.

Diversão. Diversão. “Arambaré, papa-papa-parará, Arambaré, papa-papa-parará”. Isso foi só a primeira noite...



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ARAMBARÉ – TERRA DAS DELÍCIAS.

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LENDAS DE ARAMBARÉ

Reza a lenda que viveu em Arambaré uma índia (provavelmente da tribo dos Arachanes) chamada “Justa”. Ela vivia livremente pela cidade, pelada e feliz. Ela dava pra todo mundo (comia, mas estou só contando o que me disseram) e seus filhos eram de pais diferentes. Enfim. Lincharam Justa até a morte e na hora de morrer ela jogou uma maldição na cidade: que nada que fosse feito em Arambaré daria jamais certo.

A FIGUEIRA DA PAZ

Não sei se Justa morreu em frente a ou foi enterrada embaixo de. O fato é que existe na cidade uma grande figueira, tombada pelo patrimônio como a maior do Brasil. Eu acho. Dizem que cabem até mais de 50 carros em baixo de sua sombra. Diziam, até então que ela não conseguiria ser abraçada por menos de 20 homens. Mas nós abraçamos. E éramos só umas 16 ou 17 pessoas. Muito louco.

Por causa de Justa, a figueira hoje é conhecida como o título desse sub post. Esperamos ter quebrado a maldição. Esperamos um ano de paz. Esperamos tanta coisas. Esperamos um ano de justiça e compreensão.


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BRAIN-sT(H)ORm
Ou
O ano novo em palavras e construções aparentemente desconexas.


BANDEIRA. flâmula. Estandarte. porta estandarte. trupe. FIGUEIRA. Insônia?. FOGO. Água, terra. Lagoa. água doce. VÊNUS. caipirinha. limão. peixe. peixes. flores. plataforma. engenho. ponte. ESTRELAS. rede. Dormir na rede. Dormir na rede vendo as estrelas. bichos. de vários tipos, formas e tamanhos. Kaiser. sacolé cremoso. Pastel. Sorvete. Melão. crepes. música. sons. passarinhos. flauta. CORES. verde. laranja. O cantandor caminhante, de viola branca que toca Legião Urbana, claro. ANANÁS. Fogueira. rituais. RITUAL. Magia. Encantos. Simbologias. Runas.PODER-FORÇA. Natureza. Beberagens. TRANSIÇÃO. Cibilislândia.


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ma.gi.a
s. f. 1. Religião dos magos. 2. Ciência e arte em que se pretende empregar conscientemente poderes invisíveis para obter efeitos visíveis; MÁGICA, bruxaria. 3. Fig. Encanto que exercem nos sentidos, ou no espírito, as belas-artes, a poesia, as paixões. (Michaelis)


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Esqueci de dizer que o ano novo também foi SURREAL e INSANO. Que ganhei presentes inusitados. Um kit talismã e um cazu verde SÂO presentes inusitados. Ganhar “Uma temporada no Inferno”, em comum com a Mix, do Gabi, também é inusitado pra caramba. E que conhecemos pessoas novas e interessantes. Também posso ainda dizer que tomei consciência e estou desenvolvendo o Método Intuitivo para todas as coisas. Eu toco intuitivamente, cozinho intuitivamente, nado, danço, canto e represento. Tudo intuitivamente.

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quinta-feira, janeiro 02, 2003

"Pavão misterioso, pássaro formoso, tudo é mistério nesse escuro véu..." (ednardo?)

cheguei. agora.

foi lindo. tanto. tudo. a vida, a lagoa, o fogo, as pessoas. as estrelas. a energia.

(eu gosto de subestações. muito. desde sempre. puxa.)

ano novo MÁGICO. sim. sim. sim. creiam.

Harmônico. Especial. Encantado. Intenso. Coletivo e individual. Ao mesmo tempo. Musical. Doce. Embriagante. muitas cores e flores e sons. Intuitivo.

fechar ciclos. empreender mudanças. moi? eu creio que... sim, sim, sim.

divago. hora de dormir.

tempo sem dono. escreverei o que for pra ser escrito. esquecerei o que for para ser esquecido. recordarei.

ainda peço calma. e paciência. sobretudo a mim.: tem paciência.

(comentarei nos blogs de vocês a hora que der. já li alguns. outros, ainda não...)

mas já estou aqui. Nova-mente. estou bem. muito bem. paixão-Rimbauld. faltou tesão. mais tesão.

REALIDADE REALIZAÇÕES AÇÕES.

sem resoluções. tudo é ainda possível por aqui.

(horas em frente a uma tv vendo a posse do Lula. tudo lindo. o último banho na lagoa. sol. sol. sol. carne queimada. pele ardida. céu. céu. azul, amarelo. raios.)

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